Mario and Yoshi, para a NES

Columns, para a Mega Drive


Puzzle’s a Dobrar


Nas pérolas esquecidas de hoje, vou dar-vos a conhecer, ou para muitos simplesmente relembrar, não um, mas dois magníficos jogos de puzzle dos anos 90. Como sabem, a febre do Puzzle games surgiu com o aparecimento, no Gameboy, do famoso Tetris, corria o ano de 1991. O encaixar de sucessivas peças geométricas, numa sequência, captou a atenção não apenas dos gamers da altura, mas também, de inúmeros casuais. Com um design bastante simples, mas prático, Tetris impulsionou o pequeno Gameboy para o topo das vendas, permitindo-lhe ultrapassar a mais sofisticada Game Gear, da Sega. Ao ver o sucesso de Tetris, foram inúmeras as tentativas de o duplicar, sem, no entanto, cair no plágio. A Nintendo lançou em 1991, Mario and Yoshi, simultaneamente para a NES e Gameboy. O jogo tinha uma fórmula diferente da de Tetris e trazia a mascote da Grande N, pela primeira vez, para o campo dos puzzles. A história, neste género, é o menos relevante, ainda assim, em Mario and Yoshi ela transcrevia da seguinte forma. Bowser iniciou um ataque aéreo ao Reino dos Cogumelos. Esse ataque era muito simples e não exigiu muito planeamento da sua parte. Bowser, simplesmente, recorreu a atirar alguns dos seus servos borda fora, da sua nave voadora. Goombas, Bloopers , Piranha Plants e Boo Buddies começaram a chover dos céus. Cabe, mais uma vez, ao canalizador Mario e ao seu irmão Luigi, salvarem o dia. A ajudar nesta tarefa, vamos ter o dinossauro comilão conhecido como Yoshi, que vai despachando as criaturas para o interior da sua barriga.



 O jogo consiste em evitar que fiquemos com o ecrã repleto de inimigos até ao topo. Para isso, Mario, ou Luigi, se jogarmos a dois, têm que virar as travessas de forma a juntar dois inimigos do mesmo tipo. Isto faz com que estes se anulem mutuamente. Outra forma mais eficaz de nos livrarmos deles consiste em conseguirmos juntar o máximo de criaturas, entre as cascas inferiores e superiores do ovo Yoshi. Se isso acontecer, o ovo chocará e, de lá surgirá um Yoshi, cuja aparência vai depender, grandemente, do número de inimigos comidos. 0 a 1 e temos um Little Yoshi. 2 a 4 e o Yoshi normal aparece. 5 a 6 é a deixa para o Winged Yoshi. Finalmente, se atingirmos as 7 personagens, é o Star Yoshi que vai surgir. Quanto mais inimigos conseguirmos eliminar, mais pontos teremos. Os controlos são simples, pois apenas temos que nos ocupar de virar as ditas bandejas. No menu inicial de selecção, podemos escolher entre tipo A e B de jogo. Sendo que o A é por pontos e o B por níveis. Temos até 5 níveis de dificuldade e podemos, ainda, escolher entre uma velocidade de queda mais ou menos acelerada para os servos de Bowser. É possível fazer um jogo a dois, onde o primeiro jogador a ter 3 ovos Yoshi vence. Temos três tipos de música à nossa disposição, sendo que ainda podemos optar por não ter nenhuma sequer. No geral, Mario and Yoshi, que recentemente foi colocado à disposição dos possuidores de 3DS e Wii U, é um jogo que não é, de forma alguma difícil. Tem gráficos aceitáveis para a NES e a música assenta bem ao género de que faz parte. A possibilidade de jogar a dois é um bónus que vem aumentar o interesse no título.


Aqui fica uma amostra do gameplay :





Um ano antes, em 1990, já a Sega tinha feito a sua própria tentativa em desenvolver um jogo puzzle. Adaptando o jogo criado em 1989 por Jay Geertsen, a Sega atingiu uma pequena mina de ouro. Embora muito influenciado por Tetris, Columns revelou ser o seu próprio título, com ligeiras mudanças no gameplay que o distinguiam do primeiro. Columns assenta numa ambiência persa e grega, com música a condizer. Ao contrário do que acontecia com Mario, Columns não tem uma história propriamente dita, mas apenas o simples objectivo de nos superarmos como jogadores. Devemos evitar, como em outros jogos de puzzles, evitar que o ecrã rectangular fique cheio. Se isso acontecer, é game over. Existem até três símbolos diferentes, com diversas cores distintas. (temos o vermelho, roxo, laranja, azul, verde e amarelo) As peças caiem em grupos de três, sendo que podemos alterar qual cai primeiro e em que zona do ecrã. Assim que conseguirmos uma sequência de três peças do mesmo tipo, estas desaparecem.




Existem, ainda, jóias especiais, a chamada Magical Jewel. Com ela podem-se destruir todas as jóias da mesma cor, da qual ela toque. Columns, para além do tradicional Arcade, está dividido em três modos de jogo. Temos o Flash, no qual se tenta chegar à linha do fim, que está a piscar. O Doubles, que como o nome indica, é para dois jogadores competirem um contra o outro. Por último, existe o Time Trial, o qual jogámos para obter o máximo de pontos possíveis. Columns é um jogo que possui uma dificuldade crescente e, exige um grande nível de intuição por parte do jogador. Muitos são os que o consideram o maior jogo do género. Os gráficos são bastante apresentáveis e, embora minimalistas, conseguem apresentar, com exactidão, tudo aquilo que se passa no ecrã de jogo.









A música, uma de três (Clotho, Atropos e Lathesis) são das melodias mais conhecidas para quem já teve o prazer de experimentar uma Mega Drive. No geral, Columns, que transitou recentemente para a 3DS, é um dos jogos de puzzle mais divertidos e desafiantes de que há memória. Viciante até mesmo para quem não é propriamente fã do género.

E para quem nunca viu, aqui fica um cheirinho do que é Columns:



Escrito por Ivo Silva