Castle of Illusion starring Mickey Mouse
Versão Mega Drive

 Em Castle of Illusion para a Mega Drive, o casal de ratos mais conhecido do Mundo, encontra-se a meio de um piquenique quando a bruxa Maluada Mizrabel decide aparecer para acabar com a paz daqueles dois, raptando Minnie. Mickey, seguindo o rastro da raptora da sua amada, deoara-se com um castelo, onde um velho sábio o informa das ilusões que vai encontrar naquele lugar. Mickey precisa de reunir as cinco jóias da ilusão, de maneiras a que possa salvar Minnie. E era com esta simples premissa que em 1990, a Sega nos faria viver esta intrépida aventura, ao longo de seis níveis, que cumpriam os requisitos da diversidade de cenários, começando por uma floresta encantada, seguida de uma caixa de brinquedos, até uma biblioteca que nos conduz a um mundo de doces. A banda sonora, bastante adequada a cada uma das zonas, é encantadora e, rapidamente, estaremos a trautear algumas das suas músicas.





A jogabilidade é bastante simples e imediata, tendo como acções, saltar e atirar projécteis (consoante o nível em questão. Teremos maçãs na floresta e berlindes na caixa de brinquedos), tudo isto com bom tempo de resposta. A única falha a apontar será mesmo a sua longevidade. Esta aventura pode terminar-se em pouco tempo.










Castle of Illusion starring Mickey Mouse
Versão PS3 e X-Box 360

Passemos agora à nova versão que saiu para a PS3 e 360 nas suas respectivas lojas digitais. A estória continua a ser a mesma, mas desta vez temos belíssimas ilustrações, com um narrador a contar-nos os acontecimentos. O narrador continua a falar ao longo do jogo, podendo tornar-se algo incómodo, mas nada que uma rápida visita ao menu de pausa, não possa resolver. Existindo a opção de cancelar a narração. Apesar do jogo mostrar-nos uma perspectiva lateral, como no original, na realidade esta versão utiliza gráficos tridimensionais. Com uma apresentação bastante colorida e a lembrar as obras artísticas de Walt Disney. Outra novidade (graças ao motor 3D) é o facto, da perspectiva mudar, para criar situações únicas. (como uma clareira com vários caminhos e um poste com diversas indicações, no centro, por onde temos que navegar Mickey, até encontrarmos o resto.) Outro exemplo é a icónica fuga da maçã, que agora vem de encontro a nós, como no mítico Crash Bandicoot da PSX.


 A jogabilidade, para além de podermos movimentar-nos em espaços tridimensionais, continua a ser a mesma, ou seja, um botão para saltar e outro para atirar. A banda sonora sofreu uma renovação pelas mãos de Grant Kirkhope, ex-Rare e responsável pelas trilhas sonoras emblemáticas de títulos como Banjo-Kazoie e Donkey Kong. O pior do jogo continua mesmo a ser a sua curta duração e, também, agora, certas perspectivas isométricas, nas quais ocorrem falhas no cálculo das distâncias entre plataformas. Recomendo o velho truque de seguir a sombra, porque assim sabemos se estamos em cima da plataforma desejada ou em direcção a um rio de batido de morango, onde a morte, apesar de doce, é certa.


 Apesar da aventura acabar rapidamente, ainda existem inúmeros segredos a desbloquear, como quadros para o castelo e estátuas de personagens. Isto, certamente, vos fará voltar a repetir a dose, num jogo que já por si só, é bastante divertido.



Escrito por Joel Sousa