Silent Hill: Shattered Memories é uma reimaginação do jogo que deu origem à série, embora com uma storyline relativamente distinta, novas personagens e mecânicas. 
 Desenvolvido pela Climax e lançado para a Wii em 2009, o jogo constituí a sétima entrada no popular franchise de horror. 

     Uma vez mais, e da mesma maneira que o original da Playstation, a história arranca com um acidente de carro que separa pai e filha. 




       Harry Mason, o protagonista, irá embarcar numa busca que se revelará frenética pela filha perdida, Cheryl Mason
Cabe ao jogador, portanto, tomar as rédeas e ajudar Harry na investigação por pistas na pequena cidade americana de Silent Hill. 

     Pelo caminho surgirão inúmeras outras personagens que poderão, ou não, auxiliar-nos na procura, bem como monstros inumanos que nos irão perseguir sem demonstrarem fadiga aparente. 

     Curiosamente, e ao contrário do primeiro Silent Hill e dos restantes cinco que lhe seguiriam, em Shattered Memories não nos é dada a opção de combater as ditas criaturas.




       Fuga é a nossa única alternativa viável. 
É certo que os monstros não estão sempre presentes, mas quando estão, só através de uma corrida rápida, em busca de uma determinada porta, nos poderá salvar. 

     É possível "sacudir" as criaturas se estas lograrem apanhar-nos, contudo tal deixa o nosso Mason exausto e consequentemente vulnerável.




      O ideal será mesmo correr e usar os flares, para os afastar, ou por e simplesmente desligar a luz do nosso telemóvel, para não os atrair (se bem que assim perde-se alguma visibilidade). 

     É neste conjunto de situações que o uso do Wiimote se revela único, pois contribui bastante para a imersão do jogador no ambiente claustrofóbico do jogo. 




     O telemóvel tem, neste jogo, um papel fundamental, pois funciona não só como lanterna, mas também como mapa, localizador de inimigos, receptor e transmissor de mensagens, máquina fotográfica e save

     É graças a ele que nos é possível encontrar itens escondidos e fazer a progressão na história. Falando da história esta está dividida em três momentos, sendo que em um deles o ponto de vista muda.

     Um desses momentos, que simboliza a passagem para um novo capítulo, é passado no interior de um consultório psiquiátrico




     Com a visão na primeira pessoa, o jogador limita-se a responder a pequenas questões que lhe são colocadas pelo psicólogo em questão, o Dr. Kaufmann.

      São as nossas respostas a tais questões que irão definir não só que tipo de áreas que iremos investigar em Silent Hill, como também as reacções e aparência dos Npc's que Harry Mason vai encontrar. 




     As próprias características do inimigos, e a forma como tais se apresentam, é, também, ela derivada das tais respostas. 

     Tanto o segundo, como o terceiro momento do jogo coloca-nos a vista na terceira pessoa.
Se o segundo é focado na exploração e interacção com as personagens, o terceiro, chamado de Knightmare, é onde a acção, ou antes a fuga dos monstros tem lugar. 

     Visualmente falando, este Silent Hill não é muito diferente dos outros.
 Temos a mesma ambiência de local abandonado e sinistro que já havíamos visto em títulos anteriores




     A única alteração relevante está na substituição do típico nevoeiro por neve e gelo. 
A música mantém a mesma toada de um jogo com um forte cariz psicológico e o facto de possuir cinco finais distintos, uma marca da série, amplia bastante o seu replay value.

      Em jeito de conclusão, Shattered Memories é um bom survival-horror que ganha pontos pelo seu gameplay distinto e história forte. 

     Uma experiência diferente quer para os fãs da série, quer para os do género.