Uma pequena grande aventura
Klonoa: Door to Phantomile seria lançado em 1997, sendo
desenvolvido e publicado pelas mãos da Namco para a PSX. Protagonizado por um
gato antropomórfico com longas orelhas e um pequeno príncipe de um reino
distante preso num anel mágico, Klonoa seria bem recebido pela critica mas com
um fraco desempenho comercial, daí ser estranho a aposta novamente da editora
Japonesa no relançamento do jogo. A 4 de Dezembro de 2008, Klonoa (desta vez
sem direito a subtítulo) seria posto à venda nas lojas nipónicas e um ano mais
tarde chegaria a terras Europeias e Norte Americanas, com destino na popular
Wii da Nintendo. O estúdio responsável pelo novo revestimento do jogo, a Paon,
estaria de parabéns, pois visualmente Klonoa é um título bonito, com alguns
efeitos de luz e texturas interessantes, tudo isto correndo a 60 frames por
segundo, ou seja a este nível só ficaria mesmo atrás de propostas da Nintendo
como o Super Mario Galaxy! A música vai desde relaxante e cativante até ao
épico, como no caso do combate contra o boss Baladium! Assente numa mecânica 2d,
o gameplay consiste em percorrer mundos 3d mas seguindo sempre trilhos da
esquerda para a direita com algumas sequências em que a camara segue a acção
por de trás do protagonista.
Esses trilhos levam o herói Klonoa através de mundos
dos sonhos invadidos por pesadelos onde só com o seu anel mágico activará
mecanismos para abrir portas, coleccionar itens e principalmente agarrar os
inimigos para depois os arremessar, quer seja para a esquerda, direita como
para o background ou foreground. Outra funcionalidade desta mecânica faz com
que usemos o adversário capturado para dar um duplo salto, técnica bastante
útil para resolver alguns puzzles de plataformas. Apesar da aparente
infantilidade com vozes dignas de um desenho animado de sábado de manhã, a
estória aborda alguns temas adultos como a morte ou até a solidão ao longo de
uma aventura em que Klonoa vai conhecendo novos personagens em cada nível que
através da sua perseverança reúnem esforços para derrotar um vilão comum.
No
fim de contas, trata-se de um jogo curto e fácil no entanto pode apresentar uma
certa curva de aprendizagem. Para os complecionistas ainda existe um mirror
mode depois de alcançar o final ou ainda tentar colectar todos os habitantes de
cada mundo para prolongar a experiência.
Conclusão
Klonoa é um jogo que pode não apresentar frescura de ideias,
ou não fosse ele um remake, mas a estória encantadora com visuais coloridos
centrados num gameplay robusto leva-nos a dar uma recomendação aos amantes de
jogos de plataformas.
Escrito por Joel Sousa
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