Kirby and The Amazing Mirror foi lançado em 2004 para o GBA. Á primeira vista este parecerá mais um dos múltiplos jogos de plataformas aos quais a série Kirby nos habituou, mas na realidade é muito mais complexo.
Com uma mecânica em muito similar à exibida em jogos como Four Swords, Amazing Mirror é um jogo de aventura, com muitas plataformas é certo, mas onde a cooperação entre os kirbies ( e sim falo em plural! ) é essencial para a resolução dos puzzles que vão surgindo pelo caminho.
A história do jogo é simples. Existe um Mirror World nos céus da Dream Land. Esse Mirror World foi infelizmente corrompido e deu origem à criação do maléfico Mundo das Trevas.
Uma pequena intro, com gráficos de jogo, adensa ainda mais a plot com Meta Knight a ser vencido por uma versão sombria de si mesmo, o Kirby a ser “retalhado” em quatro (com cores diferentes) e o espelho a ser quebrado em oito partes.
São ,precisamente, essas oito partes que Kirby deve recuperar de forma a salvar Meta Knight e o Mirror World.
Dito isto sigamos para aquilo que é mais relevante num jogo.
A sua jogabilidade.
Em Amazing Mirror esta é excelente. Com a mesma fórmula de outros jogos da série, Kirby é uma personagem fácil de controlar. A capacidade de se insuflar é uma habilidade muito útil em níveis que conseguem ser bastante imaginativos e diversos.
Para se defender, Kirby conta com a sua habilidade de absorção. Como Megaman, também Kirby absorbe as capacidades dos seus adversários e usa-as para atacar ou aceder a áreas outrora inacessíveis.
Entre as capacidades absorbidas temos o gelo, de Mr Frosty, o fogo, de Batafire, ou o soco, de Box Boxer, entre muitas outras. No entanto, e como já referi, Kirby não está sozinho e uma simples chamada do telemóvel (que é recarregado pela recolha de baterias espalhadas pelos níveis) permite chamar os seus outros três companheiros.
Isto é particularmente útil nas batalhas com os Bosses. Embora, não sejam muito difíceis, a presença de mais alvos no ecrã, irá garantir que o “nosso” Kirby seja menos vezes atingido.
Os outros Kirbies permitem ao principal encher a barra de energia, o que na falta dos habituais alimentos para o fazer, se torna extremamente útil.
Os níveis muito coloridos atendem sempre a um determinado tema (montanha, água, céu, etc…) e estão repletos de armadilhas e inimigos.
Alguns são mais extensos que outros e em certos níveis teremos lutas com Mini-Bosses ou com o Boss da área. A vitória sobre este último vai permitir a Kirby evoluir na história e obter uma das oito partes do espelho partido.
A forma de os alcançar é que não é nada linear, pois este jogo segue a lógica de jogos como Metroid ou Castlevania, com muito backtracking.
Muitas zonas do nível estão inacessíveis de inicio, pelo que é necessário repetir áreas de forma a progredir no jogo como um todo.
Algumas dessas zonas escondem novas partes do nível ou tesouros a ser recolhidos para visualização na Gallery Room.
Todavia é neste estilo Metroidvania que reside a maior fraqueza do jogo. O constante voltar atrás e repetição de níveis e lutas de bosses, associado a um mapa pouco explícito e de difícil compreensão imediata, podem afastar o interesse de muitos jogadores.
Amazing Mirror compensa isto com a sua extrema facilidade. Os inimigos, mesmo os bosses, têm padrões fáceis de decifrar e as áreas não são excessivamente complexas.
Para além disso, as áreas bónus permitem, com facilidade, aumentar o stock de vidas.
Fugindo agora ao tema da jogabilidade, este título beneficia de grande animação, não apenas na personagem principal, mas também nos seus inimigos.
Estes últimos são muito variados, embora o mesmo não se possa dizer dos Bosses que são maioritariamente reashes de Bosses clássicos da série (se bem que Master Hand, um dos grandes Bosses da série Smash, faz uma fantástica aparição neste jogo).
A música é fantástica e está em perfeita sintonia com aquilo que esta série representa.
Diversão, pura e simples.
E não esquecer a sempre divertida vertente Multiplayer, a qual juntamente com os inúmeros Bónus Games permite aumentar bastante a longevidade deste título.
Em última análise este é um jogo fácil de se jogar e bastante interessante, se não nos importarmos com o factor repetição, devido ao constante andar de traz para a frente nos níveis.
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