Este shooter multi-direccional foi desenvolvido pela Namco e lançado para a NES em 1985, sendo o sucessor de Tank Battalion, um hit das arcades cinco anos antes. 

Em Battle City é entregue ao jogador o controlo de um tanque dourado (ou verde no caso de sermos o segundo jogador) e a simples tarefa de arrasar com todos os tanques inimigos que surjam na área de jogo, ao mesmo tempo que procura evitar que estes destruam o seu quartel-general (aqui representado por uma águia). 


 


Num jogo onde a história é inexistente e a pontuação é o mais relevante, esta é a única forma de aceder à área seguinte. 

Existem quatro tipos de inimigos, sendo que estes alternam entre serem mais encorpados, exigindo mais que um hit de forma a serem destruídos, e disporem de mais poder de fogo ou rapidez de movimentação. 

É importante ter em atenção os mais velozes, pois estes geralmente ignoram o tanque do jogador, dirigindo-se directamente ao seu quartel-general (cuja destruição resulta num game over imediato). 


 


À medida que vamos progredindo no jogo, a AI dos inimigos vai aumentando, ao ponto de estes cooperarem entre si de forma a encurralarem o nosso tanque. 

Para além dos adversários acinzentados que vão surgindo à vez, o jogador tem ainda que se haver com os diferentes terrenos e obstáculos que poderão surgir pelo caminho. 

No que diz respeito aos terrenos temos primeiramente a vegetação, que servirá para obstruir a nossa visão e como local privilegiado para os inimigos se ocultarem. Segue-se o gelo, que faz o nosso tanque deslizar, tornando difícil o controlo preciso sobre o mesmo. 
Por último, temos a água sendo que esta é virtualmente inultrapassável. 

Relactivamente aos obstáculos estes apresentam-se na forma de paredes de concreto e aço. 


 


De salientar que enquanto as primeiras podem ser facilmente destruídas pelo mais comum dos disparos, o mesmo não acontece com as segundas, as quais apenas podem ser danificadas através do uso de power-ups. 

Ora os Power-Ups são numerosos em Battle City, trazendo variedade e frescura a um título que não os teria se não fosse isso. 
Estes podem ser obtidos através da destruição de adversários brilhantes, surgindo depois aleatoriamente no cenário. 

Os Power-Ups são fundamentais quer para a nossa estratégia, quer para a obtenção de um score elevado. 

O primeiro deles é o Helmet, que dá uma protecção temporária contra os ataques dos inimigos. 
O segundo é a Grenade. Esta funciona um pouco como o Pow Block em Super Mario Bros II, na medida em que elimina todos os inimigos presentes no ecrã. 
O terceiro é o Tanque, que consiste na forma mais fácil de se obter uma vida extra em Battle City. 
O quarto é a Star. 


 


Esta tem quatro níveis, aumentando o nosso poder de fogo exponencialmente, até ao ponto de conseguirmos destruir as paredes de aço reforçado. 

Seguem-se a Shovel, usada para reforçar com aço as paredes que protegem o nosso quartel-general e o Timer, que serve para congelar os adversários. 

Para além do modo principal, que consiste em 35 níveis e que pode ser jogado por dois jogadores, temos ainda o divertido Edit Mode, no qual podemos elaborar os nossos próprios mapas e desafios. 

Battle City é um jogo simples, numa altura também ela simples no que a jogos de vídeo diz respeito, ainda assim não é por isso que deixa de ser um teste não só à nossa capacidade de planear mais à frente, como também aos nossos reflexos. 

Um disparo é o bastante para o nosso tanque ser destruído e com isso perdermos uma vida. 


 


E não julgem que o facto de podermos ser dois a desafiar o cpu torna o jogo mais fácil. 

Este é um daqueles jogos onde é possível ferirmos o nosso companheiro. 
Com um disparo mal colocado, o tanque do outro jogador fica impossibilitado de se mover por uns instantes e com isso vulnerável a ataques. 

Todo o cuidado é pouco em Battle City. 

Um jogo rápido, divertido e com uma componente de edição rara para a época (se bem que não se possam gravar os cenários criados), com um único senão. 
A inexistência de música. 

Bem, não se pode ter tudo, não é?