Order of Ecclesia foi lançado em 2009, na Europa, para a DS. 
O terceiro Castlevania a ser desenvolvido pela Konami para a portátil da Nintendo, Order of Ecclesia mantém a tradição dos restantes jogos da série e apresenta-se como um jogo de aventuras e plataformas. 

     Traz-nos, contudo, uma protagonista bem diferente daquilo a que estávamos habituados.

 Pela primeira vez, nem o famoso clã dos Belmont, nem o seu chicote sagrado, o Vampire Killer, fazem uma aparição. 

     Em vez disso o protagonismo é entregue, na totalidade, a uma jovem, membro da tal Order of Ecclesia.






     Shanoa é escolhida pelo líder da Order, um tal de Barlowe, para servir de corpo hospedeiro ao Dominus. 
Este Dominus constituía na combinação de três Glphys mágicos, que por sua vez resultavam de experimentações feitas com o poder de Dracula.

      O objectivo seria o de conter um possível renascimento do Senhor das Trevas, usando para isso o seu próprio poder. 

O plano, contudo, dará para o torto devido à intervenção de Albus, outro membro da Order. 

     Como resultado, Shanoa perde as suas memórias e o Dominus, mas, ainda assim, decide-se a recuperar ambas. 





     Order of Ecclesia mantém os elementos de Rpg, que vêm caracterizando a série desde Symphony of The Night, mas recupera alguns elementos de outros Castlevanias mais antigos, ao mesmo tempo que introduz novas mecânicas de ataque.




     Essas novas mecânicas surgem logo na introdução do chamado Glpyh System, que permite a Shanoa, através da obtenção de Glphy Symbols, duplicar as habilidades dos monstros derrotados. 


     Esses Glpyhs apresentam-se como tatuagens nas costas de Shanoa e podem ser obtidos por via de batalha ou da exploração. 






     Existem mais de 100, sendo que, a certa altura diferentes Glyphs poderão ser combinados na forma de um ataque especial, o Glyph Union. 

     A utilidade dos Glyphs vai para além do mero ataque e estende-se para o uso dos mesmos na resolução de pequenos puzzles. 






     Fora esta "nova" forma de ataque, muito semelhante à de Soma Cruz em Aria of Sorrow, o restante gameplay mantêm-se idêntico, com Shanoa a possuir feitiços para ataque e armadura para defesa. 

     Os gráficos, assim como o design das personagens e das criaturas que iremos defrontar, não variam muito em relação ao que já tínhamos visto em jogos anteriores da série para esta mesma consolas. 


     A maioria dos monstros são variações de muitos tradicionais, no entanto, existe, ainda assim, espaço para a originalidade. 






     Os bosses são os mais impressionantes, sobretudo devido à dimensão, e originais dos adversários apresentados, sendo que são eles, também, aqueles que exigem mais concentração e engenho para serem ultrapassados. 

     Com uma banda sonora dentro daquilo a que os jogos da série nos habituaram, Order tem como um dos seus pontos mais fortes a beleza dos cenários e a variedade das localizações. 


     São cerca de 20 os locais disponibilizados para a exploração, e vão desde prisões desoladas e mares revoltosos, até inóspitas grutas e sumptuosos palácios. 






     Como noutros jogos da série, também aqui é possível e quase imperativo fazer o mandatório back-tracking. Neste caso, mais por uma questão de level-up da personagem principal. 
É neste ponto que assenta, a meu ver, a maior falha do jogo.

      Por muito habilidosos que sejamos, a nossa perícia é insuficiente se não tivermos o nível necessário para derrotar um determinado Boss ou inimigo regular.


      A menos que façamos grinding, em áreas já visitadas anteriormente, não iremos conseguir progredir na aventura. 






     Este voltar atrás só para subir o nível, vem quebrar o ritmo da aventura e fará com que inúmeros jogadores eventualmente se cansem e a abandonem sem a terminar, até porque à medida que formos avançando na aventura tal se irá tornar mais e mais decorrente ...

     É certo que este não é o primeiro Castlevania com estes elementos Rpgs inseridos, muito menos o único a gozar de tal estrutura não linear, no entanto, é daqueles que não retira disso muitos frutos positivos. 


     Order of Ecclesia vai buscar muita inspiração ao segundo Castlevania da NES, e isso pode-se ver não apenas na inclusão de pequenas sidequests, mas também no regresso da vila, que serve como se de uma espécie de quartel-general se tratasse. 






     Lá Shanoa pode recuperar energias, fazer save, comprar itens, falar com os habitantes e obter deles as ditas missões secundárias. 

     A vila, que é vista por muitos jogadores como desnecessária, poderá, também, ser encarada com um quebra na acção por alguns. 


     Todavia, acaba por ser meramente um facto curioso e mais atractivo que negativo, pois acaba por ajudar não apenas na obtenção de determinados itens, mas também no recolher de dicas utéis.






     A jeito de conclusão, Order of Ecclesia é um jogo que procura combinar elementos de dois Passados, um distante e outro presente, correndo com isso o risco de se perder entre ambos. 

     Um título com uma personagem principal apelativa e uma história relativamente diferente da usual, Order  é, ainda assim, uma boa entrada na série e merece a oportunidade de ser experimentado. 


     Ideal para quem aprecia quem aprecia Rpgs e gosta da linha iniciada por Symphony of The Night.