Introdução:
Foi no distante ano de 2014 que respondendo a um desafio por parte de um amigo me dispus a fazer uma retrospectiva acerca do ouriço mais conhecido de todos os tempos, Sonic. Uma tarefa herculana que finalmente terminei. Nos próximos dois meses irão sair neste blog as restantes partes partes desta longa retro.
Espero que gostem. Boa leitura!
  


Sonic Underground e a chegada ao GBA


 


Apesar do crash da Sega a popularidade de Sonic continuava em alta, pelo que não seria de estranhar que este ganhasse um nova série de animação em 1999, pelas mãos da DIC Entertainment e da TF1. Sonic Underground recuperava velhos conceitos da mythos do Sonic, como o facto deste pertencer a uma banda de música, bem como trazia aquele feel muito característico das comics do ouriço azul, publicadas pela Archie. 

Sonic Underground, que estreou originalmente nos E.U.A, Reino Unido e França, contava a história de Sonic e dos seus dois irmãos, Sonia e Manic, na sua luta para destronar um tirânico Dr Robotnik que se havia apoderado da sua terra-natal. 

Ao mesmo tempo que lutavam com o vilão, o trio de ouriços tentava não só descobrir o paradeiro da mãe desaparecida, a Rainha Aleena, como também criavam as mais radicais melodias de rock que se poderia imaginar. Esta série de aventura/musical vai ter 40 episódios, ganhando ainda direito a uma comic especial dentro do Sonic The Hedgehog da Archie. 




Ainda antes dos ports de Adventure (DX: Director´s Cut), Adventure 2 (Battle ) e de Shuffle para a GameCube, Sonic faria a sua estreia numa outra consola da Nintendo, a portátil Game Boy Advance, e logo com uma trilogia de títulos bastante bem conseguidos. 

Em 2001 seria lançado no Japão (o jogo apenas chegou ao Ocidente em 2002) o primeiro Sonic Advance, um jogo construído de raiz para o GBA pelos estúdios da Dimps e da Sonic Team. Distribuído na Europa pela Infogrames, Sonic Advance é tudo aquilo que estaríamos à espera de um jogo do Sonic. Rápido e com um gameplay bastante similar a um dos melhores títulos da série, Sonic 2. 




Com quatro personagens à disposição, Sonic Advance é o primeiro jogo 2D da série no qual é possível jogar com a eterna aspirante a namorada do ouriço azul, Amy. De salientar que cada uma das personagens tem a sua própria habilidade, não sendo mera cópias de Sonic. Mais uma vez, Robotnik é o vilão principal. 

Para além da aventura “normal”, Sonic Advance segue a na época tradição recente de ter um jogo extra tipo Tamagotchi. Embora mais limitado do que as suas versões domésticas, Tiny Chao Garden segue o mesmo princípio básico, o de criar um Chao. Ao jogador é ainda dada a possibilidade de transferir Chaos entre o Sonic Advance, Sonic Adventure e Sonic Adventure 2, devido à compatibilidade entre o GBA e a GameCube.
 

 

Sonic Advance foi bastante bem recebido pela crítica da época, sendo incluído em três bundles para o GBA, o primeiro com Sonic Pinball Party, o segundo com Sonic Battle e o terceiro com Chu Chu Rocket. 

Um port, intitulado Sonic N, foi lançado para a portátil da Nokia, a N-Gage, em 2003. Com a excepção da exclusão do modo extra, Tiny Chao Garden, Sonic N é um jogo idêntico ao do GBA, tanto em termos gráficos, como de jogabilidade. 


 

A referida popularidade de Sonic Advance permitiu o lançamento de uma sequela, também para o GBA, passado apenas um ano. Desenvolvido pelas mesmas equipas técnicas, Sonic Advance 2 tem gráficos mais vibrantes, mais opções de jogo e é sobretudo um título mais desafiante no que à dificuldade diz respeito. 

A esta sequela não irão faltar as quatro personagens seleccionáveis do primeiro título. A Sonic, Tails, Amy e Knuckles vai ainda juntar-se a estreante Cream, The Rabbit. Contudo, de inicio apenas é possível jogar-se com Sonic, sendo que as restantes personagens vão sendo desbloqueadas à medida que se vai avançando no jogo. 


 


 Sonic Advance 2 tem o mesmo vilão principal de sempre, mas traz-nos dois novos modos, que veem aumentar exponencialmente a longevidade deste título. Para além de Time-Attack, onde corremos pelo melhor tempo, temos ainda o Multiplayer, no qual desafiamos um amigo para uma amigável VS Race. 

Contudo, vamos agora deixar um pouco de lado a série Advance para falarmos acerca dos ports de Adventure e Adventure 2 para a GameCube.

 A versão Sonic Adventure DX: Director´s Cut para a GameCube é vista por muitos como sendo a versão definitiva de um dos mais brilhantes jogos da série. DX tem um mission mode com o impressionante número de 60 missões para se completarem, bem como uma compilação desbloqueável de todos os 12 jogos do Sonic para a Game Gear. Como se isso não bastasse ainda é possível jogar-se com o fan-favorite Metal Sonic. 





Uma versão digital de DX seria lançada em 2010, para a PSN e a X-Box Live, e em 2011 para o Steam. Quanto a Sonic Adventure 2: Battle, este tem na compatibilidade com os títulos do GBA o seu principal trunfo. Uma vez mais e seguindo o exemplo de DX também Battle teve direito a lançamento digital em 2012, para a PSN, X-Box Live e Steam. 

Contudo e como não é só de ports que vive uma consola, a GameCube (e não só) vai ganhar entre 2003 e 2004 um novo jogo da série, e logo a sequela de Adventure 2. 

Desenvolvido pela Sonic Team e lançado também para a PS2 e X-Box (a primeira vez que um jogo da Sega seria lançado para a Sony e Microsoft), Sonic Heroes é um jogo de plataformas 3D que recupera Metal Sonic como o principal vilão, um papel que lhe fugia desde o mítico Sonic CD.


 


 Sonic Heroes, como o próprio nome denuncia, assenta o seu gameplay em quatro equipas de três, cada qual com o seu próprio grau de dificuldade e campanha. A Team Rose (Amy, Cream e Big) corresponde ao modo fácil, a Team Sonic (Sonic, Tails e Knuckles) ao normal e a Team Dark (Shadow, Rouge e E-123 Omega) ao difícil. A quarta equipa, a Team Chaotix (Vector, Espio e Charmy) tem um nível de dificuldade mais ambíguo, uma vez que o seu sucesso passa pelo cumprimento de determinados objectivos nos níveis. 


 


Cada personagem tem diferentes habilidades, sendo que cabe ao jogador fazer o melhor uso possível destas de forma a explorar e vencer os desafios que lhe surjam pela frente. 

Radicalmente diferente e roubando muito protagonismo à personagem principal, Sonic Heroes vai ser muito criticado, sobretudo na sua versão PS2. 

Após os bem sucedidos Adventure e Adventure 2, esta foi uma sequela que muitos fãs não estariam à espera e não queriam, embora tenha vendido bem nas três consolas. Heroes teria direito a lançamento digital, na PSN, em 2012.