Em 1992, saiu para a SNES um jogo baseado no primeiro filme da trilogia original de Star Wars. 

Intitulado de Super Star Wars, o jogo, desenvolvido pela Lucas Arts e pela Sculptured Software, segue à risca os eventos descritos no filme. 

Da mesma maneira que no filme de 1977, também aqui temos que enfrentar as forças imperiais, chefiadas pelo nefasto Darth Vader. 


 


Super Star Wars abre com uma cinemática impressionante para a época, com um Star Destroyer a atacar uma nave da resistência. 

Vemos uma cápsula de fuga a ser lançada na direcção do planeta e poucos instantes depois o jogo começa. 

De salientar que após derrotarmos o Boss de cada nível, e antes da passagem para o seguinte, somos brindados com pequenas cutscenes que nos vão mostrando a evolução da história.  


 


Inicialmente apenas podemos controlar o aspirante a Jedi, Luke Skywalker, fazendo uso do seu Blaster e, mais tarde de um Lightsaber, para derrotar todos os adversários que encontremos pelo caminho. 

Com o avançar da aventura, Han Solo e Chewbacca também ficarão disponíveis, embora com eles a possibilidade de se usar o Lightsaber esteja posta de parte.


 


Embora seja maioritariamente um típico jogo de acção e aventura, com toques de run and gun, ao estilo do velhinho Contra, Super Star Wars junta ainda alguns níveis onde a dinâmica muda por completo. 

Tanto o segundo nível, como o último, vêm o jogo mudar para uma espécie de Shoot' Em Up misturada com corridas. 


 


Todavia, neste género de níveis a nave pilotada é um pouco difícil de controlar, o que não é bom...se considerarmos a dificuldade acentuadíssima do jogo. 

A juntar-se a isso temos a quantidade incessante de inimigos que nos surgem pelo caminho, tanto nestes "níveis especiais", como nos ditos normais. 

Embora não sejam difíceis de bater, o ritmo ao qual fazem respawn é alucinante, pelo que o melhor a fazer é mesmo disparar e correr. 


 


Outro inconveniente de Super Star Wars reside no facto deste obrigar o jogador a iniciar o jogo do princípio cada vez que é game over, em vez de simplesmente retomarmos ponto onde havíamos perdido. 

No entanto, que não se pense que Super Star Wars é um jogo injusto, porque não o é. 

O excesso de inimigos é compensado pelos corações que estes deixam ficar após a sua derrota. 

Os referidos corações servem para encher a barra de energia, representada por um sabre de luz. 

Para além disso, é fácil arranjarmos upgrades para as nossas armas principais, de forma a torná-las mais eficazes. 

A juntar a tudo isso temos ainda o duplo salto de Luke, que nos permite simultaneamente esquivar de alguns ataques mais perigosos e alcançarmos plataformas outrora inacessíveis. 


 


Com a música a retirar inspiração da excelente banda sonora do filme e com gráficos muito bem conseguidos, Super Star Wars, premiado como um dos melhores jogos de 1992, tem sucesso onde o seu antecessor, o Star Wars da NES, havia falhado. 

Isto é, transporta-nos para o universo épico de Star Wars. É certo que Super Star Wars toma algumas liberdades, introduzindo cenas e inimigos que não estavam no filme, contudo fá-lo com o intuito de nos dar a melhor experiência de jogo possível. 


 


Algo que, a meu ver, consegue fazer bastante bem.