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quinta-feira, 6 de setembro de 2018








A mais recente das editoras de banda desenhada portuguesas, a Zone Komics, atinge o mercado digital em força , apresentando-se com a ambiciosa missão de estabelecer o seu próprio universo no qual, não há lugar para heróis no sentido tradicional da palavra. 

A Zone Komics estabelece este No place for Heroes com três números que parecem retirar inspiração do mundo da manga japonesa e de jogos igualmente nipónicos como o Final Fantasy. 

A primeira das bds chama-se Full Blaze e acompanha as aventuras de uma equipa de mercenários com o mesmo nome.

Liderados pelo rigoroso Aaron Stryker e constituídos pelo irreverente piloto Xander e pela impiedosa e sanguinária Sarah (a qual chamam de Ceifeira), a Full Blaze procura recuperar o seu estatuto de maior unidade do mundo fictício de Earthania.

Para tal, começam por transportar um perigoso criminoso de volta às guildas de Azure. 

A segunda bd que tive a oportunidade de ler tem um lado igualmente militarista, contudo, deambula mais pela fantasia medieval e steampunk tantas vezes abordada em rpgs japoneses. 
 
Warper! dá-nos dois protagonistas. 

Drake, um guerreiro errante munido de um estranho poder mágico que o torna um pária em Azure.

Bastante irrequieto, Drake não tarda em envolver-se numa escaramuça entre o monarca de Azure e um grupo desconhecido de invasores. 

Segue-se a jovem princesa relutante, Alice. 

Esta está desejosa de aprender a usar as artes míticas, mas tal não lhe é permitido pelo pai, o Rei Hellis. 


 


A terceira e última bd chama-se Rogue Dragon e volta ao conceito de um único protagonista. 

Aqui seguimos a história de Marayah, uma jovem telepata atormentada por pesadelos. 

Marayah trabalha na quinta da família e num bar como forma de ajudar o pai a pagar as contas e cuidar da mãe doente. 

Ao mesmo tempo, Marayah procura encontrar-se a si própria e descobrir mais acerca do seu poder. 

Todas as três bds têm a arte, argumento, balonagem e edição a cargo de Diogo Mané. 

Com excepção de Warper!, Diogo conta com a ajuda de outros artistas para a realização das duas outras histórias. 

Em Full Blaze, João Iria ajuda com o argumento e o guião, ao passo que Filipa Bento finaliza a arte e Maria Ferreira encarrega-se das cores. 

O João regressa, nas mesmas funções, em Rogue Aragon, com Ricardo Robalo a estar agora encarregue das cores. 


 


As três bds têm os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. 

A arte necessita de um pouco de refinamento, embora haja alguns pormenores interessantes em termos de arte sequencial (a sequência do sonho em Rogue Dragon). 

O diálogo é um pouco simplista, mas cumpre na sua tarefa de dar a conhecer as personagens e o mundo nas quais elas se inserem. 

Bastante coloridas todas as três bds têm histórias que irão certamente chamar a atenção da vasta comunidade de manga em Portugal.

Ficamos a aguardar pelos segundos números e pelas melhorias que certamente virão.

Se quiserem saber mais acerca desta editora vejam o link abaixo indicado.

https://www.indiegogo.com/projects/no-place-for-heroes-the-comic-book-universe#/











Posted on quinta-feira, setembro 06, 2018 by Ivo Silva

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quinta-feira, 14 de junho de 2018





Carboni e Matoso, integrantes das selecções italianas e portuguesas de um dos melhores simuladores de futebol da era 16 bits, o saudoso International Superstar Soccer Deluxe, foram como não podia deixar de ser baseados em jogadores reais que na época integravam essas mesmas selecções fora do universo dos jogos de vídeo. 

Por uma questão de licenciamento, a Konami viu-se impedida de usar os nomes reais dos jogadores, optando por isso por criar as suas próprias nomenclaturas para eles.

Só recentemente é que descobri a verdadeira identidade de dois dos meus jogadores favoritos, que por acaso são ambos avançados, do Deluxe. 




Carboni e o seu inconfundível cabelo branco é na realidade o internacional italiano Fabrizio Ravanelli. 

Na época em que o Deluxe saiu (1996) em simultâneo para a Mega Drive e para a SNES, Ravanelli tinha acabado de deixar a Serie A e uma impressionante equipa da Juventus (onde venceu a Champions e a Uefa Cup) para ingressar na Premier League, que ainda dava os seus primeiros passos após a extinção da antiga Footbal League First Division.

Ravanelli escolheu o Middlesbrough, de Bryan Robson, para jogar. 

Essa época de 1996 seria, no entanto, de altos e baixos para o avançado italiano, uma vez que os seus 17 golos não evitaram a descida de divisão do clube.

Nesse mesmo ano, o Middlesbrough seria finalista vencido da F.A Cup (derrota por 0-2 diante do Chelsea) e da League Cup (derrota por 0-1 contra o Leicester). 


 


Como Carboni, Ravanelli era titularíssimo na minha selecção de eleição, a Itália. 

Será graças aos golos dele que conseguirei conquistar a International Cup, a World Series e a Euro Cup. 

Para além disso, foi com a Itália de Carboni que venci os meus primeiros duelos contra outros jogadores que não o CPU. 

E que expressivas foram tais vitórias.

7-0 em ambas as ocasiões.


 


A minha outra selecção predilecta no jogo era Portugal. 

Uma selecção onde pontificava Matoso, um dos avançados mais mortíferos de todo o jogo. 

Ainda que fosse uma selecção mediana, quando comparada com os grandes pesos pesados como a Alemanha, Brasil ou Argentina, consegui usar os talentos de Portugal para conquistar todos os troféus que havia obtido com a Itália de Carboni. 

Mais do que isso, melhorei o meu recorde de maior goleada obtida contra outro jogador ao vencer por 8-0 (algo que o meu tio, o verdadeiro detentor do jogo, não apreciou nada).


 


Mas vamos centrar-nos no avançado Matoso. 

Este era na verdade, o jovem avançado do F.C.Porto, Domingos Paciência. 

Quando o Deluxe foi lançado na Europa, Paciência tinha acabado de sagrar-se bicampeão pelo F.C.Porto, tendo sido ainda melhor marcador da Liga nessa temporada.

Domingos foi ainda semi-finalista da Taça de Portugal esse ano, após o Porto ter sido eliminado no jogo de repetição contra o Sporting, curiosamente o mesmo adversário diante do qual os Dragões também haviam tombado na finalíssima da Supertaça disputada em Paris. 


 


Paciência não foi o mais prolífero dos goleadores pela selecção (marcou apenas 9 golos no total), mas teve bastante peso na qualificação da geração de ouro para o Euro 96, embora não tenha marcado qualquer tento na fase final, na qual Portugal cairia nos quartos de final diante da talentosa Républica Checa.






Posted on quinta-feira, junho 14, 2018 by Ivo Silva

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