Madelyne Pryor fez a sua estreia nas páginas de Uncanny X-Men #168 (Vol 1, de 1983). 

Demonstrando desde logo uma semelhança notável com a falecida Jean Grey, Maddy, uma piloto bastante capaz, depressa entraria nas vidas dos nossos heróis mutantes, nomeadamente na de um dos seus mais carismáticos líderes, Cyclops.


 


Tendo sido loucamente apaixonado pela Jean, Cyclops não tardou a envolver-se romanticamente com Maddy em Uncanny X-Men #170. 

Todavia, Scott não o fez de ânimo leve.

Na verdade, o jovem mutante estava um pouco reticente em fazê-lo. 

Não apenas pelo facto de Maddy ser tão idêntica a Jean, mas também por a poder estar a expor aos perigos que vinham com o facto de ser não apenas um mutante, mas também um membro dos X-Men. 

Scott revela todas estas suas preocupações à humana Maddy, que inicialmente não reage nada bem. 


 


Contudo, e sentindo uma forte atracção por Cyclops, Maddy decide arriscar e os dois acabam por iniciar uma relação que eventualmente culminaria não apenas em casamento (cinco números mais tarde), mas também no nascimento de um novo Summers. 

Maddy vai dar à luz o pequeno Nathan Christopher Summers nas páginas de Uncanny X-Men #201 (Vol 1, de 1986), numa altura em que Cyclops, os X-Men e os New Mutants estavam ausentes numa missão em Asgard. 


 

O recém-nascido será recebido alegremente pelos membros dos X-Men e dos New Mutants aquando do seu regresso da cidade dourada.

Contudo, Cyclops irá, curiosamente, mostrar-se entre os menos entusiastas. 

A sua mente estava perdida em outras questões que envolviam a liderança dos X-Men e o facto do Professor X (que havia partido para ajudar Lilandra a gerir o Império Shi'ar) ter deixado um reformado Magneto como o novo headmaster da escola.


 
Farta da atitude insensível do marido, Maddy lança-lhe um ultimato.

Ou ele escolhe os X-Men ou escolhe a ela e ao filho.

Será só após ter perdido um duelo com uma depowered Storm na Danger Room que Scott percebe que não há lugar para ele nos X-Men e parte com Maddy e Nathan para o Alaska rumo a uma vida longe de heroísmos. 


 

Contudo, e mesmo estando afastado dos X-Men, Scott continuava frio e distante em relação à sua esposa, pelo que o reaparecimento de Jean Grey (em X-Factor #1, Vol 1, de 1986) e o convite do Angel para que ele se junte aos restantes membros originais dos X-Men numa nova equipa, os X-Factor, irá contribuir decididamente para a separação definitiva de Maddy e Scott (ainda que não legalmente, pelo menos emocionalmente). 

Sozinha com Nathan, Maddy será atacada pouco depois pelos Marauders, uma equipa de mutantes assassinos ao serviço do enigmático Mister Sinister. 

Maddy será salva graças à intervenção atempada dos X-Men, que contudo falham em impedir que os Marauders capturem o jovem Nathan (em Uncanny X-Men #215 e 221, Vol 1, de 1987).


 


Embora humana, Maddy junta-se ao grupo, estando ao lado destes na fatídica batalha de Dallas contra o vilão místico The Adversary, que culminaria na morte e ressurreição dela e dos X-Men (na saga Fall of the Mutants que ocorreu entre Uncanny X-Men #225 a 227, em 1988).

Estabelecendo o seu quartel-general na antiga base dos Reavers* e dados como mortos pelo resto do mundo, os X-Men dão a Maddy a responsabilidade de lidar não apenas com os computadores do local, mas também com o fluxo de informação relactiva ao exterior. 

Maddy irá fazer os possíveis para bloquear todas as informações positivas relactivas aos X-Factor do seu ainda marido Cyclops**, como forma de se vingar deste e manter as duas equipas mutantes separadas.

Será esse sentimento de raiva para com Cyclops que a fará envolver-se com o seu irmão mais novo, Havok, que passava pela sua própria separação traumática após ter sido atacado por Lorna Dane (Polaris sob a influência mental da vilã Malice).


 

Em Uncanny X-Men #232 (de 1988), e depois de ficar para trás numa missão que viu os X-Men colidirem com os alienígenas da Brood, Maddy descobre que Cyclops abandonou-a e ao filho (que nesta altura ainda estava na posse do Mister Sinister) pela renascida Jean Grey. 

Enfurecida, Maddy golpeia o ecrã, sofrendo um violento choque no processo. 

Entre a vida e a morte, o espírito de Maddy vagueia por um deserto metafísico que a força a encarar o facto dela não ser mais do que uma mera cópia barata da Jean Grey, sem direito a vida própria ou personalidade (Uncanny X-Men #233). 


 


Sob o olhar atento do mutante Gateway***, o espírito de Maddy finalmente alcança uma encruzilhada. 

Optando pelo caminho da vingança, que conduz ao demónio S'ym, um velho conhecido dos X-Men e dos New Mutants, Maddy renascerá como a Goblin Queen nas páginas de Uncanny X-Men #234.


 


Como Goblin Queen, Maddy mostra algumas das habilidades da Phoenix Force (nomeadamente transmutação, telecinésia e telepatia), aquando do confronto dos X-Men com as forças militares de Genosha, uma nação que escravizava mutantes.

Em Uncanny X-Men #239, Maddy faz uma aliança com outro demónio para além de S'ym. 

A sua união de forças com o mago demoníaco N'astirh dá o pontapé de saída para o início da saga Inferno, na qual a dimensão conhecida como Limbo começa a fundir-se com a nossa. 

Como parte do seu plano para humilhar Scott e destruir Jean, Maddy captura os pais desta última e transforma-os em demónios, enviando-os para capturar e atormentar a própria filha. 

Ao mesmo tempo, Maddy encontra o elusivo Mister Sinister, resgatando o seu filho, Nathan, mas descobrindo no processo que nada mais é do que um mero clone da Jean designado para se apaixonar por Scott Summer e gerar um filho seu (em Uncanny X-Men #240 e 241). 

Mister Sinister fê-lo devido ao facto de Jean e Scott ambos serem mutantes de nível Omega, pelo que um filho de ambos teria ainda mais potencial. 


 


Com os X-Men a enfrentarem os Marauders, uma enraivecida Maddy decide que todos devem pagar por aquilo que lhe foi feito e decide sacrificar o próprio filho como forma de punir Scott (por a ter deixado), unindo assim o Limbo e a Terra para sempre. 

Em Uncanny X-Men #242 e X-Factor #38, os dois grupos de heróis mutantes unem esforços para parar N'astirh e a Goblin Queen. 

Os X-Men e os X-Factor logram em derrotar o mago, mas muitos dos seus membros sofrem efeitos secundários na batalha e começam a manifestar personalidades mais demoníacas. 

Este facto, é aproveitado por Maddy para inicialmente colocar alguns destes mutantes alterados do seu lado, nomeadamente: Dazzler, Longshot, Wolverine, Archangel, Storm e Havok (renomeado por ela como Goblin Prince).

Contudo e após uma breve conversa entre Cyclops e Storm, esta última percebe que Maddy os esteve a manipular desde o princípio, ao permitir que os X-Men apenas tivessem acesso a informações negativas relactivas aos X-Factor e os vissem como nada mais que caça mutantes (isto ainda antes da transformação de Maddy na Goblin Queen).

Com isto esclarecido, X-Men e X-Factor unem esforços para parar Maddy e impedí-la de assassinar o seu próprio filho.

Jean, que estava até então captiva da vilã, liberta-se e confronta-a directamente, numa intença batalha psiónica na qual ambas descobrem que apesar de ter sido criada por Sinister, Maddy recebeu o dom da vida a partir de um fragmento da Phoenix Force. 




Ainda mais enfurecida, e depois de ter visto Scott salvar Nathan, Maddy tenta usar a Phoenix Force para matar todos os presentes, inclusive ela própria.

Acto esse que falha com Jean a absorver para si não apenas o fragmento da Phoenix Force, como também parte das memórias de Maddy. 

A Goblin Queen acaba por ser a única vítima mortal deste derradeiro dataque e a última porta para o Limbo fecha-se, devolvendo Nova Iorque ao seu aspecto normal e encerrando a saga Inferno (Uncanny X-Men #243). 


 


Os dois contingentes mutantes irão depois defrontar Mister Sinister e o que restava dos seus Marauders num showdown final nas ruínas da escola do Professor Xavier por aquilo que este havia feito a Maddy (em X-Factor #39).




*Nota: Os X-Men tomaram a base a este grupo de vilões cyborgs em Uncanny X-Men #229, Vol 1, de 1988.


**Nota: Os X-Factor começaram por serem visto como um grupo de humanos caçadores de mutantes pela população em geral. 
Secretamente eles recrutavam, protegiam e treinavam os mutantes que supostamente capturavam. 


***Nota: Este mutante australiano tinha um grande poder de teleportação que superava mesmo as habilidades de mutantes como Lila Cheney e Magik, também elas teletransportadoras. 
Inicialmente, aliado forçado dos Reavers, Gateway vai ser liberto pelos X-Men e passará a auxiliar a equipa durante a sua estadia na Austrália.