Saint Seiya, para quem não conhece, foi uma série de animação japonesa que estreou pelas nossas paragens nos princípios da década noventa, do século passado, na RTP1. Neste anime conta-se a história de como jovens, treinados para serem cavaleiros de força quase divina, foram escolhidos para proteger a Deusa Athena, que reencarnou na jovem Saori. Muitos são os obstáculos e batalhas que este grupo de cavaleiros, os Saint, têm que ultrapassar para cumprir esta missão. De todos eles destacam-se 5, em particular.



 Seiya, um impetuoso rapaz que procura a irmã e ostenta a armadura de Pegasus. O pacato Shun, um pacifista no coração, que se serve da sua armadura e correntes de Andrómeda para proteger todos. Shiryu, o responsável detentor da armadura sagrada do Dragão, treinado pelo poderoso velho mestre. O vilão tornado anti-herói, o cavaleiro da Fénix, Ikki. E, por último, o cavaleiro atormentado pela saudade da mãe há muito falecida, Hyouga, de Cisne. Todavia, antes de se tornarem aliados, estes cavaleiros, juntamente com outros, vão-se encontrar no grande coliseu para disputarem um torneio organizado pela própria Saori.























O prémio para o vencedor é a fabulosa armadura de ouro de Sagitário. É neste contexto que Seiya e Shiryu se vão encontrar no ringue, durante os episódios 4 e 5 da série. Seiya, depois de derrotar o cavaleiro do Urso, na primeira ronda do torneio, vai deparar-se com o confiante Shiryu na segunda. Logo, nos primeiros momentos da luta percebemos o motivo dessa confiança. Shiryu, facilmente, bloqueia os ataques de Seiya, com o seu escudo e, com um golpe apenas, envia Pegasus ao tapete. Shunrei, uma amiga de Shiryu, entra no recinto com notícias de que o velho mestre padece de uma doença e pede que o Dragão venha com ela. Shiryu, sem tempo a perder, repele todos os ataques do seu oponente e, com um contra-ataque feroz, estilhaça-lhe a armadura do lado direito, atirando Pegasus, pela segunda vez, para o chão.





















 Pensando que a luta está terminada, Shiryu vira costas. Contudo, o duelo está longe do fim, pois Pegasus ergue-se de novo. Shiryu tenta explicar a Seiya que é inútil este resistir. O escudo e o punho do Dragão são indestrutíveis. Nem o mais forte dos cavaleiros os conseguiria dentar. É neste momento, que somos surpreendidos, não pela teimosia de Seiya em combater, mas antes pela tenacidade com a qual resolve este problema. Abrindo-se para um contra-ataque que quase o deixa ko, Pegasus consegue fazer com que Shiryu destrua a sua própria vantagem. Com a armadura inutilizada, Shiryu abdica dela e decide combater assim mesmo. Seiya segue-lhe o exemplo, perante os olhares estupefactos da plateia. Com a batalha a adquirir contornos mortais, Seiya consegue, finalmente, atingir Shiryu com os seus Meteoros.


































 Em desvantagem, Shiryu tenta usar o perigoso Golpe do Dragão, mas tal é em vão, pois Seiya já descobriu o ponto fraco deste. Com um meteoro bem colocado, Pegasus atinge em cheio o seu adversário. Shiryu fica à beira da morte. A pedido de Shunrei, e não desejando a morte do seu honrado rival, Seiya focaliza todo o poder que lhe resta em um novo meteoro, que reinicia o coração do dragão. Shiryu está salvo, e a primeira grande batalha desta série terminada.




Escrito e Publicado por Ivo Silva