terça-feira, 11 de novembro de 2025

 

 

 

 

 

O Angel e os túneis dos Morlocks têm uma história tenebrosa e pouco agradável para o mutante alado. 

Os Morlocks, que surgiram pela primeira vez na figura do mutante solitário chamado Caliban, nas páginas de Uncanny X-Men #148 (Vol 1, de 1981), vão ser apresentados como sendo uma comunidade de mutantes que vivia nos túneis por baixo da cidade de Nova Iorque, sendo liderados por uma mulher chamada Callisto. 

É precisamente ela que ordena a captura do Angel, de forma a poder casar com ele. 

 

 

 

A namorada do Angel na época, Candy Sothern chega a casa e deparasse com os sinais de uma luta, só tendo tempo de ligar para o Professor X a pedir auxílio, antes de também ela ser atacada por um morlock chamado Sunder. 

 

 

 

 

 

Rapidamente, o Professor X alerta o Nightcrawler, que só chega a tempo de resgatar Candy, não podendo fazer o mesmo por Warren, embora consiga ver para onde o estão a levar. 

 

 

 

 

 

 

 

Os X-Men, liderados por Storm, vão descer aos túneis do metro nova-iorquino, onde graças às habilidades de Sprite (Kitty Pryde), vão conseguir encontrar a entrada para o lair dos Morlocks, apenas para serem prontamente atacados por uma data deles. 

 

 

 

Enquanto, o resto do grupo lida com estes atacantes, Sprite investiga as redondezas e detecta um outro grupo de Morlocks a avaliar a luta à distância. 

 

 

 

Mesmo na sua forma intangível, Sprite é detectada por Callisto, que envia Plague para a atacar. 

 

 

 

Sprite estava na sua forma fantasma aquando do ataque, pelo que a mão da Morlock passa por ela, e a x-man consegue fugir. Contudo, quando se volta a solidificar, a doença (poder desta Morlock) espalha-se pelo seu corpo, deixando-a à beira da morte. 

Isolada do resto da equipa, ela é encontrada precisamente pelo anteriormente mencionado Caliban. 

 

 

 

Entretanto, os restantes X-Men encontram o Angel, com as suas asas pregadas e inconsciente, descobrindo que o motivo da sua captura se deve ao facto da Callisto querer um noivo e ter escolhido Warren pela sua beleza. 

Os X-Men enfrentam então o grosso dos Morlocks, com Nightcrawler a inutilizar Callisto. 

Ele tenta usá-la como moeda de troca para que o Angel seja liberto e os X-Men possam partir. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contudo, Plague interfere novamente e toca em Storm, deixando-a bastante doente (não mortalmente), pelo que os X-Men têm que se render e observar o casamento forçado do seu ex-colega de equipa com a líder dos Morlocks. 

Eis que surge Caliban, com uma mortalmente doente Sprite nos braços.

 

 

 

Vendo isto, Colossus e Nightcrawler libertam-se, exigindo sair dali com Sprite, de forma a tratar dela na mansão. 

Contudo, segundo Callisto e Caliban, os X-Men apenas podem partir se vencerem um duelo de um para um até à morte. 

Nightcrawler preparava-se para assumir o desafio (sendo ele o espadachim de serviço dos X-Men), mas Storm, ainda doente, intervém. 

Será ela quem irá defrontar Callisto. 

 

 

 

 

  

Storm vence o tenso duelo, trespassando o coração da líder dos Morlocks (e tornando-se na nova líder como consequência). 

Callisto não morre, mas mais ninguém se atreve a não deixar os X-Men partirem. 

 

 

 

É a própria Storm quem carrega o Angel para fora dali (Uncanny X-Men #169-170, Vol 1, de 1983). 

O Angel, agora membro dos X-Factor*, vai voltar aos túneis dos Morlocks, sem saber que o estava a fazer nas vésperas do Mutant Massacre**

 

 

 

O grupo inicialmente vai entrar nos túneis para impedir que a Freedom Force (mutantes que trabalhavam para o governo) capturassem dois jovem mutantes, Rusty e Skids (ela uma Morlock). 

 

 

 

Tem inicio uma luta entre ambos os grupos, que termina com Destiny a informar Mystique, que se a Freedom Force permanecer naqueles túneis, serão mortos. 

 

 

 

 

 

Seguindo a indicação da mesma, Mystique ordena que a sua equipa bata em retirada imediatamente.  

Os X-Factor são forçados a separarem-se, com Angel e Marvel Girl a levarem Skids e Rusty (que estava ferido) para a superfície, enquanto que Cyclops, Beast e Iceman se deparam com dois membros dos Marauders, Arclight e Harpoon, a atacar e matar Morlocks. 

 

 

 

O trio consegue salvar alguns, com Cyclops a impedir que o túnel desabe sobre eles (obra de Arclight). 

 

 

 

 

 

Eles vão combatendo os diferentes elementos dos Marauders que vão surgindo, salvando mais Morlocks pelo caminho, numa altura em que Marvel Girl e Angel regressam aos túneis para os ajudar (com Marvel Girl a matar o Marauder Prism). 

 

 

 

Com Cyclops e Beast a ficarem bastante feridos, e com Iceman em mau estado, a Marvel Girl conduz os Morlocks sobreviventes para fora dos túneis, com o único dos membros do X-Factor que fica para trás a ser o Angel. 

 

 

 

Este ainda tentava resgatar o pequeno mutante Artie, que se encontrava perdido nos túneis. 

Porém, quando o encontra, os Marauders encontram-nos também. 

Para dar tempo a Artie de fugir, Angel enfrenta Vertigo, Blockbuster e Harpoon sozinho. 

 

 

 

 

 

 

 

Não tarda a que seja dominado, com as suas asas a serem esmagadas por Blockbuster e ser espetado na parede, qual aviso a outros, por Harpoon (X-Factor #9-10, Vol 1, de 1986). 

Felizmente, para ele e para Artie, os gritos dos Morlocks não passam despercebidos na superfície e chamam a atenção de Thor, recém-regressado de Asgard. 

 

 

 

Ele adentra os túneis e salva a vida do Angel e de Artie, derrotando Harpoon, Blockbuster e Vertigo. 

Todavia, e enquanto procurava pela saída dos túneis, Thor tem que se digladiar, novamente, com o Blockbuster, que o ataca selvaticamente. 

 

 

 

O Marauder consegue mesmo partir um dos braços do deus do trovão (que sofria a maldição de Hela nesta altura), mas acabará por tombar fatalmente perante a força do Mjolnir (Thor #373-374, Vol 1, de 1986). 

 

 

 

Angel será encaminhado para as urgências, conseguirá sobreviver, mas tem as suas asas, nesta altura gangrenadas, amputadas. 

Logo a seguir a isso, ele aparentemente irá cometer suicídio (contudo, tudo não passou de uma artimanha de Cameron Hodge para lhe roubar a fortuna). 

Salvo por Apocalypse, ele reaparecerá com asas biónicas e como um dos Horseman do vilão. 

Chamando-se Death, ele irá combater os seus antigos amigos do X-Factor, durante o ataque de Apocalypse a Nova Iorque. 

No entanto, a possibilidade de ter morto Iceman, faz com que ele se volte contra o vilão. 

Ele eventualmente irá voltar aos X-Factor e mais tarde aos X-Men, se bem que com uma disposição mais sombria, com pele azulada e com o novo nome de código de Archangel. 

Será precisamente como parte da Gold Team dos X-Men, que o nosso herói alado irá regressar ao lugar do seu infortúnio, uma vez mais (em Uncanny X-Men #291-293, Vol 1, de 1992). 

 

 

 

O Archangel reencontra o local onde foi crucificado a primeira vez, por Calisto. 

As marcas de sangue, os postes onde o X-Man esteve preso. 

Continua tudo lá. 

Entretanto, os X-Men enfrentam Morlocks transformados física e psicologicamente por um deles, o cruel Masque. 

 

 

 

No próximo regresso aos túneis (em X-Men #74, Vol 2, de 1998), um renovado e mais optimista Archangel, com as suas asas restauradas ao seu estado original (um presente de Apocalypse), encontra uma jovem Morlock, Marrow, e um auto-exilado Abomination. 

Marrow fazia parte da equipa dos X-Men, recrutada durante a Operation Zero Tolerance, mas tinha voltado aos túneis para tratar de uma bastante ferida Callisto. 

A jovem mutante idolizava o Archangel, desde que o viu, em criança, pela primeira vez nos túneis. 

Ela vê o Archangel fugir freneticamente do Abomination, incapaz de lutar, sem as suas asas metálicas, e decide intervir. 

A sua intervenção vai afastar o pânico da mente do Archangel, que confronta o Abomination directamente. 

 

 

 

O vilão provavelmente o mataria, mas a intervenção de Marrow, que usa duas penas metálicas que tinha guardado consigo desde a última vez que o Archangel esteve nos túneis, para cegar temporariamente o Abomination. 

Este, que só desejava verdadeiramente aplacar a sua solidão, vai acabar por os deixar ir aos dois, encerrando o conflito. 

De salientar que durante após o massacre e a recolocação de grande parte dos Morlocks sobreviventes para a ilha Muir, os antigos túneis ficaram parcialmente abandonados. 

Alguns Morlocks que não aceitaram a ajuda do X-Factor ou que não seguiram Callisto, permaneceram lá, sob a liderança de Masque.

O mutante insano, transformou-os em formas grotescas de antigos membros dos X-Men, dos New Mutants e dos X-Factor. 

 

 

 

 

 

Alguns desses Morlocks alterados usavam o rosto do Angel (um deles vai ser ironicamente morto pela Callisto), conforme pode ser visto em Uncanny X-Men #262-263 (Vol 1, de 1990). 

Estas "versões" de Warren vão enfrentar Callisto, um amnésico Colossus, Banshee, Forge e Marvel Girl (a.k.a Jean Grey), numa altura em que os X-Men, enquanto equipa, não existiam...mas isso é tema para outro dia. 

 


*Nota: Nesta altura, o X-Factor apresentavam-se como humanos e caçadores de mutantes (quando na verdade o que faziam era resgatá-los) para o público, sendo que quando tinham que usar as suas habilidades mutantes, eles mudavam de uniforme e davam-se pelo nome de X-Terminators. 

**Nota: O Mutant Massacre foi ordenado pelo Mister Sinister e levado a cabo pelo grupo de mutantes assassinos chamados Marauders. Tinha por objectivo exterminar todos os Morlocks.

 

 

 

Posted on terça-feira, novembro 11, 2025 by Ivo Silva

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sexta-feira, 31 de outubro de 2025


 

 

Em 2007, os detentores da Nintendo Wii foram presenteados com uma forma muito peculiar de jogar Resident Evil. 

Uma série conhecida por ser um dos grandes nomes do género survival horror, chegou até nós nesse ano como um rail shooter. 

Algo muito dentro do espírito de séries como The House Of The Dead e Ghost Squad, este Umbrella Chronicles faz como o seu nome indica e serve como uma crónica da história dos jogos até a altura. 

 

 

 

 

 

Umbrella Chronicles divide-se em diferentes cenários, cada um deles representando um versão condensada de eventos passados em Resident Evil 0, 1 e 3. 

Para além destes três cenários, divididos também eles em três partes, existe um quarto cenário, este sim, uma história original, que expande mais acerca da queda da nefasta companhia Umbrella. 

A juntar a isso, e mediante a nossa prestação no campo de batalha e as escolhas de caminhos que façamos, existem ainda cenários ocultos para serem explorados. 

Cada um desses cenários têm um duo à nossa disposição (com alguns dos outros cenários ocultos a terem apenas uma personagem selecionável). 

 

 

 

 

 

Em Resident Evil 0 a nossa escolha vai recair sobre Rebecca Chambers e Billy Coen, ao passo que em Resident Evil 1 essa escolha será entre Jill Valentine e Chris Redfield, enquanto que em Resident Evil 3, voltámos a ter Jill nas nossas opções e a adição de um tal de Carlos Oliveira. 

O quarto cenário volta a repetir o duo de Resident Evil 1. 

 

 

 

Como já referi brevemente acima, cada um destes cenários tem sub-cenários, que podem ser desbloqueados e jogados com outras personagens escondidas, sendo uma delas o narrador do jogo em si, Albert Wesker. 

 

 

 

Para o jogo em si é indiferente a personagem escolhida, pelo menos no que ao gameplay diz respeito, uma vez que todas elas jogam-se de forma totalmente igual. 

 

 

 

No início do jogo temos duas armas disponíveis, sendo que uma delas (a pistola) tem munição infinita, ao contrário da segunda (a metralhadora). 

 

 

 

 

 

Outras armas podem ser apanhadas no decorrer do jogo e usadas em outros cenários (se escolhidas previamente). 

 

 

 

 

 

Também é possível customizar as armas e torná-las mais fortes. Tal pode ser feito através do uso das estrelas obtidas durante as nossas prestações no jogo. 

 

 

 

 

 

Para além das armas de fogo, também temos à nossa disposição granadas, bastante úteis quando nos encontramos rodeados de inimigos, e a faca, usada primariamente contra adversários que gostam de nos agarrar ou lançar-se sobre nós. 

 

 

  

 

 

 

 

 

À nossa disposição encontram-se também sprays e ervas, que nos restauram a energia perdida. 

No caso de algum adversário nos agarrar, é possível lutar para nos soltarmos, com cada uma das nossas personagens a ter uma animação próprio para o acto em questão. 

 

 

 

Existem ainda momentos em que para além de disparar, temos que nos esquivar. 

Nesses momentos é ainda mais importante sermos rápido no gatilho de forma a não sofrermos dano desnecessário. 

 

 

 

 

 

Cada nível de Umbrella Chronicles está repleto de inimigos familiares para lidar e objectos para destruir. 

Este é um ponto importante, uma vez que por detrás desses objectos pode estar munição, ervas ou ficheiros, os quais revelam mais detalhes acerca da história de Resident Evil até este momento no tempo. 

 

 

 

 

 

Entre os inimigos com os quais temos que lidar estão os Crimson Heads, os Eleminators, as Leeches, os Hunters, entre outros.

Cada nível do jogo termina com uma batalha com um adversário mais poderoso. 

 

 

 

 

 

Entre esses bosses temos o Stinger, o Tyrant e outros velhos conhecidos de quem jogou os jogos originais, assim como novas adições exclusivas a este título. 

Umbrella Chronicles é um jogo que pode ser jogado a dois, o que aumenta em mil o efeito diversão. 

 

 

 

Quando jogado com o comando da Wii (usando o Zapper ou não) parece mesmo que estamos nas velhas arcadas com uma light gun na mão. 

 

 

 

A dificuldade do jogo é ajustável, não sendo este um jogo fácil, sobretudo para principiantes no género. 

Ainda assim e pelo replay value que possui, Umbrella Chronicles é possivelmente o melhor jogo do género para a Wii. 

 

 

 

Só sendo superado pela sua sequela, a qual sairia uns anos mais tarde. 

 

 

 

 

Posted on sexta-feira, outubro 31, 2025 by Ivo Silva

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