A Crise, a renovação e a morte
Superman gozava da sua grande popularidade, marcando presença
na série de animação, Superfriends e de mais três filmes para o cinema (e um spin-off com a sua prima), quando
a sua editora resolveu agitar um pouco as águas. Em 1985, a mini-série “Crisis
on Infinite Earths” vai colocar um ponto final no convulso universo DC e,
tentar torná-lo mais acessível a uma nova geração de leitores. Onde antes
existia uma multitude de Terras paralelas, cada uma com a sua versão dos
heróis, agora passaria a existir somente uma, a New Earth.
Uma Terra, um
Superman. John Bryne, conhecido pelo seu trabalho em X-Men e Fantastic Four,
vai, com “The Man of Steel”, reformular Superman, tornando-o mais apelativo ao
público. O Superman da Terra 2 e a existência de Kal-El como Superboy vão ser apagados
da continuidade. A sua prima, Supergirl, que havia tido uma morte heróica na
Crise, vai, também ela, sofrer esse mesmo destino, junto com Krypto. Superman
passa a ser, de novo, o único sobrevivente de Krypton.
A sociedade kryptoniana
vai passar a ser representada como uma cultura totalmente devotada às ciências.
Uma sociedade onde os seus filhos, como era o caso de Kal-El, nasciam e eram
amamentados por máquinas. Superman continuou a ter morado em Smallville, junto
dos Kents, mas estes não morreram, mesmo depois de ele se ter mudado para
Metropolis.
Outro aspecto importante nesta reforma é, o facto, de Clark Kent
ser a figura principal das histórias e não apenas uma capa para Superman. A
vida de outras personagens, ligadas ao Homem de Aço, também, se vai alterar.
Superman mantém a amizade com Batman e chega a tentar avanços românticos para
com a Wonder Woman, mas já não é membro fundador da JLA.
Lex Luthor é
reimaginado como um corrupto homem de negócios, que nunca viveu em Smallville.
O Bizarro é um clone do Superman, produzido pela Lexcorp. A Legion of
Superheroes tirou a sua inspiração de Mon-El, e não Kal-el. E estes são apenas
alguns exemplos. O kryptoniano vai ganhar, em 1994, uma nova série na
televisão, intitulada de “Lois and Clark – The New Adventures of Superman”, com
os actores Dean Cain, como Superman, e Terri Hatcher como Lois Lane. A série
vai gracejar de relativo sucesso e termina em 1997.
A história passou nos noticiários da TV e nos jornais. Desde a morte do segundo Robin, que o falecimento de um super-herói, não provocava tamanha reacção. A DC aproveitou a publicidade positiva e chocou de novo. O herói tinha acabado de ser enterrado e, logo, surgiram quatros indivíduos a afirmarem que eram o Homem de Aço. Steel, um cientista que desenvolveu uma armadura, à lá Iron Man, para tentar honrar o nome de Superman. Um clone, mais jovem, de Kal-El, desenvolvido pelos cientistas da Cadmus, que dava pelo nome de Superboy. O Erradicator, na verdade uma máquina kryptoniana que simulava os poderes de Superman, mas que tinha uma personalidade mais gelada. Por último, o Super-Cyborg, que parecia e agia como o Superman original, mas com componentes metálicos.
No final, contudo, o verdadeiro Kal-El, cujo corpo repousava na sua Fortaleza da Solidão, regressou, ainda que com metade da sua força, para recuperar a sua identidade. Juntamente, com Superboy, Steel e Hal Jordan, Kal-El, com um fato negro e prateado, vai confrontar Mongul e o Super-Cyborg, responsáveis pela destruição da cidade de Coast City.
Vitorioso, Superman vai passar por diversos momentos significativos na sua vida, desde a infame “Mullet” e regresso à JLA, até ao seu casamento com Lois, depois de décadas de “namoro”. Pelo caminho, Superman vai ganhar poderes eléctricos, durante um tempo, passando a ser conhecido como Superman Blue. A presença do Homem de Aço não se vai limitar às páginas das Comics.
Depois da participação na série “Super Friends”, Kal-El vai ganhar a sua própria, em 1996. Produzida pela Warner Bros, a mesma que havia feito a do Batman, “Superman, the Animated Series” vai ser um sucesso e impulsionará o kryptoniano a participar na adaptação da Justice League ao pequeno ecrã em 2000. Os primeiros dias de Kal-El na Terra, mais especificamente no Kansas, vão voltar a ser explorados na série “Smallville”, de 2001.
Protagonizada por Tom Welling, a série visava mostrar como Clark tinha obtido os seus poderes e como tinha conhecido personagens como Lex Luthor, Lana Lang ou Pete Ross. Para espanto de muitos, “Smallville” foi um sucesso enorme que se estendeu por 10 temporadas e mais de 200 episódios. Personagens como Doomsday, Brainiac, Zod, Lois Lane e, inclusive, diversos membros da JLA (Green Arrow, por exemplo, tornou-se numa presença constante) e da JSA foram introduzidos, antes ainda de Clark se tornar Superman. A grande questão, a partir, de um determinado momento, passou a ser quando é que Clark voaria ou vestiria o icónico uniforme. “Smallville” permitiu adicionar elementos novos às Comics, como por exemplo, Chloe, prima de Lois Lane.
Deixo-vos ficar com umas pequenas amostras dos filmes e das séries de Superman, de que falo nesta parte.
Para as restantes partes desta retro e o TOP 10 vilões de Superman, consulte os links:
http://culturaeartepop.blogspot.pt/2013/06/conheca-melhor-superman-parte-1.html
http://culturaeartepop.blogspot.pt/2013/06/conheca-melhor-superman-parte-2.html
http://culturaeartepop.blogspot.pt/2013/06/conheca-melhor-superman-parte-3.html
http://culturaeartepop.blogspot.pt/2013/06/top-10-viloes-de-superman.html
Escrito e publicado por Ivo Silva
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