Crazy Taxi 3: High Roller é, como a própria numeração indica, a terceira entrada numa das séries mais populares e estimadas pelos fãs da Sega.
Produzido pela Hitmaker, Crazy Taxi 3 foi lançado em 2002, em exclusivo, para a X-Box.
Curiosamente, a Hitmaker tinha como objectivo a criação de uma versão totalmente online de Crazy Taxi, com grande foco no multiplayer.
O jogo teria ciclos de noite e dia (com diferentes clientes e destinos para cada período), assim como usaria mapas já existentes, nomeadamente aqueles dos dois Crazy Taxis anteriores.
Contudo, tal não se viria a concretizar.
Com excepção de alguns níveis à noite, o resto das ideias foram abandonadas.
Das cinzas do projecto online, intitulado de Crazy Taxi Next, nasceria High Roller.
O jogo conta com três localizações.
Voltam West Coast (Crazy Taxi 1) e Small Apple (Crazy Taxi 2), com a particularidade desta última ser à noite.
Cada uma destas localizações trás de volta os seus respectivos condutores (Axel, Gus, B.D.Joe, Gena, Slash, Cinnamon, Iceman e Hot-D:).
A terceira localização, Glitter Oasis, claramente inspirada na cidade norte-americana de Las Vegas, é a grande novidade deste terceiro Crazy Taxi.
Glitter Oasis está repleta de casinos, casas de espectáculos, desfiladeiros e desertos.
A mesma vem, como não poderia deixar de ser, acompanhada por quatro novas personagens.
São elas: Mrs Venus, Angel, BixBite e Zax.
Os objectivos a atingir em Crazy Taxi 3 são os mesmos que já tínhamos nos dois jogos anteriores da série.
Basicamente, somos colocados no papel de um taxista, pelo que devemos ir recolhendo passageiros (podem ser mais que um) em diferentes locais das cidades escolhidas e levá-los, da forma mais radical e rápida possível, ao seu destino.
Se fizermos a viagem rápido e bem, seremos premiados com taxas mais elevadas (ou seja mais dinheiro), para além de recebermos amplos elogios vindos dos nossos clientes.
Ao dinheiro da viagem podemos ainda juntar as grojetas.
Estas são resultado directo das manobras ousadas que fizermos com o nosso veiculo nas ruas.
Quantas mais manobras extremas, mais caché extra teremos.
Tudo isto será analisado no final, com uma nota a ser-nos dada (a mais alta é a Crazy License).
Se estivermos a jogar no modo normal, seremos presenteados com o final do jogo, desde que tenhamos uma pontuação alta o suficiente para isso.
Nos outros modos de jogo (três, cinco e dez minutos) não temos tanta sorte, mas os pontos que fizermos serão contabilizados para a tabela de recordes (como de resto também se sucede com o modo normal).
Contudo, nem tudo são coisas boas.
Clientes insatisfeitos não só não nos dão qualquer dinheiro, como nos fazem perder tempo, tentando muitos deles chegar a vias de facto, atacando a nossa viatura.
Tudo isto porque por algum motivo (tráfego ou má condução) não conseguimos deixá-los no seu destino pretendido a tempo e horas.
Embora não seja um jogo difícil de se pegar e jogar, Crazy Taxi exige prática se quisermos dominar o seu gameplay muito instintivo.
Conseguirmos efectuar as manobras especiais: Crazy Drift, Crazy Dash, Crazy Through, Crazy Stop e Limit Stop, é meio caminho andado para termos melhores pontuações.
Um verdadeiro jogo arcade, rápido e electrizante, Crazy Taxi 3 tem um modo extra, chamado Crazy X, que visa sobretudo aumentar a longevidade de um jogo que é bastante curto.
Crazy X assenta num conjunto de mini-jogos que irão testar o nosso domínio sobre as diferentes manobras especiais já referidas acima.
Completando o primeiro nível de Crazy X teremos acesso a todos os destinos e atalhos das localizações.
Igualmente, ao finalizarmos com êxito o segundo nível somos brindados com três veículos diferentes, os quais podem ser usados no modo normal.
Falo da carruagem, da bicicleta e do carrinho de mão.
Os cenários de Crazy Taxi 3 foram melhorados relactivamente aos jogos anteriores, sendo mais definidos e mantendo a essência das cidades que visam parodiar.
A música, essa, não poderia ser mais adequada.
Bad Religion, Offspring, Methods of Mayhem e Brian Setzer's Comeback Special são as vozes que dão cor e força a esta entrada da icónica série de corridas da Sega.
É certo que Crazy Taxi 3 não é o melhor que a série Crazy Taxi tem para a oferecer, mas convém salientar que é o único título da mesma disponível para a X-Box.
Isso, juntamente com o facto de basicamente funcionar como uma colectânea (uma vez que tem características dos dois primeiros) tornam-no num dos melhores títulos da X-Box original.
Não concordam?
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