Desenvolvido pela Sonic Team e publicado pela Sega, Phantasy Star Universe foi lançado para a PS2 corria o ano de 2006. 

Inserido na série de jogos online de Phantasy Star, Universe, como seria de se esperar, vive muito da sua componente multiplayer. 

Contudo, e como os servidores de Universe estão há muito desligados, hoje vamos abordar a vertente single player deste mmo rpg/dungeon crawler. 


 


É nesse modo que somos apresentados ao protagonista de Universe, um jovem chamado Ethan Waber. 

Ele e a irmã, Lumia Waber, são apanhados no meio de um conflito entre uns estranhos monstros, mais tarde identificados como sendo parte da entidade conhecida como SEED, e os Guardians. 

Apesar de desprezar os Guardians (Ethan culpa-os pela morte do pai, ele próprio um Guardian), Ethan ajuda um deles, Leo, no combate aos monstros. 


 


Impressionado com a coragem e destreza do rapaz, Leo convida-o a juntar-se aos Guardians. 
Algo que Ethan aceita, ainda que relutantemente. 

O jovem é então destacado para fazer parte de uma equipa de três, que, para além de si próprio, inclui também o seu amigo Hyuga, e a mais experiente Karen Erra, sobre a qual recaí o papel da liderança.


 


O grupo é incumbido de investigar as crescentes incursões dos SEED no sistema solar de Gurhal.

Pelo caminho, Ethan e os seus companheiros têm que lidar com os ataques levados a cabo pelos piratas conhecidos como Rogues e com actividades de um perigoso Cast, de nome Magashi. 


 


Assim começa a nossa aventura. 

Antes de nos adiantarmos mais na nossa análise, convém explicar alguns conceitos do jogo. 

Primeiro, o que é a SEED?

 Ela é nada mais, nada menos que toda uma comunidade de monstruosos seres extraterrestres que partilham uma mente conjunta e infectam tudo aquilo em que tocam. 

A SEED procura absorver os A-Photons, um poder antigo, existente nos planetas de Gurghal. 

Segundo, quem são os Guardians? 

Estes são os polícias do sistema solar, a tropa de elite da Alliance. Os seus membros provêem dos três planetas do sistema solar (Parum, Neudaiz e Moatoob).


O sistema de Gurghal é casa para três espécies distintas de seres inteligentes. 

Temos os Newmans (os humanos de serviço), os Beasts (capazes de manipular energia) e os Casts (andróides extremamente duráveis). 

Cada qual tem as suas próprias tradições e comunidades, o que vem trazer uma grande diversidade cultural ao jogo.

 Phantasy Star Universe vai ainda mais longe, lidando com problemas de segregação e xenofobia entre as três raças.


 


O jogo coloca-nos no controlo da personagem principal, Ethan. 
É com ele que teremos que atravessar as diferentes "dungeons" do jogo.

Dependendo da missão específica, ele pode fazê-lo sozinho ou acompanhado de, no máximo, três companheiros. 

As missões dividem-se naqueles essenciais para o avançar da história e naquelas que apenas servem propósitos de level-up. 

No final de cada missão geralmente temos um boss gigantesco à espera. 

Vencendo-o, não só completamos a área, recebendo uma  nota pela nossa prestação, como também passamos para o capítulo seguinte da história. 




Universe é um título no qual a natureza episódica dos seus capítulos se faz sentir, e muito.

 Com animação e música tanto no início, como no fim dos capítulos, quase parece que estamos a assistir a uma qualquer série de anime. 

No que ao gameplay diz respeito, Universe não foge muito ao que normalmente se esperaria num rpg de acção. 

A grande variedade de armas e classes possibilitam diferentes alternativas ao jogador.

Este pode optar pela classe Ranger, o que lhe dá acesso a armas de fogo e lhe permite ter um estilo de luta mais furtivo. 

Por outro lado, e se o jogador preferir sabres de luz e um combate mais directo, nada como escolher a classe de Hunter. 

E estas são apenas algumas das opções disponíveis (é inclusive possível combinar diferentes classes). 

O jogador, para além dos golpes normais, tem ainda acesso às chamadas Technics, podendo através destas despoletar poderosas Photon Arts associadas às armas que estiver a empunhar no momento.

Estas Photon Arts são essenciais, sobretudo em situações nas quais estejamos cercados por inimigos ou como forma de causar dano extra nos bosses. 


 


Quando não estivermos em missão é possível levarmos o nosso protagonista a passear por qualquer um dos três mundos ou pela estação espacial da Alliance. 

Nestes poderemos adquirir novas armas, itens, armaduras e roupas. É igualmente possível criarmos o nosso próprio equipamento, bastando apenas entregarmos ao nosso fiel robot os itens necessários para produzir aquilo que desejamos.

De salientar que a maioria dos itens são encontrados durante as missões. 

O Save é bastante fácil de se fazer, estando disponível a qualquer altura. 

A nível gráfico, Universe tem uma estética agradável. 
O planeta Neudaiz é de longe o mais bonito e distinto dos três mundos. 

Todavia, no geral, os cenários parecem-nos  bastante desinspirados e meras repetições do que já havíamos visto em Phantasy Star Online, por exemplo.

 Outro aspecto negativo do jogo reside na sua duração. 
O modo single player em si é curtíssimo, com apenas doze capítulos. 

Se a isso juntar-mos a repetição dos níveis (algo comum nos dungeon crawlers),do gameplay e dos próprios inimigos, teremos um jogo no qual iremos perder o interesse bastante depressa. 

Há uma tentativa de variar o gameplay em alguns níveis, tornando-os em shooters, contudo esta mudança repentina é de tal maneira insípida que faz-nos querer regressar rapidamente às fases de dungeon crawling. 

A história, ponto-chave do jogo, é bastante fraca, nunca logrando em criar grande empatia com o jogador.

 A própria personagem principal não é de todo a mais memorável. Teria sido melhor ter atribuído esse papel a Karen, de longe muito mais interessante que o problemático Ethan.

É certo que deve ser dado algum desconto a este título, sobretudo se considerarmos que é um mmo, mas de qualquer das maneiras Universe constitui umas das experiências mais desinteressantes para se ter na PS2. 

Pelo menos se o fizermos em single player...