Este filme dramático de 2012, com John Hawkes e Helen Hunt
nos papéis principais, conta a estória de um jovem poeta cujo corpo foi
paralisado pela Polio. Incapaz de se mover e preso a um pulmão de ferro, John,
representando o escritor Mark, deseja, ainda assim, sentir. Descobrir o que é
ser homem e o que é estar com uma mulher carnalmente. É aqui que entra a
terapeuta sexual, Cheryl, protagonizada por Helen Hunt. Ela irá ajudá-lo a
sentir novamente. Realizado pelo realizador Ben Lewin, The Sessions é, a meu
ver, uma tese acerca do sentimento humano. Da sua constante mutabilidade. Tanto
Mark, como Cheryl desenvolvem sentimentos um pelo outro e descobrem algo de si
próprios durante esse percurso. Muito filosófico e melancólico, The Sessions
abalroa os nossos sentidos com uma dose de erotismo, sendo que o seu único
senão reside na sua evolução muito demorada. É certo que os Dramas são, por
tradição, filmes de desenvolvimento lento, no entanto, em The Sessions a
evolução da estória arrastasse. Este vencedor do premiado Festival Sundance, em
2012, não deixa de ser um bom filme, apesar disso. É cru na forma como expõem
as coisas? Sim. É para toda a gente? Não. Todavia, aconselho, vivamente, a fãs
de cinema “alternativo” e menos comercial, que gostem de filmes de passo lento
e estórias tocantes e humanas.
Escrito por Ivo Silva
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