O estúdio japonês de jogos, Konami, foi buscar inspiração, simultaneamente, na figura histórica de Vlad Tepes e na personagem do conto de Bram Stoker, para criar a sua própria versão do Conde vampiro mais famoso de todos os tempos, Drácula. 
Este surge-nos como o principal antagonista da série de jogos de acção/plataformas conhecida como “Castlevania”. Aparecendo pela primeira vez no jogo de 1986, intitulado, simplesmente, de “Castlevania”, para a NES, este vampiresco Conde romeno mostrou-se imparável. 
Do interior do seu sombrio castelo, Drácula, para além dos assombrosos poderes à sua disposição, contava, ainda, com o controlo sobre uma legião de monstros. Lobisomens, fantasmas, vampiros, múmias e até a própria Morte, entre outros, obedecem ao seu chamado. 


 

 O passado de Drácula seria revelado no jogo para a PS2, “Castlevania – Lament of Innocence”. 
O seu verdadeiro nome é Mathias Cronqvist. Nascido em 1062, Mathias foi um distinto cavaleiro que serviu na companhia do Barão Leon Belmont, nas Cruzadas. 
Após inúmeras batalhas, Mathias regressa a casa, apenas para encontrar a mulher, Elisabetha, morta. Amaldiçoando Deus pela sua incapacidade em manter a esposa viva, enquanto luta em seu nome, Mathias irá adquirir uma relíquia, a Crimson Stone, que lhe concederá imortalidade.
 Mathias usurpa a posição do Lord vampiro, Valter, e torna-se no novo senhor das trevas, Drácula, afrontando o Deus criador, com a sua existência.
 Desde esse dia, o vampiro encontrará a oposição de um clã de guerreiros, os Belmont, sendo que o primeiro deles seria o seu antigo companheiro de armas, Leon Belmont. Será a 11 de Agosto de 1999, que estes últimos irão lograr, finalmente, destruí-lo de vez. Julius Belmont será o autor de tamanha façanha. 



 Drácula teve, ainda um filho, Adrian, de um fugaz relacionamento com uma humana de nome, Lisa. Adrian, que é parcialmente vampiro, mudou o nome para Alucard, declarando-se a antítese do pai, que considera (e não erróneamente) a fonte de todo o mal.

 

 Em 2010, a Konami lança “Lords of Shadow”, que irá alterar a origem do Conde. Neste “reboot” Drácula é um Belmont de nome Gabriel, também ele um guerreiro de Deus amargurado com o falecimento da esposa. 
Isto irá aumentar, ainda mais, os laços do vampiro com a família de caçadores que o persegue. 
Aqui, Alucard é, também ele, um Belmont transformado em vampiro pelo próprio pai. 

 











A aparência do vampiro variou muito ao longo dos tempos e de jogo para jogo. Drácula já chegou a surgir como um velho encarquilhado, como um esqueleto descarnado ou como um aristocrata à lá Bela Lugosi.
De igual modo, o Conde serviu de Boss final em todos os jogos menos em 4: o já referido “Lament of Innocence” , em “Aria of Sorrow” e “Dawn of Sorrow”, onde a sua presença se faz sentir através da sua reencarnação, Soma Cruz e no reboot de 2010, “Lords of Shadow”.





 O vampiro supremo é personagem jogável no jogo de luta da Wii, “Castlevania – Judgement”, no humorístico jogo de karts para a GBA, “ Konami Krazy Racers” e em versão chibi no título do GB, “Kid Dracula”.
Múltiplas são as versões, mas constante é o perigo que Drácula representa. 

Escrito por Ivo Silva