A nossa história continua nas páginas de Superboy #62 (Vol 4, de 1999), com uma grande, mas não de toda inesperada revelação. 

Black Zero é um clone de Superman. 

Na sua realidade, Superman realmente morreu após a batalha titânica com Doomsday, ao contrário do que se sucedeu na New Earth. 

Também aqui Cadmus clonou o herói, contudo desta feita o clone teve hipótese de amadurecer e tornar-se no novo Superman. 

Apesar de todos os seus poderes, Superman II nunca foi devidamente aceite pela população que não o via como nada mais que uma mera imitação barata do original. 

A morte da Supergirl e de 318 civis após uma batalha com Brainiac vai servir para aumentar a desconfiança da população em relação aos clones (apelidados de Genetix). 

O primeiro clone a tombar perante esse crescente sentimento vai ser um dos amigos mais próximos de Superman II, o Guardian.





Enfurecido, Superman II decide que se não o aceitam como um herói renascido, ele será outra coisa. 

Tirando inspiração da história kryptoniana, Superman II assume a identidade de Black Zero. 

A sua nova missão passará não por ajudar a Humanidade, mas antes garantir, a qualquer custo, a liberdade e o bem estar de todos os clones. 

Vencendo toda a oposição que vai encontrar, Black Zero clona os heróis caídos em batalha e efectivamente conquista o mundo, dando início ao passo seguinte no seu plano de libertação.

Black Zero avança para o Hypertime, procurando espalhar a sua ideologia em diferentes Terras tão semelhantes à sua. 

Curiosamente, em todas elas Black Zero será oposto pela versão do Superboy desse mundo. 

Não desejando matar clones como ele, Black Zero captura e aprisiona os Superboys de forma a que estes não mais interfiram nos seus planos.


 


Toda esta informação é-nos presenteada pelo próprio Black Zero após um breve e violento combate com Kon-El e Kal-El (este não é um clone de Superman, mas antes o próprio homem de aço mais novo), que o primeiro logra vencer. 

Aprisionando Kal e Krypto, Black Zero tenta recrutar Kon para a sua causa, reconhecendo-lhe muitas semelhanças consigo e com a sua história.

Não que faltassem aliados ao vilão. 

O director do Projecto Cadmus, Westfield e o New God Metron (embora apenas como observador) contavam-se entre alguns deles. 

Em Superboy #63 (Vol 4, de 1999), Black Zero revela ter uma arma especial para lidar com o Superman da New Earth. 

Um exército de Doomsdays. 

Felizmente e antes de ter a oportunidade de iniciar o seu ataque à New Earth, Black Zero é atacado pela heróica Knockout, que havia invadido Cadmus numa tentativa de resgatar os Superboys e vingar a morte do seu amado (o Superboy que morreu em Superboy #61).


 


 A New God conta com o auxílio dos Challengers of the Unknown, um grupo de viajantes extra-dimensionais.

Kon junta-se à contenda, que acidentalmente acaba com todas as versões alternativas de Westfield a serem apagadas após este entrar em contacto com o Hyperion*, muito para fúria de Black Zero que via nele uma figura paterna. 

Derrotando os heróis, Black Zero decide puni-los e faz-lo lançando-os para a câmara onde estão os Doomsdays. 

Graças ao sacrifício de Knockout, Kon e os Challengers conseguem escapar e logram em conseguir soltar os restantes Superboys.


 


Os Superboys estão efectivamente a conseguir conter Black Zero, todavia a interferência de Metron, que os devolve às suas realidades maternas, vira o conflito a favor do vilão, pois agora resta apenas Kon para o impedir. 

Convencido pelos Challengers a ajudar, o volúvel Metron contém sem grandes problemas o seu outrora aliado. 

Ciente de que a tecnologia desenvolvida por esta versão da Cadmus é de facto perigosa, Metron procede à sua destruição e dá os meios para os Challengers e Kon (junto com um Black Zero captivo) regressarem a casa (New Earth).


 


A viagem de regresso, em Superboy #64 (Vol $, de 1999), não corre bem. 

A nave onde o grupo viajava é violentamente atingida pelas energias do Hypertime e um dos Challengers, Red, perde a vida. 

O mesmo só não acontece a Kon e ao resto da tripulação, porque Black Zero decide redimir-se dos seus actos e salva-os, perdendo a sua vida no processo.

Kon e os restantes sobreviventes chegam a casa no número seguinte e assim se conclui a saga que ficaria conhecida como Hyper-Tension!



*Nota: O Hyperion é a fonte de energia que constituí o Hypertime. Permite viagens entre dimensões e é muito arriscado o seu uso, como Westfield pôde atestar.