Prólogo :
O Sol nasce, brilhante,
sobre a bela cidade-estado da Akaneia. Situada na encosta litoral da península
balcânica, na área conhecida como Grécia, a cidade é banhada pelas límpidas
águas do mar Egeu. Bem conhecida no restante mundo ocidental por, não só, ser
um intenso posto comercial, mas também pelas suas exuberantes festas dedicadas
à deusa padroeira da cidade, Afrodite. Os seus cidadãos à muito que desconhecem
o significado da palavra pobreza ou infelicidade. A aliança de Akaneia às
grandes potências helénicas, Esparta e Atenas, assim como os inúmeros tratados
comerciais assinados com o gigantesco império Persa, conferiram-lhe um estatuto
de neutralidade e segurança que não é disfrutado por mais nenhum local nas
redondezas. Hoje, todavia, Akaneia acordou ansiosa, pois este não é um dia como
qualquer outro. Este é o dia do nascimento de mais um rebento na família-real.
Reina, entre os cidadãos da cidade, muita espectativa de se saber se será,
desta feita, que se assistirá ao nascimento de um príncipe. No palácio real, pintado em tons de amarelo
dourado e branco angelical, bem longe da àgora ( praça pública ), o rei da
Akaneia, Argonem, caminha, impacientemente, de um lado para o outro. Aguarda
por notícias acerca do parto da sua mulher, Helina. Não é a primeira vez que
passa pela experiência de ser pai, pois já tem duas belas filhas, mas para
Argonem, este é sempre um momento enervante. O facto de estar colocado numa
situação em que nada pode fazer, deixa-o desorientado. – Espero que seja um rapaz. – pensa para si
mesmo. – Assim já terei a quem legar o meu trono. Poderei morrer descansado,
sabendo que Akaneia será governada por alguém do meu sangue.
Escrito por Ivo Silva
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