Publicado para a NES em 1990, Arkista's Ring é um jogo de acção e aventura desenvolvido pela American Sammy. Um título que tira muita inspiração de contemporâneos seus da época, nomeadamente Zelda, pela apresentação, e Gain Ground, pelo estilo de gameplay adoptado.

Em Arkista's Ring o jogador assume o controlo da jovem arqueira élfica de cabelo esmeralda, Christine, enquanto ela tenta recuperar uma poderosa relícia mística do seu povo. É precisamente esse objecto que dá o nome a este jogo. 

O anel em questão foi usurpado por um vilão sinistro, de nome Shogun, que pretende usar o seu poder para envolver o reino élfico nas trevas eternas.


 


Cabe então à nossa heroína a árdua e solitária tarefa de viajar pelo reino e enfrentar os mais variados adversários, até ao showdown final com Shogun.

E já que falamos de inimigos, estes são bastante variados, não fugindo no entanto aquilo que normalmente podemos encontrar em jogos dentro desta temática mais fantasiosa e mágica.

Temos morcegos, demónios, zombies, lesmas, blobs, vampiros, esqueletos e ninjas, entre muitos outros. Alguns deles têm certas particularidades, nomeadamente os ninjas, que são super rápidos, e os esqueletos, que volta e meia voltam a reerguer-se à la Dry Bones (que fizeram a sua estréia no saudoso Super Mario Bros 3). 

Como não poderia deixar de ser temos bosses para defrontar. Um deles é um temível dragão que, seguindo a trend de muitos jogos da época, voltará a cruzar-se com a nossa personagem na categoria daquilo que gosto de chamar de bosses despromovidos.


 


Para conseguir lidar com esta panóplia de adversários, Christine conta inicialmente com o seu fiel arco e flechas. Felizmente, isso depressa mudará graças aos inúmeros upgrades que podem ser encontrados nos níveis. 

Estes upgrades irão aumentar drasticamente a eficácia das nossas armas, o que é essencial para conseguirmos avançar no jogo. Alguns desses itens de ataques são: o Ceptro de Fogo, cujas rajadas passam através das paredes, o Tridente e a Estrela Cajado, que aniquilam os adversários totalmente, entre outros. 

Para além destes itens de ataque, Christine pode ainda usar itens de cura e protecção, representados por capas, elmos e armaduras de diferentes cores. A variação na pigmentação simboliza a potência dos mesmos, sendo o dourado a cor mais forte. 

Este género de objectos servem para regenerar corações (aqui a barra de energia da nossa personagem) e darem-nos um muito necessário escudo contra os ataques inimigos. 

Existem ainda cruxifixos espalhados nos níveis que restauram a protecção à nossa heroína.


 


 Contudo, a capacidade de armazenamento de Christine no início do jogo não é muita. Ela dispõe de apenas quatro slots para guardar equipamento. 

O número de corações dados e as vidas já são mais generosos, com 5 e 2 unidades respectivamente.

Arkista´s Ring tem ainda continues infinitos que nos colocam no nível no qual perdemos, mantendo o dano causado nos inimigos (mesmo os bosses), mas sem os upgrades.

Vamos agora falar acerca do objectivo de cada nível. Nos seus 32 níveis Christine deve reunir chaves, que surgem após a mesma aniquilar um determinado número de oponentes. 

Com elas, a elfa abre a porta que conduz ao nível seguinte. Nos níveis mais avançados, a dificuldade aumenta com o aparecimento de bosses  para bater e portas falsas, assim como uma variedade de armadilhas com as quais o jogador deve ter cautela. 

Com um design muito dungeon like, os níveis de Arkista´s Ring alternam entre florestas, montanhas, castelos e catacumbas, não sendo muito longos e não tendo qualquer tipo de tempo limite.


 


Este último aspecto é bastante benéfico para o jogador, uma vez que a personagem principal não é muito rápida a mover-se. Na verdade, manter a distância, sobretudo de inimigos rápidos ou com padrões de ataque aleatórios, é essencial para sermos bem sucedidos na nossa demanda.

Os gráficos e a música de Arkista's Ring são rudimentares, mas agradáveis. O jogo também tem algum replay value para aqueles que apreciarem desafios, na figura de uma segunda quest na qual os adversários são mais velozes.

Um jogo que consegue ser viciante e que já merecia um lançamento na Virtual Console ou quiçã um remake mais actual.