Para a Game Gear /VC 3DS
Mestre das Trevas, mas pouco
As inúmeras semelhanças entre ambas as
séries são muitas, não querendo, com isto dizer que não haja factores
originais, como a sua narrativa que nos leva para uma Inglaterra vitoriana,
assolada por uma vaga de crimes misteriosos que ocorrem no decorrer da noite. A
missão de investigar esses casos caberá ao protagonista, que após receber uma
mensagem de um tabuleiro de Ouija, irá encontrar vilões do calibre de Jack, o
Estripador, entre outros assassinos, ao longo da demanda, que mais tarde se irá
revelar como uma trama para ressuscitar Drácula. Tudo isto é explicado por
pequenos diálogos, acompanhados de uma pequena imagem, após enfrentarmos os
Bosses de final do 3º acto de cada nível. Talvez, venha daí o nome do
protagonista, Dr. Social. Ele gosta, bastante, de socialização. (Peço desculpa
pela fraca piada, mas tinha que ser)
Outro aspecto diferente da série de culto
da Konami, encontra-se nos níveis. Começando pelo rio Tamisa, até à Torre de
Londres e o seu famoso Museu de Cera. Contudo, mais para o meio, alguém deve
ter deitado o bloco de ideias fora e, claramente, foram buscar níveis do
Castlevania, como por exemplo, o cemitério, torre do relógio e, inclusivamente,
o castelo do famingerado vampiro na Transilvânia. Devido ao tema, em si, não se
pode cair muito sobre estes aspectos. Um bolo de chocolate terá, sempre, que
ter chocolate! Os gráficos, apesar de apresentados numa Game Gear são muito
detalhados e coloridos, com o protagonista e adversários a serem bem grandes e
vistosos no ecrã. Os controlos demonstram uma boa resposta, permitindo saltos
de plataforma em plataforma, com segurança. Por vezes, contudo, é difícil de
ver as plataformas por causa do zoom exagerado que advém da resolução do ecrã da gamegear, um problema comum de ports de jogos da Master System 2 para a
portátil da Sega. A pintura fica, também, manchada na altura de subir e descer
escadas. Um acto bastante simples em Castlevania torna-se num processo
desesperante em Vampire e que nos pode levar à morte certo, enquanto o jogo se
decide se podemos descer umas escadas. O slider da 3DS ainda ajuda, mas não o
suficiente.
Munido, apenas, de uma triste faca de bolso, de início, o bom Doutor terá, assim, que recolher as melhores armas à medida que decorre a aventura. Mas se já achavam estranho apanhar items nas paredes de Castlevania, então preparem-se, pois vão ter mais do mesmo aqui. Existe, inclusivamente, máscaras que pairam no ar e que são equivalentes às Velas, nesse outro jogo de caçadores de vampiros. Ou seja, escondem desde poções, que enchem a energia, a espadas e machados como arma principal, ou estacas e revolveres como armas secundárias. Estas últimas são activadas, pressionando para cima no direccional, junto com o botão de ataque. A nível sonoro não existe nada a assinalar, com a excepção de uma ou duas faixas, sendo o resto pouco memorável.
Por último, devo salientar a importância dos Saves States nesta versão da
Virtual Console. Não que seja um título muito difícil, mas assim não se terá de
lidar com a frustração de recomeçar tudo de novo, caso demos um passo em falso.
No geral, gostei de jogar este jogo, mas apesar de alguns pontos originais, é
impossível não traçar paralelos com Castlevania, e aí vemos o quão melhor
poderia ser Vampire: Master of Darkness. Ainda assim, e considerando os pontos
fortes de Vampire, este é um jogo que valerá a pena experimentar. Será um bom
fix para todos os aficionados de jogos de vampiros. É um título curioso, que
não se perde nada em experimentar, acreditem.
Escrito por Joel Sousa
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