Sequela directa de Legends, Tomb Raider Underworld foi o terceiro jogo a ser desenvolvido pela Crystal Dynamics, sendo lançado para diversas plataformas corria o ano de 2008. 

A versão de que vos vou falar aqui é um port mais tardio, feito para a PS2, em 2009. 

A história é basicamente igual à das restantes versões do jogo. 

Lara Croft, a eterna protagonista da série Tomb Raider, procura pistas que lhe indiquem o paradeiro da mãe, há muito desaparecida. 

Eventualmente, Lara descobre um templo submerso em pleno Mediterrânico. 

O lugar, chamado de Nifleheim, está relacionado com a mística terra de Avalon, onde Lara julgava que a mãe se encontraria. 

No local, Lara encontra  as Gauntlets de Thor, antes de ser interrompida pelos capangas da sua rival, e antagonista do jogo, Amanda Evert. 

Após resgatar a amiga Jacqueline Natla, Lara percebe que Avalon e Helheim são o mesmo lugar e que para os encontrar, Lara deverá primeiro ter o martelo de Thor.


 


Eis que tem início então a busca pelo mítico martelo, que lhe permitirá abrir as portas de Helheim (a.k.a Underworld) e salvar a mãe. 

A nível do gameplay propriamente dito, Underworld não foge muito à fórmula tradicional da série, apresentando-se como um jogo com muito back tracking, exploração e plataformas.

Lara está muito mais ágil, tanto a combater, como a movimentar-se de plataforma em plataforma. 

Pela primeira vez, Lara pode disparar sobre dois oponentes simultâneamente, enquanto faz o sempre útil lock on. 

Para além das já habituais pistolas, Lara conta com granadas, as quais pode reservar para situações mais perigosas (se bem que os adversários em Underworld sejam escassos e pouco difíceis de bater), e também com um Grappling Hook. 


 


Com uma função muito semelhante à dos Hooks em The Legend of Zelda, o de Lara é usado tanto como forma de a heroína conseguir alcançar áreas mais recônditas, como é útil na resolução de certos puzzles (esses sim abundantes).

Underworld veio substituir os Quick Time events de Legend e Anniversary pelos chamados Situation Adrenaline, nos quais a personagem pode reagir pela simples movimentação, em vez de estar dependente do premir de um botão em particular. 

Underworld, que seria a nona entrada na série, conta com adversários impressionantes, nomeadamente o gigantesco Kraken, e cenários exóticos e variados. 

A música, por sua vez, encontra-se dentro daquilo que se poderia esperar para um Tomb Raider. 

No entanto, e porque falo da versão da PS2, Underworld está longe de ser um jogo perfeito, conseguindo em muitos casos rasar a mediocridade. 

Repleto de bugs, que prejudicam a jogabilidade, chegando mesmo a afectar a resolução de certos puzzles ou o combate com determinados bosses, Underworld conta com alguns dos cenários mais deslavados que alguma vez vi num jogo de vídeo. 


 


Longe das cores e texturas da sua contra parte na Wii, o port da PS2 peca por ser um jogo claramente inacabado. 

É uma pena, pois aborda um tema bastante interessante, o da mitologia nórdica, e refina os movimentos quase perfeitos de Lara. 

De facto, e embora seja possível completar os seus oito níveis facilmente, Underworld da PS2 irá deixar inúmeros jogadores frustrados com as suas inaceitáveis falhas. 

Um port a evitar a todo o custo e uma experiência a desfrutar noutra consola.