Capa da versão X-Box



Desenvolvido pela empresa japonesa, Konami, originalmente para a PS2, em 2001, Shadow of Memories vai ser convertido, pela agora defunta Runecraft, em 2002 para PC e em 2003 para a X-Box. Uma versão portátil foi feita, ainda, para a PSP, corria o ano 2009. Este, relativamente desconhecido título nipónico, era um jogo de aventura invulgar, com o seu foco a incidir,sobretudo, no storytelling e em um protagonista não possuía barra de energia ou botão de ataque.




O enigmático Hommunculus

Eike Kusc, o nosso protagonista


















A história consistia, muito sumariamente, em guiar o nosso herói, Eike Kusc, pela cidade alemã, fictícia, de Lebensbaum. O interessante é que, à moda de jogos como Chrono Trigger, Eike deve viajar pelo tempo de forma a evitar o seu próprio assassinato e desmascarar o seu assassino, ao bom estilo do conhecido detective Sherlock Holmes. Logo no início da aventura, o jovem é morto, apenas para ser trazido de volta por um misterioso ser chamado de Hommunculus. Este último fornece-lhe um Digipad, que lhe permite fazer as já referidas viagens temporais e alterar o rumo dos acontecimentos.




Explorando a cidade no presente, com a barra do Digipad representada a verde.

Interacção com os NPC's. Neste caso na Idade Média.




 Eike vai explorar a cidade, em diferentes períodos, que vão desde a Idade Média, até á sua época. Pelo caminho, Eike não apenas muda o seu, mas o destino de outras personagens no jogo, com as suas acções. Embora, não disponha de barra, é necessário encontrar baterias, que se encontram espalhadas pela cidade, para recarregar o Digipad. Ojogo dispõe, ainda de dois relógios. Um com a data do dia presente e outro com a data do sítio para qual Eike pretende viajar. Quando este mesmo relógio alcança a altura da morte do protagonista, o capítulo recomeça, a menos que Eike não esteja no tempo actual quando isso acontecer. Nesse caso será Game Over, uma vez que o assassinato não se consegue evitar.




Influência, directa, na vida alheia.

Esquema do que falta concluir no jogo.

















 Sendo um jogo pequeno, com um prólogo, oito capítulos e um epílogo, consegue, surpreendentemente ter um grande replay value. Isto deve-se, sobretudo, aos seus nove finais diferentes, e que vão estimular os jogadores a jogá-lo, vezes sem conta, para os conseguirem obter a todos, e com isso ter uma visão mais clara dos acontecimentos da história. O grande senão do jogo é, o facto, de ter gráficos, por vezes, pouco detalhados, sobretudo em relação aos NPCs e a certos aspectos do cenário. Ainda assim, com uma história que agarra à medida que vamos avançando nela, com um bom voice acting, algo incomum na altura, e uma banda sonora que ajuda a construir o suspense do jogo, Shadow of Memories é um bom título, seja qual for a sua versão. Não sendo inovador, é uma experiência diferente do restante que nos é oferecido, sobretudo nos catálogos de jogos da PS2 e X-Box. 






Escrito e Publicado por Ivo Silva