John Fox, um corajoso cientista do século 27, iniciou uma desesperada viagem temporal, que o levaria precisamente sete séculos atrâs.
O seu ojectivo, não poderia ser mais altruísta.
Salvar Central City da devastação atómica às mãos de uma criatura constituída de plutónio puro. Com as autoridades futuras sem capacidade para parar tal ser monstruoso e numa era desprovida de heróis, Fox pretende trazer consigo o homem mais rápido do Mundo...seja ele qual for.
Esta era a premissa para uma fantástica aventura que nos traria, nas páginas de The Flash Special nrº 1, de 1990, não um, mas QUATRO Flashes!!!
Sem saberem, todos os Flashes defrontaram o mesmo inimigo, Manfred Mota.
Um engenheiro nuclear, em busca de um negócio mais lucrativo, Mota desenvolveu um aparelho que, para além de um campo de força, lhe concedia um potente "soco atómico".
Adoptando o nome Atom Smasher (não confundir com o herói do mesmo nome), Mota iniciou a sua carreira criminosa com um assalto a um dos Bancos de Keystone City.
Isso rapidamente o colocaria em conflito com o Flash original (criado em 1940), Jay Garrick.
Embora, vitorioso no seu primeiro encontro com o herói, Mota seria vencido pela rapidez de Jay e, consequentemente, encarcerado na prisão.
John Fox, acabado de chegar ao Passado, tentaria contactar Jay e convencê-lo a vir consigo ao Futuro. Todavia, acabaria por falhar, ao ser atingido por um estilhaço decorrente da luta entre Atom e Flash, sendo enviado pelo Tempo, sem o seu objectivo cumprido.
Fox reapareceria anos mais tarde, já em Central City, para tentar contactar o segundo Flash, o cientista forense, Barry Allen (criado em 1956). No entanto, Fox não teve grande oportunidade de entrar em contacto com o velocista escarlate, uma vez que este tinha sido capturado, na época, pelo nefário, Professor Fallout.
Nesta nova identidade, Mota ameaçava Central City com a devastação nuclear, ao mesmo tempo que procurava livrar-se, de vez, do seu némesis, o Flash.
Contudo, não foi bem-sucedido, pois Barry desactivou a bomba e deixou Mota k.o, num piscar de olhos.
Sem mais alternativas, John só tinha um último Flash para contactar, o jovem Wally West, o Kid Flash que assumiria o manto de Barry, após a morte deste na Crise, em 1986.
E a verdade é que o cientista do Futuro teria éxito, não fosse, Wally dispensá-lo, e aos seus apelos, por o julgar um dos inúmeros cobradores de dívidas que o perseguiam.
Como não podia faltar, éis que surge Mota, a.k.a Fusionn. Na posse de um armadura capaz de devastadoras rajadas atómicas, Manfred regressa a Central City para vencer o Flash e desmascará-lo. Com poder de fogo muito superior, Mota vence West e desmascara-o perante a população da cidade, no entanto, e para seu espanto, este não era o Flash que tinha defrontado antes (para além da identidade de West ser pública).
Insatisfeito, Mota vira as suas frustrações para Central City. Com a ajuda da Drª Moreau e do Drº Fisher, ambos físicos nucleares, West vai derrotar Mota, ao provocar uma implosão do vilão, encerrando a sua ameaça.
Mas falámos de quatro Flashes, não é verdade?
Incapaz de trazer ajuda do Passado, Fox chega ao seu Futuro, e descobre que está sobrecarregado de energias temporais.
Estas modificaram a sua estrutura genética e concederam-lhe super-velocidade.
John (que partilha o Fox com Gardner Fox, co-criador do Flash) havia-se tornado no que buscava. Ele era o Flash, agora. Elaborando um uniforme para si, usando tecidos do Flash Museum, John confronta a criatura, que, como já devem ter adivinhado, era Mota.
Numa batalha cerrada, John atrai Manfred para a Cosmic Tradmill (mecanismo usado por Barry Allen nas suas deslocações temporais) e envia o vilão para o fim do Tempo.
A futura Central City está a salvo, ao mesmo tempo que nasce um novo herói, um novo Flash.
Nota:
Esta edição comemorava os 50 anos do herói e, para além destas quatro histórias, trazia inúmeras curiosidades acerca dos velocistas, desde origens e galeria de vilões, a limites dos poderes de cada um deles. Uma leitura muito interessante para todos os fãs do Flash.
Escrito por Ivo Silva
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