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sábado, 29 de outubro de 2022

 

 

 

REVENGE OF THE VAMPIRE






O infame conde Heydrich está de volta. Após ter sido abatido, juntamente com a sua maléfica irmã Katrina, o conde regressa da sua breve estadia no além, mais poderoso que nunca. 

Desta feita, a batalha não se irá travar na sua pátria de Mortvania, mas nas distantes terras de Shamutanti Hills. Infelizmente, para o jogador, o dito conde, que já era uma figura que imponha respeito e medo, está ainda mais poderoso. 

Há quem diga mesmo, invulnerável. 

 

 

 

Nesta aventura fantástica de 1995, escrita por Keith Martin e maravilhosamente ilustrada por Martin McKenna, cabe ao jogador (neste caso o leitor) a tarefa de encontrar o conde e colocar um ponto final na sua ameaça. 

Algo que não começa por ser uma missão sua, mas algo que lhe é passado para as mãos após a morte do velho Henrik van der Termlen, na cidade do Old World, conhecida como Gummport. 

Henrik era um caçador de vampiros proveniente da Mauristatia (zona à qual pertence a província de Mortvania) e vinha a esta distante terra para se encontrar com os monges do lago Libra. 

Contudo, não vai ter oportunidade de o fazer.  

 

 

 

Revenge of the Vampire é, um jogo em forma de livro, parte de uma série desenvolvida por Ian Livingstone e Steve Jackson, conhecida mundialmente como Fighting Fantasy Gamebooks. 

Munidos de um lápis e um conjunto de dados, o jogador escolhe o caminho a seguir, nesta aventura não linear. 

Sequela directa de Vault of the Vampire (conhecido em Portugal como a Maldição do Vampiro), Revenge usa muitas das tropes comuns à série e ao seu antecessor. 

Também aqui o jogador deve usar os dados para determinar a sua perícia, força, sorte e fé. A perícia representa a nossa habilidade e quanto maior for (não irá ultrapassar o valor de 12) melhor será para nós, pois não apenas isso aumenta a nossa capacidade de combate (nos duelos com as muitas criaturas sinistras que iremos encontrar), como também pode ser benéfico para realizar outros actos no decorrer da aventura (quando formos chamados a testá-la). 

 

 

 

A força simboliza, na falta de um termo melhor, a nossa força vital durante o jogo. Chegando a zero, será game over. A mesma pode ser restabelecida através do descanso (quando a situação se colocar) ou via o consumo de uma das 12 provisões que temos à nossa disposição no início da aventura. 

De salientar que ao contrário de outros títulos da série fighting fantasy, aqui não podemos ter mais do que as 12 provisões iniciais. 

 

 

 

A sorte simboliza precisamente isso. A sorte que teremos em situações específicas nas quais o livro nos pede para a testar. A mesma também pode ser usada livremente em combates, numa tentativa de evitar um golpe fatal ou de o dar, mas tal deve ser evitado, uma vez que o valor inicial da sorte diminui a cada uso, pelo que cada lançamento se torna mais e mais perigoso. 

 

 

 

A fé, que ao contrário dos outros stats pode exceder o seu valor inicial, será de particular relevância nesta aventura (como de resto já a foi em Vault of the Vampire), não apenas para conseguir superar os muitos perigos sobrenaturais, mas também como forma de aceder a certos itens abençoados. 

Também presente na sequela estão as chamadas afflictions (maldições). Estas podem surgir a qualquer altura e deixar o jogador extremamente debilitado, podendo ir de problemas nos pulmões, envenenamento ou mesmo licantropia. Felizmente, as mesmas podem ser tratadas, com a obtenção de certas poções ou via um curandeiro. O grande problema será em encontrar ambos. 

 

 

 

Uma das grandes novidades de Revenge reside nos Blood Points. Estes simbolizam a força do conde e vão variando no decorrer da aventura. Dependendo das nossas acções (nomeadamente o tempo demorado na busca pelo vampiro ou a destruição de um ou mais dos seus caixões, por exemplo), podemos encontrar um boss final acessível ou totalmente intransponível. 

De salientar que o nosso encontro com o conde pode ocorrer bem cedo...se bem que tal deve ser evitado a todo o custo. Revenge, ao contrário de Vault, não cinge a sua acção à floresta e castelo do conde, mas antes deixa-nos explorar mosteiros, estalagens, pequenas vilas, antes de seguirmos para a nova moradia do vilão. 

O objectivo é reunir o maior número de itens religiosos que conseguirmos e descobrir o máximo possível de informação antes do embate final com Heydrich.  

Nesta aventura estaremos maioritariamente sozinhos, contudo volta e meia e em algo que me remete para outros fighting fantasy (nomeadamente, Trial of Champions) poderemos contar com o auxílio de um segundo guerreiro (embora esse seja um npc e temporário). 

 

 

 

É agradável ver a arte melancólica e gótica de Martin, assim como rever vilões icónicos como o conde Heydrich e a sua irmã, a condessa Katrina, e alguns dos seus servos (como o corcel demoníaco), numa sequela maravilhosa do primeiro livro.  

 

 

 

 

CASTLEVANIA: THE BATTLE OF THE OLD CASTLE

 

 

 

Este ano tive a sorte de poder jogar, ainda que tenha sido numa versão digital, o primeiro dos dois gamebooks do Castlevania. Esta aventura foi publicada originalmente pela editora Futabasha, corria o distante ano de 1987, e nunca teve uma tradução oficial para outra língua que não a japonesa. Pelo menos até ao esforço conjunto de um grupo de fãs terem feito a conversão do texto para inglês. 

Em The Battle of the Old Castle, assumimos o controlo de um dos descendentes de Simon Belmont, numa nova tentativa de banir Drácula de volta para a sepultura. 

O protagonista da aventura, também ele chamado Simon, era um actor que representava precisamente o seu antepassado numa versão ficcionada da vida deste. 

 

 

 

O filme, chamado Castlevania, era gravado precisamente nas ruínas do velho castelo do Drácula, que por esta altura (este jogo passa-se durante dos anos 50 do século XX) já se encontrava na posse da família Belmont há mais de 200 anos. 

Juntamente com Simon temos ainda a sua namorada e colega de profissão, Lucy Lane, que faz de Mina, e Cristopher Bee, que faz de conde Drácula. 

 

 

 

Todo decorria normalmente até uma estranha porta, bem no interior do castelo parcialmente abandonado, ter sido aberta. Atrás desta porta estava o verdadeiro conde, aprisionado pelos Belmont no chamado Dark World. 

Drácula está de volta e sedento por vingança contra os Belmont, pelo que procede a raptar a jovem Lucy, transformar o cast do filme em zombies (incluindo Bee) e enchendo o castelo com diversas criaturas sinistras sobre o seu comando. 

Cabe então a Simon (o actor) resgatar Lucy e fazer aquilo que os seus antepassados fizeram séculos antes, banir novamente o conde. 

 

 

 

Nesta aventura fantástica, teremos que lançar alguns dados de início, para acessar a força e resistência do nosso herói, mas elementos como a energia vital ou os corações (usados aqui como elemento monetário) começarão sempre a 10. Estes últimos podem aumentar ou diminuir conforme o decorrer da aventura, via certos caminhos tomados ou acções realizadas. 

A energia vital é particularmente importante, uma vez que sem que ela esteja a níveis elevados (ou se chegar a zero) dificilmente conseguiremos defrontar o conde. 

Contudo e antes de chegarmos ao Drácula, devemos ultrapassar alguns dos seus mais poderosos servos. O monstro de Frankenstein, a princessa fantasma, a múmia do além, o grim reaper, o lobisomen (que faz a sua primeira aparição de sempre no franchise), as sedentas vampiras ou o morcego gigante são obstáculos que devem ser batidos não apenas com mera força, mas usando sobretudo a astúcia e certos itens encontrados (ou comprados) pelo caminho. 

 

 

 

Após serem derrotados, esses bosses deixam ficar para trás orbes. As mesmas devem ser recolhidas, de forma a podermos defrontar o conde (devemos ter todas). 

Para acedermos aos bosses devemos ter chaves para entrar nas suas salas. Estas podem ser encontradas no castelo ou na zona circundante fora dele, pelo que a exploração (embora muitas vezes seja feita de forma circular, pela existência de muito backtracking) é fundamental neste jogo. 

Por conseguinte para conseguirmos derrotar os muitos monstros que iremos encontrar devemos não apenas usar o nossos chicote inicial (que pode sofrer upgrades mais para a frente), mas também inúmeras armas e objectos que iremos encontrar. 

Machado, crucifixo, água benta, faca, corda, lamparina, entre muitos outros objectos, podem tornar a nossa aventura muito mais fácil quando devidamente usados. 

 

 

 

Old Castle é maravilhosamente ilustrado, sendo no seu âmago uma espécie de remake do jogo de vídeo original da série, uma vez que recupera grande parte do seu cenário, inimigos e acção. 

Ainda assim apresenta algumas mudanças na figura de Gregoriano IV e a sua filha (ambos fantasmas amaldiçoados por Drácula), o demónio mercador (que não surge na versão do jogo da NES), a donzela em apuros ou uma espécie de versão zombificada do conde (na figura do actor Bee). 

Este livro conta com finais múltiplos, que podem ou não ver Simon resgatar a sua amada. Uma pequena pérola escondida do franchise. 

 

 

 

 

Posted on sábado, outubro 29, 2022 by Ivo Silva

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013


As Aventuras Fantásticas, dos autores Steve Jackson e Ian Livingstone, são livros onde o leitor não se limita a ler, mas antes, é um interveniente activo no desenrolar da estória. Usando um par de dados, o leitor é quem decide quando a aventura irá chegar ao fim, e a bom porto. Tocando múltiplas temáticas, destaco três livros que exploram temas clássicos de horror nas suas páginas. Primeiro, temos a Maldição do Vampiro. Neste livro, devemos salvar uma jovem aldeã, raptada pelo infame Conde Heydrich. O Conde é um vampiro, pelo que cabe a nós, penetrar no seu tenebroso castelo e proceder ao já referido resgate. Este género de jogos assenta em pontos de perícia, que determinam a nossa capacidade ofensiva, pontos de força, que consistem na vida que temos disponível e pontos de sorte, que nos darão jeito para evitarmos certas armadilhas aleatoriamente colocadas. Em Maldição temos os pontos de fé. Estes são úteis na batalha contra os vampiros. Se forem reduzidos a zero, tornarmo-nos serventes destas criaturas. Em segundo, temos Os Cavaleiros da Trevas. Neste livro, viajamos até à pacata vila de Karnstein, depois da Guerra dos 4 Reinos, e deparámo-nos com uma invasão de mortos-vivos. Fantasmas, esqueletos e Zombies erguem-se de suas tombas, para ceifarem a vida dos vivos. Mais uma vez, cabe-nos a nós impedirmos isto e descobrir o que está por detrás deste levantar dos falecidos. A terceira aventura coloca-nos na pele de um auxiliar de arqueologia. O objectivo é encontrar um túmulo no Deserto dos Crânios. A tarefa não parece difícil. O problema é que temos o Rei Múmia, Akharis, pronto para nos impedir. A Maldição da Múmia é um livro mais virado para a acção e cuja estória tem lugar em um tempo mais contemporâneo. De qualquer das maneiras, qualquer um destes livros é uma boa leitura, e todos eles podem ser encontrados, baratos, em sites como a Amazon ou o Ebay.

 

 Escrito por Ivo Silva

Posted on quarta-feira, outubro 30, 2013 by Ivo Silva

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