A quarta entrada na série de Rpg's estratégicos da Nintendo, Days of Ruin foi lançada para a DS corria o ano de 2008. 

     Curiosamente, Days of Ruin constituiria o único título da série Avance Wars a não sair no Japão até 2013, altura na qual tal se verificou sob forma digital para a 3DS.

     Com uma storyline mais "madura" e "pesada" que as entradas anteriores não possuiam, Days of Ruin coloca-nos nas mãos o controlo sobre o décimo-segundo batalhão da devastada nação de Rubinelle. 

     Em um mundo arrasado por uma violenta chuva de meteoros e pela propagação de uma misteriosa e incurável doença que apenas afecta os jovens, cabe ao jogador travar as ambições militares da  nação vizinha Lazuria. 



     Embora seja graficamente muito similar aos restantes títulos da série, Days of Ruin complementa a sua storyline mais madura com um design de personagens condizente e bastante menos "cartoony"... 

     A música, bastante mais lúgubre que as anteriores, vem amplificar ainda mais a sensação de desespero que a história nos transmite. 

     De resto, e relativamente ao que realmente é relevante em um jogo de vídeo, Days of Ruin mantêm o mesmo gameplay que ajudou a celebrizar a série.

      O nosso objectivo nos cerca de 26 capítulos do jogo é muito simples. 




         Derrotar o general adversário e o seu respectivo exército. 

     Movendo as nossas tropas por um extensivo mapa de jogo, a vitória pode ser adquirida com a aniquilação total da oposição ou com a simples captura do seu H.Q. 

     A nossa derrota também é passível de acontecer se o contrário se der, todavia. 

     Com diversos tipos de unidades à nossa disposição, desde infantaria e tanques, até marinha e força áerea, devemos ter em atenção também uma boa gestão dos fundos e das condições de terreno de forma a duplicar as nossas chances de vitória no conflito.

     Os fundos são bastante parcos, numa fase inicial, mas podem ser aumentados com base no maior número de cidades ocupadas que tenhamos na nossa posse. 




     Mais cidades equivalem por isso ao acesso a tropas mais poderosas, rápidas e resistentes. 

     O terreno, por sua vez, interfere, positiva ou negativamente, com a prestação actual das nossas tropas em combate. 

     Usar o terreno a nosso favor através da ocupação de bases áereas, portos marinhos e fábricas de munições, é de extrema relevância se quisermos ter sucesso neste difícil jogo. 

     Sim, porque Days of Ruin é tudo menos um jogo fácil e acessível para os principiantes do género. 

     Os adversários são impiedosos e ao mínimo descuido até uma batalha que parecia estar a correr de forma positiva pode virar-se contra nós. 

     No entanto e embora difícil Days of Ruin introduz diversas novidades na série tendo em vista um maior equilíbrio dos conflitos. 




     O poder especial dos COs (comandantes) foi grandemente diminuído, sendo que convém salientar que estes podem agora juntar-se às suas unidades, aumentando não apenas o poder de fogo, mas também o nível defensivo a todas as unidades aliadas que se encontrem no seu campo de acção. 

     A destruição da unidade do CO não implica um Game Over, visto que o mesmo é enviado de volta para o HQ podendo a qualquer momento regressar ao campo de batalha no comando de outra tropa. 

     Novas tropas ou unidades (Bike, War Tank, Flare, Anti-Tank, etc...) foram adicionadas ao jogo, assim como novos terrenos de jogo (Wasteland, Rough Sea, Fire ou Ruin, por exemplo) e propriedades. 

     Em Days of Ruin é possível fazer o level-up das nossas unidades, de forma torná-las mais fortes, sendo que tal é feito por via de combate, como é óbvio.

      Bastante importante é também a possibilidade de criar bases temporárias com as unidades APC's, que irão servir de pontos de reabastecimento, embora sejam incapazes de produzir, por elas próprias, novas tropas.

      Igualmente relevante, sobretudo nas situações de Fog of War (nevoeiro) será o Radar que permite ver para além do que seria possível em tal situação.

     Uma novidade em relação a outros títulos da série reside na sua forte componente Multiplayer e Online, que assenta, por sua vez, na customização e partilha de mapas pelos jogadores.

     Em suma, Days of Ruin é o jogo mais completo de toda a série, mantendo a dificuldade habitual, mas sendo curiosamente mais acessível a novos jogadores.