Lançado em exclusivo para as arcades japonesas pela Capcom, corria o ano de 1994, Ring of Destruction: Slam Master II, que também tem o título alternativo de Super Muscle Bomber: International Blowout, é um jogo de wrestling que usa um esquema e um estilo de jogo muito similar ao do popular Street Fighter II.
Também aqui devemos vencer dois rounds para progredirmos na história, com cada lutador a dispor de uma barra de energia que deve ser esvaziada de forma a conseguirmos atingir esse tal objectivo.
Na verdade, ao contrário do seu antecessor, Slam Masters II é verdadeiramente um jogo de luta 2D, muito mais do que um de wrestling, uma vez que abandona por completo muitas das mecânicas do género.
A história do jogo é simples, com duas companhias de wrestling rivais, a Capcom Wrestling Association e a Blood Wrestling Association, a degladiarem-se por ringues espalhados pelo globo na esperança de conseguirem obter o título de campeão da CWA.
O jogo marca o regresso do campeão em título, o lendário Victor Ortega, que havia feito apenas uma cameo no título original.
Ortega surge na categoria de boss final do jogo. É ele que o jogador deve vencer se quiser conquistar o cobiçado título.
Do primeiro jogo da série regressam os 10 wrestlers originais: Gunloc (o protagonista da série), Biff Slamkovich, The Great Oni, Titanic Tim, El Stingray, The Scorpion, Jumbo Flapjack, Alexander The Greater, King Rasta Mon e um velho conhecido nosso do Final Fight, Mike Haggar.
Para além de Ortega e dos regressados 10, Slam Masters II traz ainda a primeira combatente feminina jogável da série na figura da enigmática Black Widow (sobre a qual já falei em pormenor num post anterior), o monstro sobrenatural conhecido como The Wraith (uma espécie de Undertaker) e o militarista Rip Saber (que nos faz lembrar o membro da Mad Gear, Rolento).
Temos portanto um total de 14 personagens jogáveis que provêem das mais variadas localizações.
Nomeadamente dos E.U.A, Rússia, Índia, Austrália, Alemanha, Japão, Reino Unido, México, Canadá e República Dominicana.
Algumas personagens do Street Fighter e do Final Fight fazem ainda pequenas cameos como parte da plateia (Zangief, E.Honda e Balrog) ou como é o caso de Jessica Haggar, como parte dos festejos vitoriosos do seu pai Mike.
Cada personagem tem os seus próprios golpes especiais, de belo efeito visual, e que combinam com técnicas de ringue para terem resultados devastadores nos adversários.
Para além dos especiais, o gameplay deste jogo dá grande ênfase às técnicas de grappling.
O domínio das mesmas é meio caminho andado para vencer combates.
De salientar que ao fim de alguns golpes a nossa personagem começa a ficar vermelha, em algo que nos remete visualmente falando para o estado berserk visto nos jogos da série Samurai Showdown da SNK.
Contudo, este estado não é apenas uma mera opção gráfica, mas antes uma forma válida de gameplay que visa tornar o jogador em desvantagem num adversário mais perigoso, de forma a trazer intensidade e incerteza à peleia.
Slam Masters II tem cenários vibrantes, cheios de cores e acção, assim com música alucinante que fica no ouvido.
Como não poderia deixar de ser nos jogos da Capcom desta época, cada personagem tem o seu próprio cenário.
O aspecto visual é complementado com sprites robustos para as personagens, efeitos sonoros à la comics para os golpes e retratos que vão mostrando as reacções dos lutadores com o evoluir da contenda.
Com um nível de dificuldade mediano, sobretudo para jogadores experientes em Street Fighter II, este é um belo título que merecia ter sido lançado no Ocidente.
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