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segunda-feira, 18 de setembro de 2017



 


A ideia de uma heroína velocista já andava no ar décadas antes da criação de Jesse Quick, com a DC a fazer a primeira tentativa com a introdução de Joanie Swift nas páginas de Adventure Comics #181 (Vol 1), corria o ano de 1952. 

Joanie surgia como a versão feminina de Johnny Quick sendo estabelecida sua parceira/rival. Todavia Swift não faria mais do que duas aparições e seria prontamente esquecida. 
Ainda assim, ela pode ser vista como sendo o protótipo da personagem que hoje conhecemos como Jesse Quick. 

Numa altura na qual a ideia da existência de uma Speed Force ainda não tinha sido apresentada, a velocidade de Swift provinha da fórmula mágica de Johnny Quick. 


 


Em 1964, a DC iria apresentar uma segunda velocista na figura da alienígena Doralla Kon. 

Uma visitante de um mundo onde todos se movimentavam a velocidades vertiginosas, Kon fez a sua estreia nas páginas de The Flash #145 (Vol 1). 
Nesse comic, Kon contou com o auxílio de Barry Allen para conseguir regressar ao seu mundo.

Kon regressaria, pela última vez, um ano mais tarde em The Flash #157 (Vol 1), para ajudar o nosso heroi a apreender um falso Flash. 




Em 1977 veríamos a assistente laboratorial de Barry, uma tal de Patty Spivot, quase tornar-se na Ms. Flash quando o acidente que deu os poderes a Allen se voltou a repetir (Five-Star Super-Hero Spectacular #1, Vol 1). 

Em 1987, com a apresentação dos velocistas soviéticos da Blue e Red Trinities nas páginas de The Flash #6-7 (Vol 2), os leitores seriam presenteados com duas novas mulheres super-velozes na figura de Bebek e Christina. 


 


Enquanto que a primeira seguiria a tradição heróica das velocistas que a antecederam, a última optou por um caminho mais sinistro, o da vilania, servindo como antagonista para o terceiro Flash, Wally West.

Bebek, presença constante nos comics do Flash durante a década de 80, onde era parte integrante dos Kouriers (uma versão capitalista da Red Trinity*), acabaria por desaparecer no limbo dos comics.

Christina, por sua vez, depois de um tempo como servente de Vandal Savage, tornar-se-ia na Lady Flash (The Flash #50, Vol 2, de 1991), numa altura em que já era a última sobrevivente da Blue Trinity.

Christina serviria como parceira de Wally muito brevemente, tendo inclusive desenvolvido sentimentos por ele, os quais não seriam contudo retribuídos. 




A mente frágil de Christina fará com que esta regresse à vilania, aliando-se a Kobra e mais tarde Savitar. 

Christina morreria nas páginas de Flash Rebirth #2, Vol 1, em 2009. Nessa altura, Christina ostentava a identidade de Lady Savitar, sendo a líder do culto que via no vilão um deus da velocidade. 

Curiosamente, Lady Savitar seria uma das primeiras vilãs a serem defrontadas por Jesse Quick nas páginas de The Flash. 

Chegámos então ao ano de 1992 e à criação de Jesse Chambers, a.k.a Jesse Quick, pelas mãos de Len Strazewski e Mike Parobeck. 

Jesse fez uma breve aparição nas páginas do comic Justice Society of America #1 (Vol 2), onde surge a ouvir a conversa de dois herois veteranos, nomeadamente Alan Scott (Green Lantern) e Jay Garrick (Flash).


 


Jesse é filha de Johnny Quick e Liberty Belle, ambos super-herois e antigos membros da JSA. 

A jovem herdaria as habilidades de ambos, se bem que teria uma relação bastante mais próxima com o pai. 

O primeiro encontro com Wally West ocorreria em Justice Society of America #4-5 (Vol 2, de 1992), com Jesse, ainda sem uma identidade heróica, a auxiliar a JSA e o Flash numa luta contra o Ultra-Humanite.


 


Jesse juntar-se-ia aos ranks da JSA, exibindo o seu primeiro uniforme, que emulava as cores do pai, em Justice Society of America #8 (Vol 2, 1993). 

Para além das suas participações nas aventuras da JSA, Jesse teria aventuras ocasionais com Wally, como parte da chamada Flash Family. 

Durante a saga Terminal Velocity, da qual Wally julgava que não iria regressar, Jesse seria apontada pelo mesmo como a pessoa ideal para continuar com a orgulhosa tradição do Flash (The Flash #97, Vol 2, de 1995).


 


Jesse irá adoptar o uniforme do heroí durante o violento confronto com Kobra, mas eventualmente regressará ao seu antigo fato depois de descobrir que não era primeira escolha de West para o papel de Flash. Wally apenas a havia escolhido como forma de estimular a sua verdadeira escolha, Bart Allen (a.k.a Impulse). 

Jesse enfrentaria inúmeros vilões do Flash, entre eles Cobalt Blue, Savitar e Zoom, antes de ver a sua conexão com a Speed Force ser quebrada durante a contenda com este último em The Flash #200 (Vol 2, de 2003). 

Antes disso, Jesse perdeu o pai (morto por Savitar em Impulse #11, Vol 1, de 1996) herdando deste a presidência da Quick-Start Enterprises e servindo em equipas como os Titans ou o Conglomerate. 


 


A perda da velocidade não implicou a perda de poderes, pois Jesse manteve as habilidades que herdara da mãe (força, resistência e poder de voo). 

Com essas habilidades Jesse assumiu a identidade de Liberty Bell em 2006, durante o período que ficaria conhecido como One Year Later. 


 


Tornando-se numa das figuras mais relevantes de uma JSA que juntava agora veteranos e novatos na mesma equipa, é lá que Jesse irá conhecer e casar-se com Ricky Tyler, o segundo Hourman. 

Com o regresso de Barry Allen durante o Flash Rebirth, volta também a velocidade perdida de Jesse que passa a alternar entre identidades (Liberty Belle II e Jesse Quick). 

Em 2010, Jesse adere à Justice League, na sua identidade de Quick, nas páginas de Justice League of America #44 (Vol 2), auxiliando a sua nova equipa em batalhas com o Crime Syndicate, Omega Man e Starheart. 


 


Ao descobrir que se encontrava grávida, Jesse irá abandonar a JLA, numa altura em que estávamos na iminência do evento Flashpoint. 

A última vez que vimos Jesse nas páginas de um comic foi em 2015 nas páginas de Convergence: Justice League #1-2, em combate com as forças da versão Flashpoint de Aquaman e Ocean Master.

A personagem tem estado ausente da fase dos New 52, ainda que a sua posição tenha sido temporariamente ocupada por Iris West (como Lady Flash), Teri Magnus (Flash do futuro) e Meena Dhawan (Fast Track). 

Actualmente presença de Jesse faz-se sentir através da sua contra-parte televisiva. 


 


Na nova série do Flash, Jesse é apresentada como sendo a filha do cientista Harrison Wells. 
Com poderes iguais aos de Barry Allen, Jesse é nativa da Terra-2, aliando-se ao herói na sua luta contra Zoom. 

Esta versão da Jesse é efectivamente o Flash da Terra-2, protegendo o seu mundo contra todo o tipo de ameaças. 
A actriz que representa Jesse Wells dá pelo nome de Violett Beane.






Posted on segunda-feira, setembro 18, 2017 by Ivo Silva

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quinta-feira, 6 de julho de 2017


The Handmaid’s Tale é uma nova série da Hulu baseada no livro com o mesmo nome de Margaret Atwood, que já tinha sido adaptado para o cinema em 1990. 

A série segue em muitas coisas o filme, incluindo alguns diálogos ipsis verbis, no entanto não deixa de ser algo a ver.


A originalidade da série torna-se presente, entre outros detalhes, na transposição da história para o nosso presente, tal como já tinha sido feito com Romeu + Julieta em 1996.

A ajudar temos ainda a apresentação de momentos no passado das personagens principais em flashbacks que fazem lembrar os que se viram no recente filme Arrival em termos visuais. A fotografia da série no seu todo é, aliás, deslumbrante e merece um prémio, na minha opinião.


Alguns pormenores de indumentária foram modificados, o que sublinhou ainda mais o espectáculo visual que nos assombra a tela, dos quais destaco as abas laterais brancas que todas as aias usam como parte do seu uniforme, chamadas de wings.


Poderia entrar aqui numa análise detalhada da simbologia das mesmas, assim como das cores das indumentárias que se vêm ao longo dos episódios, no entanto penso que isso se percebe bem com o contexto.

Sabendo que vermelho é uma cor associada ao sangue e fertilidade, verde à esperança, castanho aos Nazis e cinzento à monotonia consegue também perceber-se os papéis das pessoas que as envergam mesmo sem saber o resto da história.



A história em si é uma visão sobre um mundo onde as mulheres não só não podem votar, como não podem sequer ler, ter propriedade ou sequer opinião sua. Um mundo onde o universo duma mulher fértil é o de procriar, servir e nada mais.

É um voltar aos valores ditos tradicionais num estado totalitário teocrático que se instalou aos poucos com a retirada de cada vez mais liberdades. Primeiro civis, com o terrorismo como prova de força maior, de que “isto é necessário para a vossa segurança” e depois somente do género feminino, estando já as bases para uma mudança de sistema instaladas.



Mais tarde, com as vicissitudes duma guerra civil e de uma luta contra a resistência até as mulheres que aplaudiram esta mudança para “os valores tradicionais americanos” viram as suas liberdades reduzidas, coisa que nunca pensaram acontecer devido ao seu status social.

Este escalar de retirada de liberdades associado às razões apresentadas para a mesma lembra-me um poema de Brecht, que acho que consegue resumir bem uma das críticas que esta série faz: 



"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”

 



Concluindo, Handmaid’s Tale é uma excelente adaptação do livro de Atwood transposta para os dias de hoje. 

Uma distopia com contornos mais suaves do que os vistos em 1984 e, por isso, mais assustadora. A sua capacidade de terror reside na sua proximidade sócio-temporal.

Porque pode acontecer se não nos importarmos o suficiente.



Eloísa V.,
blogger em: Casa da Pirralha

Posted on quinta-feira, julho 06, 2017 by Eloísa

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quarta-feira, 23 de março de 2016

     

     Superman tem uma das mais vastas e ricas galerias de vilões, contudo poucos são aqueles que se lhe equiparam em bruta força física.

     Em 1992 o escritor e desenhista Da Jurgens criou Doomsday, um enigmático ser cujo único objectivo parecia ser a destruição.

     Apresentado em Superman: The Man of Steel #17, Doomsday desde cedo se revelou imparável, esmagando grande parte da Justice League of America antes do seu percurso destrutivo ser interceptado pelo próprio Homem de Aço.

     Mesmo com a ajuda de Máxima e Supergirl, Superman teria dificuldade em conter a criatura, que se aproximava a passos largos de Metrópolis...

     Com os seus múltiplos aliados fora de combate e alguns deles, como é o caso do Blue Beetle, a darem por si às portas da morte, Kal vai perceber que esta é uma luta à qual poderá não sobreviver...



     Um golpe simultâneo coloca um ponto final na épica luta, com ambos os combatentes a tombarem, aparentemente sem vida às portas do Daily Planet perante o olhar desesperado de Lois Lane.

     Este incrível momento ficaria para sempre inscrito nos anais da História das Comics como sendo o dia no qual Superman morreu.

     Contudo e como tudo no Universo das Comics, nenhum deles permaneceu morto durante muito tempo.

     Poucas issues mais tarde tanto um como outro regressariam e dentro de pouco tempo voltariam a enfrentar-se no campo de batalha, na mini-série de 1994, "Hunter/Prey", numa aventura que deixou Doomsday preso no End of Time.

     Com o passar dos anos a relevância e a força de Doomsday foi-se perdendo, com o vilão a ser usado como peão em planos alheios.



     Luthor, Joker, Brainiac e até mesmo Doctor Psycho usariam o vilão imortal e imparável como um meio para alcançarem os seus próprios objectivos.

     A criatura será inclusive clonada por Darkseid, o governante maléfico de Apokolips, contudo nenhum dos seus clones possuiria a durabilidade e força do original.



     Embora tenha enfrentado Superman noutras ocasiões, após os eventos de 1992, e geralmente o Kryptoniano tenha necessitado de ajuda, na maioria das vezes, para o combater, será sempre a batalha de Metrópolis a ser recordada.


     Essa mesmíssima batalha foi tão relevante que seria duplicada em diferentes média, nomeadamente em jogos ("Death and Return of Superman" para a Mega Drive e para a SNES), séries televivas (a popular "Smallville") e filmes de animação ("Superman: Doomsday" de 2007).













Posted on quarta-feira, março 23, 2016 by Ivo Silva

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015




     Carl Lucas ou Luke Cage, como ficaria conhecido, foi uma personagem criada em 1972 por Archie Goodwin e John Romita Sr. 

     Apresentado com o cognome de Power Man, título anteriormente da pertença de um vilão dos Avengers, Luke estreou-se nas páginas da sua própria comic, "Luke Cage, Hero For Hire". 



     Um dos poucos senão o único na época a cobrar pelos seus serviços, Cage dedicava-se sobretudo à protecção do seu próprio bairro, Harlem. 

     Curiosamente, Luke, ao contrário de outros heróis, não obteve os seus poderes, que consistiam fundamentalmente em pele impenetrável e superforça, através do nascimento ou de um acidente. 

     Conseguiu-os na prisão ao servir de cobaia para um processo experimental levado a cabo pelo Dr Burstein. 

     No entanto, e apesar de ter cumprido pena na cadeia, Luke não é um criminoso, mas alguém que foi injustamente preso por um crime que não cometeu. 



     Após alguns trabalhos que apenas lhe trouxeram complicações (Luke trabalhou para Doom e J.J.Jameson contra os FF e Spider-Man respectivamente), Cage juntou-se àquele que se tornaria no seu melhor amigo, Daniel Rand a.k.a Iron Fist, e com ele estabeleceu a associação heróica dos Heroes For Hire. 



     Ao longo dos anos Cage irá evoluir de vigilante urbano para líder dos New Avengers (após os eventos de Civil War) após breves participações nos Defenders e nos Fantastic Four.

     Casado com Jessica Jones e pai de uma jovem menina, Cage abandonou o nome de Power Man, mas mantém-se activo como herói. 

     Presente em diversas séries de animação Luke fez a sua estreia em live action este ano com "Jessica Jones".

      O que acharam?



Posted on quarta-feira, dezembro 16, 2015 by Ivo Silva

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015





     Frank Simpson foi apresentado como um polícia e um herói de guerra na série da Netflix, mas a sua versão original, nas comics, é ligeiramente diferente. 

     Criado por Frank Miller e David Mazzucchelli, Frank foi apresentado aos leitores de todo o Mundo como um vilão psicótico chamado Nuke, nas páginas de Daredevil #232. 

     Uma infância difícil e uma mãe abusiva foram factores importantes que primeiro conduziram Simpson a uma vida de grandes desiquilíbrios psicológicos.





     Os traumas foram acentuados pelo suicídio do pai e pelo homicídio da mãe, levado a cabo pelo próprio Nuke. 
Frank seria, depois, raptado por Wolverine, na época agente governamental, e integrado no projecto Weapon Plus, que visava torná-lo em um supersoldado como o ilustre Captain America. 

     Testado em combate na Guerra do Vietnam, Simpson depressa se revelou como altamente instável e perigoso. 
Ainda assim alguns elementos do governo dos E.U.A decidem mantê-lo como um operativo black-ops.




      Um patriota fanático, cuja mente está "presa" nos tempos da Guerra do Vietnam, Frank apenas consegue manter alguma lucidez através do uso de diferentes pílulas de combate.
 Se as azuis e brancas o acalmam, o mesmo não se pode disser das vermelhas e brancas, que intensificam o seu estado de adrenalina, duplicando a sua força e resistência física. 

     Passará pouco tempo até que o infame Kingpin decida recrutar os seus serviços e usá-lo contra o seu inimigo, Daredevil, no famoso story arc "Born Again".






     Responsável pela morte de inúmeros inocentes, em Hell's Kitchen, Nuke acabará, também, por padecer, não às mãos de Daredevil ou os Avengers, com quem lutava, mas pelas dos seus próprios compatriotas. 

     Eventualmente, e ao bom estilo das comics, Nuke regressará. Melhorado através de diversos implantes cibernéticos, que o irão converter num verdadeiro cyborg, Nuke terá breves confrontos com o Captain America, antes de ser contratado, pela Viper, para eliminar o Wolverine, em "Death of Wolverine". 

     Escusado será disser que Nuke não teve sucesso na sua missão... 



Posted on quarta-feira, dezembro 09, 2015 by Ivo Silva

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015





     Patricia "Trish" Walker iniciou o seu percurso no universo das comics em 1944, fazendo a sua primeira aparição nas páginas de Miss America Magazine #2. 

     Criada por Ruth Atkinson, Trish emergiu numa época na qual as aventuras de vigilantes em collants por e simplesmente não eram mais apreciadas ou bem vindas. 

     Estes eram tempos diferentes, nos quais reinavam  comics acerca de dramas adolescentes, mirabolantes aventuras espaciais ou emocionantes westerns. 



     Walker, uma adolescente ruiva e bem humorada, foi, naturalmente, inserida no género romântico. 

     Umas das figuras mais populares da Timelty e mais tarde da Atlas (ambas antecessoras da Marvel Comics), Trish tornou-se numa das poucas personagens a manter-se em publicação contínua  desde 1944 a 1967, protagonizando diversos comics, para além de Miss America Magazine.



     As suas histórias, simplistas pelos padrões actuais, encontrariam ressonância nas aventuras e desventuras de Archie, da concorrente Archie Comics. 

     Nesta primeira fase da sua vida, Walker surge como uma adolescente apaixonada, que tem de lidar com uma endiabrada amiga, Hedy, e um namorado impulsivo, Buzz. 



     Com o advento do Universo Marvel, nas páginas de Fantastic Four #1, de 1961, Patsy, como ficaria conhecida, veria a sua vida se alterar de forma drástica.

      Nas páginas de Fantastic Four Annual #3, de 1965, Walker seria introduzida no novo Universo coligado, com ligeiras alterações à sua história e origens.

      Patsy Walker é agora uma ex-modelo que casou com um herói de guerra, Buzz. As suas aventuras de 1944 a 1967 não mais são que ficção, fruto da escrita criativa de sua mãe, Dorothy Walker. Um mundo de ficção dentro de outro. 



     Aspirante a heroína desde esse breve encontro com os Fantastic Four, Patsy veria esse seu desejo realizar-se nas páginas de Avengers # 144, em 1975, quando seguiu um dos seus novos membros, Beast, até à mansão e acabou envolvida em um confronto extra-dimensional com o Squadron Supreme. 

     Patsy assumiu a identidade de Hellcat e tornou-se numa sucessora espiritual de outra heroína felina, Cat,assumindo-se como o mais novo membro reserva dos heróis mais poderosos da Terra. 



     Contudo, sem espaço nos Avengers, Hellcat iria, passados dois anos, associar-se aos Defenders, através dos quais conheceria o seu segundo marido, o místico Daimon Hellstorm, também conhecido como o filho de Satã. 

     Levada à loucura e à morte, pelas actividades demoníacas do marido, Walker, ao bom estilo das comics americanas, renasceria no ano 2000, cerca de 16 anos após o seu falecimento. 




     Com os Avengers, os Defenders ou sozinha, Hellcat continua activa, gracejando, de tempos a tempos, entre as sua inúmeras participações, uma ou outra mini-série onde é protagonista. 

     Na série Jessica Jones podemos vê-la como uma actriz tornada radio talk-show host, um pouco à imagem da versão ultimate de Trish representada pela primeira vez em Ultimate Spider-Man #11.

















Posted on quarta-feira, dezembro 02, 2015 by Ivo Silva

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015





       Zebediah Kilgrave foi criado por Stan Lee e Joe Orlando e apresentado pela primeira vez nas páginas de Daredevil #4, corria o agora distante ano de 1964. 

     Um físico, tornado espião internacional, este jovem croata sofreu um acidente durante uma das suas missões que mudaria para sempre a sua vida. 

     O estranho químico que o banhou deu-lhe mais que a peculiar coloração púrpura da sua pele. Dotou-o de estranhos poderes de persuasão que podiam ser acedidos pela via verbal.





     Kilgrave, cujo carácter não era dos melhores, decidiu servir-se dos seus novos dotes para iniciar uma longa e relactivamente prolífera carreira criminosa. 

     Um dos primeiros vilões de Daredevil, Kilgrave passaria a dar-se pelo nome de Purple Man. 
Após diversos anos a defrontar, quase exclusivamente, o vigilante cego, Kilgrave iria mudar-se para outras paragens e tentar outros opositores, sem nunca, contudo, alterar os seus grandes objectivos de vida, que passavam pela obtenção de poder, glória, dinheiro e reconhecimento pessoal.





     O seu desejo em se mostrar melhor do que todos torná-lo-iam num mestre manipulador, capaz dos actos mais desprezíveis e inumanos, sobretudo contra as mulheres. 

     Nas páginas de Alpha Flight # 41, em 1986, foi revelado que Kilgrave tinha uma filha ilegítima, concebida a partir de uma mulher da qual abusou mentalmente e fisicamente. 





     A rapariga, que herdaria os poderes de seu pai, passaria a atender pelo nome de Purple Girl, mais tarde Persuasion, contudo conseguiria escapar às malhas do crime, tornando-se numa integrante dos heróicos Alpha Flight.

     No entanto, esse caso de abuso não foi único, muito pelo contrário.
 Jessica Jones, uma heroína novata chamada Jewel, seria alvo da mesma humilhação e degradação física e psicológica,sofrida pela mãe da Purple Girl, mas durante meses. 

     O seu período de cativeiro terminaria após um violento encontro com os Avengers, que acabaria por a libertar da influência do Purple Man de uma vez por todas. 





       É certo que o vilão voltaria a tentar dominá-la de novo, mas desta feita a força de vontade de Jones revelar-se-ia mais forte que os poderes de persuasão de Kilgrave.

     Outra amostra da imoralidade de Kilgrave iria ser revelada no seu regresso às páginas de Daredevil (nrº8. vol 4), com a aparição dos seus Purple Children. 

     Estas crianças, concebidas recorrendo ao tradicional modus operandi de Kilgrave, tinham como propósito serem um meio para a obtenção do domínio global. 





     No entanto, o seu mais ambicioso plano de sempre acabaria por falhar quando os cinco filhos se voltam contra ele, forçando-o, mentalmente, por muito irónico que possa parecer, a tentar o suícidio. 

     Kilgrave sobrevive, graças às suas habilidades curativas e volta a confrontar os filhotes. 
Contudo as crianças são salvas graças à intervenção atempada de Daredevil.





     Para além dos embates com Jones e Murdock, Purple Man teria variados confrontos com Luke Cage, sendo que um dos mais emblemáticos teria lugar em New Avengers #1 a 3, em 2005, no qual Kilgrave ameaça a integridade física da filha e da mulher de Cage. 
O antigo Power Man responde de forma violenta, espancando Kilgrave.

     Por vezes, Kilgrave é, também ele, e contra a sua vontade, um peão no tabuleiro de vilões maiores que ele próprio.





     Em Emperor Doom, de 1987, Kilgrave é usado por Doctor Doom, cuja extraordinária força de vontade supera a verborreia hipnótica do Purple Man, como arma de controlo global.

     Em Thunderbolts #1 a 12, de 2005, um cosmicamente poderoso Baron Zemo vai usá-lo como teste para a equipa de vilões reformados.





     Raramente um jogador de equipa, apesar das suas participações frugais em Masters of Evil e Villains for Hire, Kilgrave é um daqueles vilões que gosta de agir a solo. 

     Interpretado por David Tennant na nova série da Netflix, "Jessica Jones", naquela que é a primeira representação do vilão em Live Action, após breves passagens pelo universo da animação, Purple Man promete ser um sério empecilho para a heroína e protagonista da dita série.

     Que acham?




Posted on quarta-feira, novembro 25, 2015 by Ivo Silva

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sábado, 3 de outubro de 2015





     A terceira temporada da série Agents of S.H.I.E.L.D já começou e com ela surgiu a ideia de uma nova equipa.
Intitulada de Secret Warriors, o grupo, liderado por Daisy, a.k.a Quake, e sob a supervisão do Director Coulson, tem a árdua tarefa de encontrar e capturar os muitos Inhumans que agora surgem, devido aos eventos da temporada passada, antes que outras organizações menos benevolentes o façam.

     Se na série os Secret Warriors são um misto de Inhumans, como Quake, e humanos, o mesmo não acontece com a sua contraparte das Comics.
Nas Comics, o grupo também é liderado por Quake, que é mutante nesta versão, mas encontra-se sobre a supervisão directa de Nick Fury, e não tem qualquer relação com a S.H.I.E.L.D visto este último já não ser o seu director por esta altura.

     Ciente de que a S.H.I.E.L.D, mais uma vez, foi infiltrada, não só por agentes da HYDRA, mas também pelos alienígenas transmorfos conhecidos por Skrulls e após uma invasão não sancionada do país do Doctor Doom, a Latvéria, Fury decide ficar underground e fora do radar.





     Necessitado de aliados, Fury serve-se de uma lista, que havia elaborado faz muito tempo, com o nome de diversas pessoas dotadas, mas desconhecidas do público geral, a que ele chama de Caterpillars.


     Muitos deles são descendentes de vilões e heróis, sendo que esse é o caso de Quake, filha do infame e perigoso Mister Hyde.
 Daisy é a primeira Caterpillar a ser contactada por Fury que lhe entrega o comando dos Secret Warriors. Os restantes membros são J.T.James, herdeiro do Ghost Rider, Alexander, filho de Ares, Jerry Sledge, cujo pai é o Absorving Man, Sebastian Druid, filho do Doctor Druid e Yo-Yo Rodriguez, filha do monstruoso Griffin.





     O objectivo do grupo era simples, o de combater a infiltração de que a S.H.I.E.L.D fora alvo.
O grupo fez a sua estreia contra os Skrulls, em plena Nova Iorque, durante a saga "Secret Invasion", nas páginas de Mighty Avengers #13, em 2008.






     Os Secret Warriors ganhariam a sua própria comic pouco depois disso, sendo que nas suas páginas seria revelada a existência de mais duas equipas de Warriors, para além da original, sendo que uma era chefiada pelo agente Pierce, a Team Black, e a outra por um dos filhos de Fury, Mikel Fury, sendo conhecida como Team Gray. 
A equipa da Daisy dava-se pelo codenome de Team White.
A comic dos Secret Warriors lidava com as tentativas da HYDRA em obter domínio global e duraria 28 números, de 2009 a 2011.

     Detectaram algumas semelhanças com a série televisiva?




Posted on sábado, outubro 03, 2015 by Ivo Silva

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