Este conhecido beat'em up /hack and slash foi desenvolvido pela Sega AM1, mais concretamente por Makoto Uchida, o criador de Altered Beats, e foi lançado nas Arcades corria o ano de 1989. 

Golden Axe visava concorrer com as duas séries mais populares de beat'em up da época, Double Dragon e Kunio-Kun, ambas propriedade da Technos. 

Contudo, e tendo a necessidade de se distinguir, Golden Axe abraçou a temática fantástica, tirando inspiração de Conan, o Bárbaro. 

Bem sucedido nos seus intentos, Golden Axe encontraria o seu caminho para as consolas domésticas. 


 


É acerca da sua versão na máquina 16 bits da Sega, a Mega Drive, que venho falar neste post. 

Primeiro vamos dar uma vista de olhos na história do jogo. 

A acção tem lugar no reino de Yuria. 

Tanto o Rei, como a Princesa foram raptados pelo vilão Death Adder. 

Este aprisionou-os no seu próprio castelo, ameaçando colocar um ponto final nas suas vidas, caso não fosse aceite pela populaça como sendo o legítimo governante de Yuria. 

A juntar a tudo isto, Adder detém na sua posse um poderoso artefacto místico, o Golden Axe, o qual lhe concede vastas habilidades. 

É neste cenário pouco animador que surgem três guerreiros para o confrontar, motivados mais por pensamentos de vingança, do que por de altruísmo. 

Temos o bárbaro Ax Battler, munido da sua fiel espada, que busca vingar a morte da mãe, falecida às mãos de Adder. 

Segue-se o anão Gilius Thunderhead, o qual deseja cravejar o seu machado na fronte de Adder, por aquilo que o vilão fez ao seu irmão gémeo. 

Por último, temos a amazona Tyris Flare, cuja família sucumbiu diante das forças lideradas por Adder. 


 


Portanto, todos eles querem não apenas salvar a família real, mas também eliminar Death Adder. 

Cada uma das personagens têm características distintas, com Gilius a ser o mais forte fisicamente e Tyris a mais ágil. 

Todos eles atacam da mesma maneira, usando as pernas, braços ou a respectiva arma em questão. 
Em Golden Axe é possível fazer-se um ataque em corrida, manobra esta que nos ajudará bastante à medida que o jogo for progredindo e a dificuldade aumentando.


 


Para além dos ataques físicos, temos os mágicos. 

A barra de magia, que se encontra vazia de início, pode ser abastecida ao atacar os Blue Thieves que ocasionalmente surgem no ecrã. 

Ao serem atingidos, os Thieves largam frascos azuis. 

Quantos mais frascos tivermos na nossa posse, mais forte será a nossa magia. 

É óbvio que poderemos usá-la quando quisermos, mas será mais sábio guardá-la para situações de aperto (muitos inimigos) ou contra os bosses. 

De entre todas as magias, a mais poderosa é da pertença da amazona Tyris, seguida pela de Gilius e Ax respectivamente. 

Para termos uma ideia, no máximo, a magia de Flare pode ser usada para invocar um gigantesco dragão branco.


 


No jogo existem ainda criaturas que poderemos montar, como se de cavalos se tratassem, e usá-las para atacar os inimigos. 

São os chamados Bizarrians. 

Um deles, a Cocktrice também pode ser encontrada em Altered Beast. 

O mais poderoso dos Bizarrians, um dragão avermelhado, pode inclusive atacar ao longe, ao expelir bolas de fogo. 

Para além dos Blue Thieves, já referidos atrás, há os Green Thieves, que ao serem atingidos deixam cair alimento, usado para encher a energia da nossa personagem.

Ambos, Blue e Green, surgem não apenas nos níveis, mas durante as pausas, que funcionam como níveis bónus, com o intuito de roubarem os nossos pertences. 


 


No que aos inimigos diz respeito, estes não poderiam ser mais estúpidos, sendo muito fácil deixá-los eliminarem-se sempre que estivermos perto de precipícios. 

Apesar disso, os bosses e sobretudos os guerreiros esqueleto, são adversários a ter em conta e de dificuldade acrescida, sobretudo se estivermos a jogar sozinhos. 

Os cenários não poderiam ser mais bonitos e criativos. 

Destaque para o nível da aldeia situada na carapaça de uma tartaruga ou para aquele que é passado a combater no dorso de uma ave gigante. 

A música é absolutamente memorável e quota-se como uma das melhores da era 16 bits. 

Os efeitos sonoros facilmente cravam-se na memória de quem joga este jogo (falo do suspiro final das personagens). 


 


Golden Axe conta com dois modos de jogo: o modo normal, que conta a história, e o modo duel, que nos permite lutar numa arena. 

No modo normal, se escolhermos jogar em fácil, o jogo termina com a vitória sobre Adder e a libertação da família real. 

Se optarmos por uma dificuldade acima, teremos um nível extra pela frente e outro boss final, na figura do mestre de Adder, um tal de Death Bringer (isto é exclusivo do jogo da Mega Drive). 

Em duel, mistura-se o survival mode com vs battle, na medida em que podemos enfrentar outro jogador ou tentar sobreviver a uma enxurrada de inimigos. 


 



Para finalizar, devo salientar que Golden Axe tem os dos melhores finais de jogos de vídeo que já vi.

Em suma, o Golden Axe, da Mega Drive, é um must play para fãs da época das 16 bits e um bom título para jogar em parelha.