Versão Wii



Começou mais um mês de Halloween, e desta feita, a primeira pérola que vos trago é Resident Evil 0. Desenvolvido, em exclusivo, para a consola da Nintendo da época, a Game Cube, este survival horror da Capcom funciona como uma prequela do original. (e mais tarde relançado para a Wii. Ambas as versões são praticamente idênticas)





































Lançado em 2002, RE0 conta a história de Rebecca Chambers, uma médica e polícia destaca para a unidades especial conhecida como Bravo Team. Juntamente, com a Alpha Team, ambas as unidades da S.T.A.R.S são destacadas para investigar uma série de homicídios canibalísticos, aparentemente, perpetuados por monstros, nas imediações de Racoon City. Rebecca, eventualmente, irá separar-se dos seus colegas e com a ajuda de um marine condenado, Billy Coen, irá encontrar o seu caminho para uma misteriosa mansão, no meio dos bosques.

 No seu interior reside a solução para os assassinatos e caberá a ambos desvenda-la. O jogo, em si, é muito similar no seu estilo de jogo com o original. Movimentar a personagem é uma tarefa árdua, pois ela parece mover-se em câmera lenta. É certo que este género mais “rústico” de controlo é algo que foi feito de forma propositada, como que para imiscuir ainda mais tensão e horror no jogador, todavia, poderá não ser do agrado dos que prefiram ter um maior controlo sobre as acções da personagem.

























A câmera, assim como no original, coloca-se, muitas vezes, em pontos pouco práticos para o jogador. Embora, beneficie a atmosfera de suspense e de horror, estes ângulos menos práticos puderam tornar-se numa nuisance para aqueles não habituados a eles. Mas retome-mos a questão dos controlos. RE0 pode jogar-se usando 3 tipos de controlos diferentes, o Wiimote, o Classic Controller e o Comando da Gamecube. 

Independentemente do escolhido não se dá pela mudança. Continuamos a ter um botão para examinarmos os locais, outros dois para apontarmos ao inimigo e dispararmos, um para mover objectos pesados, para subir e descer escadas, para correr e, por último, para virar rapidamente. Dominar esta última função é crucial para conseguir triunfar em RE0, pois é muito útil nos encontros com as sinistras criaturas que habitam a mansão. Pressionando o botão - , se estivermos a jogar com o Wiimote, podemos aceder a um menu de Status, que nos indicará em que condição estão as nossas personagens, os items que possuem e as armas equipadas. 




Falei em plural porque, ao contrário do que acontece com RE1, em 0 não escolhemos uma personagem, mas antes, temos as duas e é através da sua cooperação que iremos conseguir chegar ao final desta aventura. Ao longo do jogo vamos alternando entre ambas, sendo que podemos enviar uma sozinha e deixarmos a outra à espera, desde que seja num local seguro de ataques. Rebecca e Billy não têm as mesmas habilidades. Certos puzzles e tarefas paenas podem ser efectuadas por um ou pelo outro. 

Por exemplo, Rebecce é a única que consegue combinar items, enquanto que Billy é mais resistente a dano e pode empurrar objectos mais pesados. Por falar, em items temos as tradicionais ervas e spray's de cura, bem como uma grande variedade de armas. Existe uma diferença em relação ao jogo original da série. 






Em RE0 os items podem ser deixados no chão, em qualquer lugar, que ainda aí estarão quando regressarmos ao sítio. Não exigem o baú próprio do 1. O save continua a ser algo que exige cuidado e atenção. O save é feito nas inúmeras máquinas de escrever que se encontram espalhadas pelo jogo, usando as latas de tinta. Estas últimas, contudo, são mais escassas, pelo que convém, somente, fazer o save quando for estritamente necessário. 

Por último, o Mapa é uma grande ajuda e permite-nos ter uma noção das áreas que já visitamos e das que ainda faltam visitar. Colocando a jogabilidade de parte, devo dizer que a história não é tanto um reash da do primeiro jogo, mas antes um complemento à mesma. Ambos os segmentos, de Rebecca e Billy são interessantes e permitem-nos estabelecer uma forte ligação às personagens em questão.

 Tal como em RE1, também aqui, detalhes acerca da história são-nos dados a conhecer via documentos que encontraremos espelhados pelo cenário. Os inimigos são muito variados e vão desde os comuns Zombies, morcegos e cães, até Hunters (sapos gigantes), lesmas e corvos. Os Bosses exigem o uso de um certo grau de estratégia e não podem ser derrubados pelo mero uso de força bruta. O boss mais memorável, e fazendo desde já um pouco de spoiler, é um morcego gigante na capela (pelo menos a meu ver). A música é bastante boa e ajuda, juntamente com um belo e sombrio cenário a mergulhar-nos no ambiente sombrio no qual este título é abundante.


Em conclusão, RE0 é um óptimo jogo que pode ser experimentado, mesmo sem ter conhecimento do título original. Uma pequena pérola para qualquer colecionador de bons jogos da Gamecube e da Wii. 

 Escrito por Ivo Silva