O Vampiro Vivo


A temática vampiresca desde sempre que tem sido muito usada, não apenas nos filmes ou nos livros, mas também nos comics. Contudo, e talvez tentando variar um pouco as coisas, a Marvel introduziu um novo tipo de vampiro, o vivo. Em 1971, Roy Thomas e Gil Keane criam Morbius, The Living Vampire. Este começou por ser um cientista, Michael Morbius, que se encontrava a padecer de uma rara doença sanguínea que o estava a matar. Para conseguir escapar ao abraço gelado da morte, Morbius injectou-se com um soro, ainda por testar, de sua autoria. O resultado foi a sua transformação em um vampiro. Um tipo diferente de vampiro que, embora necessite de sangue para sobreviver e enfraqueça com a exposição à luz solar, não partilha quaisquer outras semelhanças com a espécie de Drácula. Adicionado à galeria de vilões de Spider-Man, Morbius alterna entre o heroísmo e a vilania, enquanto procura encontrar uma cura para a sua condição. Aqui ficam alguns dos seus encontros com o aranhiço:









A estreia ocorreu no nrº 101 da revista “Tha Amazing Spider-Man”, em 1971. Na época, Peter Parker sofria uma mutação que lhe tinha dado quatro braços extra. Temendo estar a tornar-se numa aranha humana, Parker refugiou-se em uma casa abandonada, juntamente com o Dr. Curt Connors, Lizard, para desenvolverem uma cura. Sem saberem que lá residia um foragido Morbius. Levado pela sede de sangue Morbius atacará o duo e provocará o aparecimento do Lizard. A batalha extender-se-á até ao número 102, com Morbius a ser capturado e o seu sangue a ser usado por Connors para sintetizar uma cura para a mutação crescente do aranhiço.




Em 1972, Morbius regressará para enfrentar Spider-Man, nas páginas de Marvel Team-Up nrsº 3 e 4. O aranhiço não fará sozinho, mais uma vez. Desta feita contará com a ajuda de outros heróis, o Human Torch (no nrº 3) e os X-Men originais (no nrº 4). Mantendo a mesma toada violenta, Morbius transforma um estudante universitário em um vampiro, como ele, e mata inocentes, na sua busca insana por sangue, antes de ser detido por Spider-Man e pelo Human Torch. Conseguindo escapar, Morbius procura o auxílio de um velho colega universitário. O objectivo seria o de livrar-se do seu vampirismo, que lhe está a privar da sua humanidade. Acontece que o dito professor era amigo de Charles Xavier. Rapidamente, os X-Men se colocam em acção e juntamente com Peter Parker, prendem o vampiro. Mais uma vez, o sangue contaminado de Morbius salva Peter, que está a morrer por causa de um virus ainda referente aos acontecimentos de “The Amazing Spider-Man” 101 e 102.



Passando décadas à frente, vemos um Morbius totalmente entregue ao seu lado vampiresco, a alimentar-se da escumalha da superfície. Liderando um grupo de sem-abrigo, Morbius acredita que está a alimentar-se do sangue dos criminosos de Nova Iorque, mas um Spider-Man, regressado ao seu uniforme negro, mostra-lhe que tem estado a satisfazer-se de inocentes. Morbius fica horrorizado com a revelação. Tudo isto está maravilhosamente ilustrado por Todd Mcfarlane, nas páginas de “Spider-Man” nrº 13.
Curioso por ler mais acerca de Morbius? Veja, também, Midnight Sons e Morbius, The Living Vampire. 
Happy Halloween


 Escrito por Ivo Silva