Considerado por muitos não apenas como sendo o melhor jogo da Wii, mas inclusive como o melhor Rpg da sua geração, Xenoblade Chronicles, desenvolvido pela Monolith Soft, e lançado pela Nintendo, em 2011, é um daqueles títulos que por e simplesmente não se pode perder. 

     O jogo segue o jovem Shulk e o seu bando de amigos que deixam Colony 9, a sua vila de origem, para explorarem o vasto mundo de Bionis. 

     Embora o seu objectivo inicial passe por descobrir a verdadeira origem da espada que Shulk ostenta, a enigmática Monado, bem como proteger a sua terra dos constantes ataques dos Machina, uma raça de robots que mora no vizinho mundo de Mechonis, Xenoblade Chronicles contém inúmeros plot twists, que tornam a sua história não apenas interessante mas também épica. 




     Contudo, e apesar de ter usado a palavra "mundos" esta não é uma aventura espacial embora tenha claros elementos provenientes da ficção cientifica.
  
     Bionis e Mechonis não são dois mundos distintos no sentido astronómico da coisa, mas antes, o nome de dois Deuses gigantescos que aparentemente morreram, simultâneamente, a combaterem um contra o outro. 

     Passados milénios após esse evento, tanto num como no outro se desenvolveu vida. 

     A vida orgânica floresceu em Bionis dividindo-se em três raças primordiais. 




     Primeiro temos os Homs, uma espécie muito similar à dos humanos e à qual pertence o protagonista da aventura. 

     Estes ocupam as Colony 9 e 6, entre outras localizações soltas. 

     Em segundo os High Entia, que são uma espécie de "elfos". 

Eles têm poderosas habilidades místicas e a sua própria cidade (que é belíssima e a área mais bonita do jogo sem sombra de dúvida).

     Por último, surgem os Nopon, uma raça de pequenos seres felpudos e bastante amorosos, que habitam as florestas, tendo a sua vila situada no interior oco de uma gigantesca árvore. 

     Em contrapartida, no Deus Morto Mechonis a vida que assumiu dominância foi a dos Machina, seres totalmente mecanizados que, por um qualquer motivo dsconhecido fazem incursões constantes às colónias dos Homs. 




     Virtualmente indestrutíveis, a única coisa que logrou provocar-lhes algum dano foi a referida Monado. 

     É neste clima de guerra  com os Mechon, nome pelos quais é conhecida a facção mais belicosa dos Machina, que Shulk e os amigos se deparam

     Antes que possa alcançar a capital dos Mechons, em Mechonis,  e vencer os agressores mecanizados, Shulk terá que atravessar a vastidão que são ambos os mundos.

    Xenoblade Chronicles é um daqueles jogos de mundo aberto. 

     Nada nos impede de irmos para qualquer lugar, a qualquer altura (salvo raras excepções). 

     Como no primeiro Zelda, temos liberdade total para explorar e sobretudo vontade de o fazer.




     Sem que haja o perigo real de nos perdermos, se bem que existe o de encontrarmos adversários e middle bosses com níveis bem acima dos nossos, o incentivo em explorar é ainda maior. 

     Cada área parece mais luxuriante e variada do que a outra, sendo que tal se aplica também às criaturas que lá vagueiam. 

     Neste ponto, conseguimos ver algumas semelhanças com o apelo de séries como a de Monster Hunter, se bem que nessas a componente de história não tem qualquer peso, como aqui. 




     Nas áreas por vezes temos acesso a vilas, aldeias e acampamentos onde encontramos outras personagens.

     O diálogo com estas, como já é tradicional em jogos desta natureza, desbloqueia info acerca da história principal, novas sidequests, novas armas, equipamentos e armas. 

     Outro ponto a favor, para além dos já referidos, reside na sua espantosa banda sonora, uma das melhores que alguma vez se teve oportunidade de se ouvir em um jogo de vídeo. 

     Algo que não apenas fica no ouvido, como também consegue fazer-nos sentir bem no meio da aventura. 

     O título da Monolith tem uma escolha bastante interessante no que diz respeito ao gameplay.

      Indo de encontro ao que, por exemplo, Final Fantasy XII já havia tentado, Xenoblade adopta um estilo de real-time action-based battle system, no qual temos total controlo sobre as personagens e suas acções em tempo real.

      De fora ficam os típicos combates por turnos, chatos e aborrecidos. 




     O número de elementos que é possível ter na party, contudo mantém-se no maleável 3, como em muitos outros Rpg's.

     Cada personagem, cujo level-up se faz via combate, possui à sua disposição diferentes Arts, que usa para atacar. 

     De entre as Arts temos as Battle Arts, poderosas, mas limitadas no seu uso, e as Talent Arts, igualmente utéis, mas apenas disponíveis após a realização de um determinado número de ataques normais. 

     É possível, ainda, a realização de ataques conjuntos, o que é particularmente eficaz aquando de lutas com Bosses, por exemplo. 

     Contudo nem tudo é luta.     

     Skulk consegue servir-se da sua espada, a Monado, para aceder a visões de acções futuras do adversário e usar o conhecimento para impedir que tal se suceda, via um aviso ao colega ou pelo uso de uma das suas Arts. 

     E estas são apenas algumas das muitas possibilidades do estilo de gameplay adoptado por Xenoblade Chronicles. 




       Outro ponto interessante reside nas relações entre as personagens que podem variar da indiferença ao amor e são convenientemente demonstradas por emotion icons. 

     Esta característica não se limita aos membros da party, mas estende-se também às gentes das diferentes aldeias.

      Uma relação "positiva" pode revelar-se bastante útil e não apenas no que a batalhas diz respeito. 

     Xenoblade é um jogo no qual a customização tem um peso bastante grande. 

     Podemos mudar a roupa e armaduras das nossas personagens, colocando-as de acordo com as nossas preferências estéticas.

     Em jeito de conclusão, Xenoblade Chronicles foi uma lufada de ar fresco no género em 2011 e mantém-se extremamente relevante nos dias de hoje. 

      Viciante, com uma longevidade espantosa e personagens cativantes, Xenoblade é regido pela regra dos 3 épicos. 

          Gráficos épicos. 

          Música épica. 

          História épica.