Hoje em dia fala-se muito na questão da versatilidade laboral. Ora ninguém melhor do que Mário para mostrar como exemplo disso mesmo. 

Aqui temos um homem que começou por ser um carpinteiro cuja namorada, Pauline, foi raptada pelo seu gorila de estimação que se chamava Donkey Kong*. Isto em 1981. 

 

Dois anos mais tarde, já Mário tinha-se mudado para uma profissão mais familiar. A de canalizador. Juntamente com o irmão mais novo, Luigi, Mário limpa os canos de Nova Iorque (Mário e Luigi são naturais de Brooklyn), tentando exterminar estranhas criaturas que haviam aparecido nos esgotos da Big Apple. 

Curiosamente, um dos inimigos, o Shellcreeper, era o antecessor dos Koopa Troopa. Esta tornar-se-ia a sua profissão oficial até aos dias de hoje, contudo tal não impediria Mário de ter pequenos "part-times" para compensar os tempos mortos. 

 

Operador fabril, nos tempos do Game &Watch, Mário trabalhou ainda na construção civil, uma vez mais com o irmão ao seu lado, mais propriamente na parte da demolição (Wrecking Crew, NES, 1985).

Mário, apesar do físico, também seguiu com relativo sucesso inúmeras carreiras desportivas. 

 

Golfista (Nes Open Tournament, de 1991), condutor de carros de corrida, quer sejam eles karts (Super Mario Kart, SNES, 1992), fórmula um (F-1 Race, NES, 1984) ou todo-terreno (3D Hot Rally, NES, 1988) e de motos (Mario Excitebike, SNES). 

Mário tentou ainda o ténis (Mario Tennis, N64, 2000), basketball (NBA Street, GameCube, 2002), baseball (Mario Superstar Baseball, GameCube, 2005) e futebol (Mario Strikers, GameCube, 2006), entre muitos outros.

 Raios, Mário é um atleta olímpico que já concorreu nas olimpíadas de Pequim, Vancouver, Londres, Sochi e mais recentemente no Rio de Janeiro. 

 

Mário não se limitou a participar em eventos desportivos como mero desportista. Ele foi árbitro por diversas vezes, como foi o caso em Tennis, para o Game Boy, e Mike Tyson's Punch Out!, para a NES, em 1989 e 1987, respectivamente. 

 


Para além deste interesse desportivo, Mário mostrou ter queda pelo mundo das artes e do entretenimento. Foi pintor (Mario Paint, SNES, 1992), teve uma fábrica de brinquedos e geriu uma feira popular (Mario vs Donkey Kong, GBA, 2004).

Mário mostrou algum interesse em profissões mais ligadas à ciência e investigação. Foi médico (Dr Mario, NES, 1990) e biólogo marinho (Octopus, Game & Watch, 1981). 

 

Homem de acção, Mário combateu no Vietname (Mario´s Bombs Away, Game & Watch, 1981), no espaço (Alleyway, Game Boy, 1989), nos céus, no fundo dos oceanos (ambos em Super Mario Land, Game Boy, 1989) e no interior de uma arena (Super Smash Bros, N64, 1999). 

 

O seu grande apetite fé-lo ainda tentar uma breve carreira culinária (Chef, Game & Watch, 1981).

Menos benevolentes foram as suas profissões como treinador de animais (Donkey Kong Circus, Game & Watch, 1984) e como caçador (Yoshi's Safari, SNES, 1993), mas ninguém pode ser perfeito, não é?


*Mário, que na época ainda se chamava de Jumpman, não era propriamente "simpático" para o pobre Kong. Querem mais provas disso? Bastava ver a sequela, Donkey Kong Jr, de 1982.