The House of the Dead 2 versão: Dreamcast |
Numa certa altura a SEGA tornou-se a líder no mercado das
máquinas Arcade, tudo
graças aos seus jogos arrojados e insanos que nos levavam as
moedas num ápice.
Portanto o salto de muitos desses títulos para as consolas
seria a coisa mais lógica
a se fazer.
Um desses títulos seria The House of the Dead 2 para a
malograda DreamCast.
Desenvolvido em 1998 para as ditas cabinets de jogo,
tratando-se de um rail gun
shooter onde basicamente percorrendo um caminho
pré-determinado
temos que apontar uma arma para o ecrã e através de
infravermelhos acertar nos alvos,
desta feita um grupo de mortos-vivos, mas atenção para não
ferir inocentes ou iremos
perder as nossas tão necessitadas vidas. Uma dos pontos
altos deste titulo seria os
caminhos que poderíamos escolher em cada um dos níveis,
trazendo-nos de volta
para descobrirmos todas as zonas do jogo.
The House of The Dead 2 lançado em 1999 na DreamCast não só
poderia ser jogado
com uma Light Gun como também com o comando de proporções
generosas da dita
consola, só que seria preciso um pouco mais de perícia para
mover o cursor sobre os
inimigos, não é de todo impraticável, mas o uso da pistola
de plástico torna a
experiência muito mais viva e escusado será dizer que a dois
é ainda melhor.
As nossas acções consistem simplesmente em premir um botão
para disparar e outro
para recarregar, no caso do comando enquanto que com a Light
gun basta apertar o
gatilho e apontar para fora do ecrã de forma a obtermos mais
munições. Por falar em
armas, poderemos alterar o nosso arsenal acertando em
determinados objectos ao longo
da acção.
Quanto à sua estória, trata-se simplesmente de uma
explicação para o tema
alternativo do jogo, portanto não esperem nenhuma obra prima
mas antes um hino a
velhos filmes de horror.
Seguindo os incidentes do 1º jogo da série que saído nas Arcades
veria
também uma conversão para a Sega Saturn, onde após a
destruição da Mansão Curien,
alguns relatos estranhos em Veneza, Itália levam dois
investigadores da agência AMS
a procurar indícios do seu colega desaparecido G, falamos do
protagonista do titulo
anterior. O par de heróis depara-se então com uma horda de
zombies sob o comando
de Goldman, o presidente da corporação DBR e financiador das
experiências do
falecido Dr.Curien. Mas até chegarmos até ele, muitos
esbirros teremos de enfrentar
pelos caminhos de Veneza como um golem sem cabeça munido de
um machado e guiado
por uma espécie de fada demoníaca, um gigante zombie que
envergando uma moto-
-serra irá perseguir-nos por um coliseu ou uma Hydra nas
catacumbas. Apesar de ser
um jogo que apresenta um certo desafio, devido á sua origem
nas coin ups, teremos
algumas ajudas como vidas extra brindadas por alguns dos
inocentes que salvemos ou
ainda informação apresentada numa espécie de slide show
acerca do ponto fraco dos
bosses de final de nível.
Quanto ás musicas, são perfeitamente enquadradas no ambiente
de horror misturado
com acção non-stop obrigatório nas arcadas, ou seja para
ouvir a alto e bom som. Mesmo
as vozes sendo ridículas, quase que uma imagem de marca
destes títulos da SEGA,
tornam-se divertidas, relembrando-nos que este tipo de
experiência não deve ser levado
muito a sério, mas antes com um sorriso na cara enquanto
desmembramos alguns dos
zombies.
Visualmente falando, se House of Dead 2 na DreamCast não é
idêntico
à sua versão de cabinet então anda muito próximo. Ou seja, para
a altura era
muito bom termos uma versão caseira com tal credencial.
Teremos a ocasional
má textura mas de resto, os gráficos estão muito bem
conseguidos.
Com os cenários góticos repletos de objectos quebráveis,
teremos o ecrã num
frenesim constante sem quedas na acção.
Conclusão
Mais uma prova da genialidade da DreamCast e do compromisso
da SEGA
em oferecer-nos a experiência Arcade em casa. Um título de
si não muito longo
mas que enquanto durar vos fará escorrer muito sangue na
noite de
Halloween!
Publicado por Ivo Silva
Escrito por Joel Sousa
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