A série Castlevania já existe há muito tempo e, apesar disso, tem conseguido manter um nível de qualidade acentuado e acima da média na maioria dos casos. 

     Harmony of Dissonance, o segundo Castlevania a ser lançado para o GBA, constitui uma das raras excepções a essa "regra".

     Isto não quer dizer que este jogo de aventura e plataformas 2D, de 2002, seja um mau jogo. 
Só não é um título memorável, sobretudo para os fãs de longa data da série. 




     A história é relativamente simples. 
Uma vez mais temos um membro da família Belmont, neste caso Juste, a tentar a sua sorte no interior do castelo amaldiçoado de Drácula. 

     O seu objectivo não passa tanto por eliminar o conde, mas mais em simplesmente resgatar uma amiga de infância que se encontra lá cativa. 

     Para conseguir esse feito Juste ostenta o famoso vampire-killer que, como noutros Castlevanias, não constitui a sua única forma de ataque. 




     Encontram-se à sua disposição inúmeras sub-weapons, como a faca, machado, gema, entre outras, que poderão ainda ser combinadas com cinco diferentes livros de feitiços, de forma a maximizar, ainda que temporariamente, o ataque do caçador de vampiros. 

     Para além das diferentes formas de ataque, Juste consegue efectuar um foward dash, movimento que se irá verificar como sendo extremamente útil no decurso da aventura. 

     Com esse dash Juste consegue atingir pequenas "explosões" de velocidade que podem ser a chave para obter uma vantagem decisiva sobre um boss, por exemplo. 




     O número de adversários é numeroso e varia conforme a zona e o castelo no qual estejamos
Sim, disse castelo em plural, porque e como em Symphony of The Night, também aqui temos dois castelos, neste caso um A e um B. 

     Aquilo que fizermos em um, como por exemplo deitar abaixo uma parede, tem consequências no outro. 

     Isto vem aumentar-lhe a longevidade, pois temos muito para explorar. 
O risco de nos perdermos não existe, pois temos sempre um mapa à disposição, bem como warp rooms, que permitem aceder mais rapidamente às diferentes áreas de jogo.




      A nível de gameplay, Harmony tenta imolar o conhecido título da Playstation, mantendo os já característicos elementos de Rpg's, se bem que com um maior enfâse na magia. 
Os gráficos têm uma qualidade elevada, embora (SPOILER ALERT!) .................................................
 algumas áreas tenham saído melhor que outras, em particular a sala final...que deixa muito a desejar. 

     A música é sofrível e acabou por ser uma consequência daquilo que terá sido uma aposta total na parte gráfica do jogo.

     A jeito de mera curiosidade, convém salientar que temos uma pequena sala privada, na qual podemos colocar diversos collectables que iremos encontrar espalhados pelo castelo. Contudo, não existe recompensa por o fazermos, sendo o efeito meramente estético e despropositado de contéudo.

 Em suma, Harmony of Dissonance tem uma personagem atraente, Juste, e alguns elementos de gameplay bem executados. 

     O senão reside, maioritariamente, no facto da história e da música não serem das mais cativantes. Uma boa e acessível experiência para quem nunca jogou um título da série, mas evitável, sobretudo quando temos o Aria of Sorrow e o Circle of The Moon para a mesmíssima consola.