Ora aqui temos uma inesperada versão de um jogo que joguei originalmente na PS2 e que até hoje ainda não fui capaz de terminar, não apenas devido à sua dificuldade, mas também por ser bastante desconcertante, quer joguemos com Carnby e o seu cenário mais direcionado para a acção, quer optemos por jogar com Aline e experimentar o seu gameplay mais focado na resolução de puzzles e na exploração. 

Esta versão de The New Nightmare para o pequeno Game Boy Color, lançado na Europa em 2001, apenas nos deixa jogar com Edward Carnby, colocando-nos bem na entrada da Shadow Island. 

 

 

 

Uma misteriosa e sombria ilha que devemos explorar para descobrir a verdade por detrás da morte de Charles Fiske, um amigo do protagonista, que se encontrava a investigar três estranhas e antigas tabletes, aparentemente detentoras de um certo poder místico. 

 

 

 

Na companhia de Aline Cedrac (aqui apenas um npc que irá se manter em contacto com o nosso herói via rádio) vamos tentar encontrar essas mesmas placas, explorando a enorme mansão que se encontra no centro da ilha e enfrentando as estranhas criaturas, devidamente apelidadas de Creatures of Darkness, que lá habitam. 

 

Devido às limitações da consola, as sequências fmv não se encontram presentes, sendo substituídas por imagens paradas com o correspondente diálogo por baixo a dar mais detalhes sobre a história e pistas sobre o que fazer a seguir. 

O jogo divide-se então em duas partes distintas. 

 

 

 

A fase de exploração, na qual vamos ver Carnby na terceira pessoa. 

Nesta fase vamos, como o próprio nome indica, explorar cada pedaço da ilha. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vasculhando por uma variedade de itens e pistas que nos possam ser úteis para concluir esta aventura com sucesso. 

Alguns desses itens serão apresentados com ícones amarelos no chão. Estes normalmente correspondem a munição para as nossas armas ou poções de cura. Estas últimas surgem em diferentes cores, simbolizando diferentes efeitos e só podem ser usadas neste modo, pelo que se tivermos que curar Carnby terá se ser forçosamente aqui. 

Ao contrário das poções, as munições também podem ser encontradas na outra fase do jogo, se bem que é muito mais arriscado apanhá-las nessa altura. 

De qualquer das maneiras, e à boa maneira do género survival horror, tanto uma, como outra são escassas, pelo que devem ser geridas de forma sensata. 

Outro género de itens que podem ser apanhados por Carnby são apresentados como pontos brilhantes no cenário. Estes normalmente estão relacionados com a resolução de um determinado puzzle que é necessária de forma a podermos progredir na aventura. 

Muitos destes puzzles são relativamente simples, exigindo contudo uma exploração minuciosa de cada zona do cenário no qual nos encontrámos. 

 

 

 

 

 

Durante esta fase vamos poder aceder também ao menu, para vermos os itens apanhados, ler notas que relatam elementos da história e comunicar via rádio com Aline. 

 

 

 

 

 

 

 

A outra fase do jogo consiste no modo de combate. Nele teremos que defrontar as diversas criaturas que deambulam pela ilha. 

Nesta fase, com vista de águia, vamos usar uma das nossas três armas disponíveis (desde que tenhamos munição para elas) para eliminar inimigos que se mostram tão rápidos como a nossa personagem principal. 

Para além do revolver inicial (que é a mais fraca das armas em questão), temos a caçadeira, excelente para disparos próximos, e a poderosa besta, a qual deve ser guardada, se possível para usar nos combates com os bosses. 

Os encontros com os monstros são aleatórios, podendo ocorrer a qualquer altura. A única maneira de voltarmos à fase da exploração é se derrotarmos todas as criaturas presentes na área de combate. 

Graficamente o jogo é impressionante, sobretudo durante a fase de exploração. A ambiência do jogo é mantida intacta, apesar do efeito granulado desses mesmos gráficos. 

O som é praticamente inexistente durante a exploração, com apenas alguns sons ambientes a fazerem-se ouvir volta e meia (ou quando apanhamos algum item). 

A música apenas será ouvida quando há algum avanço na história ou durante os combates. 

Esta versão do Game Boy Color não é tão difícil como as suas parentes para as consolas domésticas, sendo uma aventura bem mais curta. 

Fazendo uma boa gestão do inventário e lutando com cautela e astúcia, dificilmente seremos derrotados. 

Isto apesar de haver uma armadilha no jogo que nos pode provocar morte instantânea. Mas essa informação deixo para quem quiser experimentar este jogo descobrir.