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segunda-feira, 24 de setembro de 2018





Desenvolvido pela Sega e lançado para a Mega Drive em 1994, Streets of Rage III é, como o próprio nome indica, a terceira entrada (e também a última) numa das mais populares séries da época. 

Um Beat'em up, como os seus antecessores, Streets of Rage III marcava o regresso do Mr X e do seu sindicato naquela que era sua terceira tentativa de controlar o submundo do crime da cidade. 

Desta feita, Mr X tenta uma abordagem mais subtil, procurando substituir os membros mais relevantes da cidade por duplicatas robóticas.

Mr X é auxiliado neste seu plano mirabolante pelo Dr Dahm que desenvolve, entre muitos outros, versões robóticas do próprio vilão (os apelidados Robot X e Y serão usados como bosses finais nos diferentes finais do jogo) e da sua oposição (na figura de um robot de Axel). 




Para distrair a atenção das autoridades, o Mr X espalha bombas por toda a cidade. 

Felizmente, os planos do pérfido vilão são descobertos pelo Dr Zan, que contacta Blaze, Axel e Skate para o ajudarem a parar o Mr X de uma vez por todas. 


 


O jogo traz de volta como personagens jogáveis três dos protagonistas do título anterior, adicionando o Zan ao plantel. 

Axel continua a ser a personagem mais balanceada de entre as quatro, mas ganha mais força física, assumindo agora o papel de bruiser do grupo. 

Blaze mantem-se como a mais rápida e ágil do conjunto, enquanto que Skate é de longe a personagem mais fraca fisicamente falando. 

Zan, o único estreante, é um cyborg capaz de dar potentes choques eléctricos aos seus oponentes.


 


Embora poderoso (se bem que um pouco desengonçado), Zan é a única personagem a não dispor de ataques especiais diferentes dependendo da arma que tenha à sua disposição. 

Seja qual for a arma que apanhe do chão, Zan fará sempre o mesmo ataque de bola energética. 

Esta é precisamente uma das grandes novidades de Streets of Rage III, a possibilidade de fazer movimentos especiais dependendo da arma que estiver na nossa posse. 

Esses movimentos variam de personagem para personagem. 

De realçar que as armas nunca foram de durar muito. 

No primeiro Streets of Rage bastava apenas um mero toque do adversário para ela sair das nossas mãos e desaparecer. 

Aqui todas as armas têm uma barra de uso (à la Fire Emblem) ou seja um prazo de validade, no fim do qual ela quebra e, aí sim, desaparece. 

Outra novidade de Streets of Rage III reside no facto de todas as personagens serem capazes de correr. 

Algo que não era possível no primeiro e que no segundo jogo era exclusivo do Skate. 

Streets of Rage III é um jogo muito mais rápido que os seus antecessores. 

Mais difícil também, não só porque os nossos golpes já não causam tanto dano como nos jogos anteriores, mas também porque a A.I dos inimigos está muito mais apurada. 


 


A juntar a isso regressam as armadilhas do Streets of Rage original. 

O que vale é que também temos mais opções de ataque. 

Para além dos já tradicionais golpes especiais e das armas, volta a ser possível fazer ataques combinados como no jogo original.

A essa versatilidade acrescenta-se o facto das nossas personagens conseguirem fazer esquivas e Blitz Attacks, isto é golpes efectuados enquanto a nossa personagem corre. 

Streets of Rage III faz regressar velhos bosses (Shiva, Jet e as gémeas Mona e Lisa), assim como acrescenta alguns novos, sendo que tirando o samurai Yamato, todas estas novidades são robóticas (Robot X, Y e Evil Axel). 

Existem também alguns  novos sub-bosses em determinados níveis que, num dos casos é mesmo boss duplo (Bruce e Roo no segundo nível). 

Os níveis em Streets of Rage, assim como a música não são tão inspirados como nos dois jogos anteriores da série, mas continuam a ser variados. 


 


O nível da discoteca é sem sombra de dúvida o melhor deles, sendo nele que assistimos ao regresso da dupla de bosses mais difícil de bater do jogo original, Mona e Lisa. 

Igualmente inspirado, não tanto pelo cenário (zona de construção), mas antes pelo que temos que fazer, é o nível no qual temos que fugir de um capanga do Mr X que conduz um bulldozer na nossa direcção. 

Apesar de não termos tempo limite, a rapidez com que batemos cada nível conta para o final que iremos conseguir (para isso também conta a dificuldade seleccionada no início). 

A nível gráfico, não considero que Streets of Rage III seja superior ao II. 

Os sprites parecem um meio termo entre os do jogo original e os do segundo. 

Streets of Rage III é ainda assim um jogo com imensa longevidade, graças aos seus finais múltiplos, personagens secretas (três) e história (bastante mais complexa). 

Ainda assim, o jogo peca pela banda sonora banal e pela exclusão de Adam (outra vez) e de Max. 

Zan não é de todo uma boa personagem a meu ver.

Não é o Streets of Rage mais fraco, tecnicamente falando, mas é aquele que muitos fãs decerto não irão apreciar tanto jogar.







Posted on segunda-feira, setembro 24, 2018 by Ivo Silva

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014


Desenho por Joel Chan





     Blaze Fielding é uma agente da autoridade que, insatisfeita com a forma como as coisas estavam a ser resolvidas na sua cidade natal, decide, junto com dois companheiros, Adam e Axel, resolver a questão usando os punhos.
Para tal, Blaze serve-se de poderosas projecções de judo e leveza de movimentos para levar de vencida a escória comandada pelo sinistro Mister X.

     Criada pela Sega para o jogo inaugural da sua série de Beat'em up, Streets of Rage, em 1991, Blaze depressa atingiu o estatuto de fan-favorite.
Toda vestida de vermelho e com a "heróica" fita, típica dos protagonistas dos anos 80, Blaze, que até podia ser a personagem físicamente mais débil, do cast, acabaria por garantir uma presença nos restantes dois títulos que se seguiram.
A únicas mudanças na personagem, tirando a indumentária, foram a cor de cabelo, que passou de negro para castanho e o seu rol de golpes, que foram aprimorados de forma a incluirem "special moves".

     Para além da sua presença nos títulos da Mega Drive, Blaze teria uma breve presença no mundo das Comics, fruto da sua participação nas histórias do SOF, presentes na revista Sonic The Comic (nomeadamente, nos números 7 a 12, 25 a 30 e 41 a 46).
Essas aventuras seriam escritas pelo, agora, conhecido argumentista da Marvel, Mark Millar.
 Blaze, embora sem mais presenças de relevo em jogos oficiais da Sega, continua bem presente na mente dos fãs de SOF, como mostra, de resto, o "recente" Street of Rage Remake.


Escrito por Ivo Silva


Posted on terça-feira, dezembro 09, 2014 by Ivo Silva

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014




Nunca soube tão bem libertar a fúria nas ruas!

Versão da Mega Drive


Como se costuma dizer, o que um tem, o outro tem que ter também. Este foi o caso da Sega, com este título. Numa clara resposta ao Final Fight, um sucesso nos salões das arcadas que fazia a transição para SNES da Nintendo, a casa de Sonic não se deixaria ficar e assim, em 1991, era lançado para a Mega Drive, o frenético Streets of Rage.



A cidade encontra-se sobre o controlo do Sindicato do Crime, um bando de rufias liderados pelo infame Mr X! Fartos desta corrupção toda, surgem três jovens, de nome Axel, Blaze e Adam, que em um beat'em up de scrolling horizontal, irão limpar as ruas, subúrbios, pontes e praias daquela metrópole ao longo de oito níveis repletos de acção.
A corja, constituída por Punks, raparigas de chicote, wrestlers e até malabaristas, não serão adversidade para os nossos heróis, que apesar de terem só um botão para desferirem golpes e outro pra saltar, apresentam diferentes características nas repostas aos seus agressores. Como por exemplo, Blaze é a mais rápida, mas a mais frágil, enquanto Adam é o mais forte mas, em contrapartida, o mais lento. Por último, Axel que sendo o mais equilibrado, tem o salto mais débil. Tudo isto contando que todos têm estilos de combate diferentes, nomeadamente, Judo, Boxe e Artes Marciais!




Já vos falei dos controlos referentes aos botões B (acção) e C (salto), mas se bem se recordam, a 16 Bits da Sega, possui três inputs, ou seja, a falta do botão A, que demonstra o brilhantismo da equipa por detrás da programação; ao premir desta tecla, iremos chamar um par de amigos policiais, dos protagonistas, que, na sua viatura, prontamente irão libertar uma salva de munições (no caso do primeiro jogador, tiro de bazooka, no caso do segundo, tiro de metralhadora) sobre a escória. Por outras palavras, algo original e, se não me falha a memória, nunca mais visto, desde então, no género. No entanto, como toda a boa mecânica, existia um senão. Só poderíamos usar a ajuda da Polícia, uma vez por vida, ou, no caso de apanharmos um item que permitisse outra ronda de auxílio. E Beat'em up não é Beat'em up sem os vários items escondidos debaixo de cabines telefónicas, caixotes do lixo e afins, como maçãs e rolos de carne, que prontamente nos devolverão a energia necessária para trazer a justiça de volta aquelas ruas. Um facto curioso, na versão da Mega Drive, está no facto do vilão final, Mr X nos oferecer uma posição na sua organização criminosa. Daí resultará um final alternativo para o jogo. Não sendo propriamente difícil, Streets of Rage poderá apresentar dificuldades mais para a frente, principalmente na mansão do Mr. X, mas nada como ir treinando no modo mais fácil. (número menor de inimigos no ecrã e mais vidas)





Quanto a gráficos, o título da SNES pode ser mais vistoso, no entanto SOR consegue um maior equilíbrio, pois com personagens mais pequenas, existe mais espaço para mostrar cenários mais pormenorizados, coloridos e variados. Mesmo as personagens denotam uma sensualidade e atitude incomparáveis.
Em termos de som, posso garantir que terão uma das melhores bandas sonoras de jogos, de sempre. Yuzo Koshiro consegue tirar da placa de som MD simplesmente aquilo que eu chamo de magia auditiva. Utilizando um já ultrapassado ultrapassado hardware PC-8801, juntamente com uma linguagem de programação audio criada pelo próprio, o músico traria qualidade de música dance electrónica para os jogos de vídeo! Simplesmente genial e altamente aconselhado a ouvir no máximo!




Escusado será dizer que foi um sucesso retombante e com isso veio outra versão deste jogo para as 8 Bits da Sega, a Master System II, em 1993, e a portátil devoradora de pilhas, Game Gear, em 1992.
Na portátil, apesar de ter multiplayer como na MD, através do Cable Link, o título foi quase massacrado, mostrando maus gráficos, animações de personagens, juntamente com níveis (apenas 5) cortados e imagines-se só; Adam é excluído do trio de heróis!
Já a versão da MS II traria Adam de volta e um Boss diferente da versão 16 Bits, especificamente na fábrica (nível 6) da versão original. Tudo isto graças a um novo motor gráfico, em relação ao da GG, no entanto, a capacidade de jogar a dois seria cruamente sacrificada. O facto do botão de pausa ser na consola, vem tornar esta uma versão pouco convencional do jogo.



A versão original seria ainda transportada para as máquinas arcade e inserida em várias colectâneas que iriam acompanhar a MD. Estas colecções trariam outros clássicos da Sega como Golden Axe e Shinobi, no mítico Mega Games 2, que juntamente com Sonic viriam nem Sega Pack Mega Action da consola. Não seria a última colecção. Depois viria em Sega Classics Arcade Collection para a Mega CD e, novamente para a MD, o Mega 6 (composto por Streets of Rage, World Cup Italia 90, Columms, Super Monaco GP, Revenge of Shinobi e Sonic). O nível de sucesso de SOR é tão grande que, ainda hoje, o podem encontrar no serviço Virtual Console da Wii, X-Box Live Arcade, Steam e IOS.



Por esta altura encontra-se também disponível uma nova versão completamente refeita de raiz, para a 3DS, que, como podem imaginar, faz uso do efeito 3D estereoscópico da máquina. Pormenores fantásticos como o chão saindo fora do ecrã, com as personagens apresentadas em Pop Up, e a cidade no fundo, com as suas luzes brilhantes. Adicionando um novo modo Death Blow, em que com apenas um golpe conheceremos o criador, entre outras funcionalidades (como a possibilidade de se jogar a dois localmente), para trazer o jogo aos dias de hoje, tornam esta uma experiência obrigatória para os fãs da série. Esta versão está disponível na E-Shop da 3DS e está inserida na colecção 3D da Sega.


Conclusão:

Pouco mais há a dizer de Streets of Rage. Sem dúvida, um dos melhores jogos do género. Um clássico que todos os verdadeiros amantes dos videojogos devem experimentar um dia.




Escrito por Joel Sousa



Posted on sexta-feira, fevereiro 07, 2014 by Ivo Silva

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