Lançado na Europa em 1993, pelas mãos da Nintendo R&D1 e surgindo da mente criativa de Hiroji Kiyotake, Super Mario Land 2: 6 Golden Coins foi o segundo jogo desta nova série a ser lançado para o Game Boy.
Super Mario Land tem, uma vez mais, como protagonista, o popular canalizador Mário.
A história é bastante simples e gira em torno não de salvar uma qualquer princesa ou reino, mas antes em recuperar o castelo onde o nosso canalizador reside.
Acabado de regressar do Reino de Sarasaland, Mário vê não apenas o seu castelo tomado por um novo inimigo, o nefasto Wario, como os habitantes da Mario Land virarem-se todos contra si.
Para além de tudo isto, a entrada do castelo está selada, sendo necessário ter as seis Golden Coins para se conseguir entrar e lidar com Wario de uma vez por todas.
As tais Coins estão espalhadas pela Mario Land, encontrando-se na posse dos subalternos mais poderosos de Wario.
Um deles é o vilão do jogo anterior, Tatanga.
Super Mario Land 2 mantém a mesma jogabilidade de outros títulos da série, trazendo consigo um novo power-up na figura das orelhas de coelho.
Este power-up retira inspiração da folha de Super Mario Bros 3, da NES, permitindo ao nosso canalizador a capacidade de planar por uns segundos.
Contudo, esta não é a única coisa que este título tem em comum com o último a ser lançado na NES.
Ao contrário de Super Mario Land, Golden Coins tem um vasto mapa mundo, que nos permite escolher qual a área e o nível a atacar primeiro.
O jogo conta com um total de oito zonas, sendo elas: Mushroom House, Tree Zone, Mario Zone, Space Zone, Macro Zone, Turtle Zone, Pumpkin Zone e o inevitável Wario Castle.
O número de níveis em cada zona varia, podendo ir de apenas um (Wario Castle), até cinco (Tree Zone).
Os níveis em si são pequenos, mas variados, com diferentes temáticas, para as diferentes zonas e apresentado sempre novos desafios para o jogador.
Alguns deles têm inclusive caminhos secretos, os quais permitem ao jogador descobrir atalhos, itens e moedas.
No final de cada nível temos o já tradicional sino, o qual havia surgido originalmente no título anterior.
Ao tocá-lo Mário pode aceder a áreas bónus, as quais permitem, via a realização de diferentes mini-jogos, obter power-ups ou mais vidas, aqui representadas por corações.
De salientar que também é possível obter mais vidas e power-ups através de uma área especial no mapa mundo, representada por um monte.
Lá, a quantidade de vidas e power-ups obtidos vai depender do número de moedas que temos na nossa posse.
Sim, em Super Mario Land II, as moedas não servem só para se conseguir mais vidas, mas antes como tokens para serem usadas nos mini-jogos das áreas bónus.
No final do último nível de cada zona teremos ainda um Boss para defrontar.
Estes não são particularmente difíceis, retirando inspiração de personagens do folcore infantil (temos os três porquinhos, o rato de esgoto, a bruxa e a mãe-pássaro) .
Os Bosses, e zonas, mais difíceis que teremos em todo o jogo serão os finais.
Falo do regressado Tatanga, na Space Zone, e de Wario, em Wario Castle.
A maior parte dos níveis, excepção feita ao último, conta com checkpoints, o que vem tornar ainda mais acessível um jogo que embora seja maior e mais complicado que o seu antecessor, continua a pender para o lado do fácil.
Super Mario Land 2 tem ainda três Save Slots, o que permite ao jogador gravar a aventura, como se de um rpg se tratasse.
Para além da variedade presente nos cenários, existe ainda grande variedade no que aos inimigos diz respeito.
Regressam as Piranha Plants, os Goombas e os Koopas, mas surgem novos adversários, incluindo vacas, formigas, ursos em bolas, bruxas, vampiros e o que parece ser o Jason, entre muitos outros.
Na verdade, a Pumpkin Zone é como que uma espécie de tributo ao cinema de horror, tais são as referências feitas.
Como em Metroid II, também aqui temos um contador de adversários, que vai aumentando à medida que formos derrotando mais e mais inimigos.
Chegando aos 100 inimigos vencidos, surge a já conhecida estrela, que nos dará invencibilidade durante uns segundos.
A nível gráfico, este segundo Super Mario Land representa um grande salto em relação ao primeiro, com personagens maiores e maior detalhe nos níveis.
Continua a ser monocromático, em virtude de ser um título da GB, mas tal pode ser alterado se jogarmos numa SNES munida do adaptador Super Game Boy.
As músicas voltam a ficar no ouvido e complementam bastante bem a acção deste jogo de plataformas.
Um dos melhores títulos do GB.
Se não o jogaram, não percam tempo em fazê-lo.
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