Criado pela Sonic Software Planning e publicado pela Sega. O
segundo jogo da série Shining sairia a 1 de Outubro de 1993, em solo nipónico,
para a MegaDrive. Só em 1994, nomeadamente a 2 de Julho, na Europa e a 1 de
Outubro, nos EUA, é que os ocidentais teriam disponível o jogo. O mesmo seria
relançado na Virtual Console da Wii em 2008 e seria incluído na colectânea de
jogos da Sega, a Sonic Ultimate Genesis Collection, em 2009 para a PS3 e X-Box
360. Ainda mais recentemente, o jogo seria colocado disponível para PC, em
2011, via Steam.
Shining force 2, ao contrário do que o número possa indicar,
não é uma sequela directa do primeiro jogo. Na verdade, a sua ligação ao mesmo
seria feita por um outro jogo da série, lançado para a portátil Game Gear, o
Shining Force Gaiden: Final Conflict.
A história do jogo, bastante mais imersiva que a do
primeiro, colocava-nos na pele do jovem escudeiro, Bowie, do reino fictício de
Granseal. Aprendiz do feiticeiro real, Astral, ao jovem é incombida a missão de
libertar o rei de uma possessão demoníaca. Sem querer abordar muito mais, devo
apenas referir que os ditos demónios são servos do verdadeiro vilão do jogo,
Zeon. É-nos mostrado, nos minutos iniciais de Shining, como o ladrão Slade, sem
intenção de o fazer, vai, ao roubar um conjunto de jóias místicas, quebrar o
selo mágico que mantinha Zeon aprisionado.
Sendo muito mais extenso, não só na história, mas também no
próprio mundo a explorar, o segundo Shining abdica do sistema de capítulos que
o primeiro dispunha. Isso vem, desde já, permitir, ao jogador regressar a
locais previamente já visitados para uma melhor exploração. Ainda assim
mantêm-se a componente táctica do original. Ao jogador é dada uma party, cujas
personagens se movimentam numa espécie de tabuleiro de xadrez, à la Fire Emblem.
A grande diferença deste rpg medieval é que os membros da nossa formação, mesmo
que percam uma batalha, não morrem definitivamente. No final da luta ou mesmo
durante a mesma, é possível recuperá-los.
Nesse ponto de vista será um Rpg
menos stressante, embora, não menos desafiador. Como no primeiro e nos
restantes jogos seguintes, as personagens não são todas humanas. Variam entre
seres mitológicos, como centauros e homens pássaro, e criaturas tecnológicas,
como robots sofisticados. Cada personagem da party tem, não apenas, uma
personalidade própria, mas também uma história única, sendo possível falar com
elas em HQ (quartel-general) disponíveis em algumas das cidades. De salientar
que cada personagem ao alcançar o nível 20, pode ser promovida de classe.
Normalmente existem duas classes para cada uma, com raras excepções.
Shining Force 2 é um jogo com belos gráficos, de final da
MegaDrive, com uma história bem construída e que não tenta ir para além do
necessário, como por vezes acontece com muitos rpgs. É um jogo com regras
fáceis de apreender e com muitos segredos a desvendar. Um mais para possuidores
da MegaDrive.
Escrito e Publicado por Ivo Silva
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