Destruição em massa, devastação e desertos atómicos, é assim o mundo que vão encontrar em FALLOUT 3.

Este é o RPG de acção lançado pela Bethesda em 2008 e retrata o drama pós-nuclear de um jovem à procura do seu pai num mundo coberto de perigos e de segredos por desvendar.

O jogo inicia-se no ano 2277, em Washington e seus arredores, duzentos anos após a guerra nuclear que opôs os EUA com a China, levando à quase destruição do nosso planeta agora sem ordem nem lei e habitado por estranhas criaturas.



Começamos a epopeia quando o nosso personagem ainda é um bebé e vivemos varias passagens da sua infância até à fase adulta. 

É aqui que entra o tutorial e aprendemos tudo o que precisamos sobre a jogabilidade assim como usar o tão importante pipboy, um aparelho que nos acompanhará por toda a aventura e que possui várias funcionalidades divididas em 3 sectores.

 O primeiro está relacionado com a saúde do personagem, onde podemos utilizar os stimpack (injecções para restabelecer os pontos de HP) e ver os níveis de radiação existentes no nosso corpo. 

É também no pipboy que se encontra o nosso inventario e por fim na terceira secção temos o mapa e as estações de rádio.

A partir do momento em que saímos dos túneis que compõem o Vault 101, e deparamo-nos pela primeira vez com o mundo lá de fora, o impacto visual é estrondoso pois tudo o que nos rodeia é pura destruição e desolação que vão ate onde a vista alcança. 

Aqui na Wasteland vamos encontrar muitas cidades e vilas por desvendar e também longas pradarias repletas de perigos escondidos.




FALLOUT é um mundo aberto, apesar de estar apinhado de carregamentos de loading muito ao estilo do que estamos habituados vindo da Bethesda. 

Graficamente é bastante competente atendendo à data em que foi lançado, e o detalhe prestado ao jogo quando percorremos a Wasteland é de um bom nível, já os interiores dos túneis dos outros Vaults ou do Metro carecem de mais pormenores de diferenciação, pois a sensação de “copy e past” nessas áreas é permanente ao fim de varias horas de jogo.

Um dos pontos interessantes de FALLOUT é que este pode ser jogado na primeira ou na terceira pessoa. 

Se optarem pela terceira pessoa não vos espera uma bela visão, pois a movimentação do personagem é bastante limitada mas pelo menos sempre dá para rir um pouco. 

No capítulo da jogabilidade FALLOUT dispensa um sistema de cobertura e apresenta-nos o sistema V.A.T.S. que consiste em parar o tempo e seleccionarmos uma parte do corpo do inimigo para disparar com mais precisão, causando assim um maior dano, claro que este sistema tem uma barra que a cada disparo diminui e que se regenera automaticamente ao fim de algum tempo.

O arsenal que vamos encontrar é enorme e muito diverso, desde a simples barrotes de madeira ou facas de manteiga, passando por armas semiautomáticas ou caçadeiras, até a poderosas bazucas e a mais forte de todas a fatboy que atira pequenas bombas atómicas aos inimigos. 




Outro dos pontes fortes do jogo neste aspecto é que podem criar as vossas próprias armas, tendo para isso que encontrar primeiro a nota dos materiais que precisam para a sua construção, depois de encontrada a nota e os matérias precisam de uma bancada específica para a elaboração da arma, essas bancadas estão espalhadas um pouco por todo o mapa.

Este RPG tem dezenas e dezenas de side quests com historias fantásticas muito distintas entre si, podem encontrar drama, suspense, humor e ate bonitos contos de amor.

 Já a main quest a sua historia não é muito apelativa nem vos ficará na memoria por muito tempo, mas podem contar com os normais twists e também com vários finais à vossa escolha.

A duração de FALLOUT é um dos seus principais trunfos pois horas e horas de jogo sem fim vos esperam. 

Para ficarem com uma ideia na minha walkthrough precisei de 100 horas de jogo e ainda me faltavam algumas side quests.

A parte menos boa deste produto são os seus (bastantes) bugs que o assolam, alguns deles hilariantes, mas hei pessoal isto afinal é um jogo da Bethesda.

Como veredicto FALLOUT é dos melhores jogos que me passaram pelas mãos, com um enorme mapa repleto de segredos, curiosidades e que nos incentiva sempre à exploração e com múltiplas historias intrigantes a compô-lo, e onde até é possível entrar na Casa Branca e andar pela Pennsylvania Avenue armado até aos dentes. 

Esta é uma aventura que nos faz mergulhar no seu universo deixando-nos perder nas horas e sempre com vontade de lá voltar.


E lembrem-se sempre: “War. War never changes”


Escrito por Ricardo Pinto