Rocky é um drama desportivo, que relata a vida e ascensão do jovem pugilista Rocky Balboa, de "bouncer" e pugilista amador para candidato ao título de Campeão Mundial da modalidade. 
Dirigido por John G.Avildsen, a história do filme foi escrita pelo actor que protagonizou a personagem, Sylvester Stallone.
 Lançado em 1976, pela United Artists, Rocky, que foi concluído em somente 28 dias, com o custo de 1 milhão de dólares, ganharia três Óscares, nesse ano, inclusive o de Melhor Filme.




     Mas falemos da história do filme em si. No decurso dos 119 minutos, acompanhamos a progressão do jovem americano, de origem italiana, Rocky Balboa, dos ringues de Pugilismo Amador para os Profissionais. 
Vemos a vida humilde de alguém sem muito na vida que não sonhos de desejos de ser algo mais. Sem querer entrar em grandes detalhes acerca da plot, devo dizer que durante praticamente todo o filme, Balboa é uma personagem perdida. 
Alguém cuja vida começa a aproximar-se perigosamente da criminalidade, devido ao seu trabalho como cobrador de dívidas, para um mafioso local.
 Com uma casa a cair aos pedaços e sm grande instrução, Balboa luta contra pugilistas envelhecidos e sem estaleca como Spider Rico, em ringues "escondidos" em caves de Igrejas. 




     Balboa sente que a sua oportunidade está a passar quando, ao bom jeito do "American Dream", é-lhe dada uma nova oportunidade. 
O Campeão Mundial, Apolo Creed, protagonizado por Carl Weathers, a necessitar de um oponente para o seu combate de defesa do título, decide dar uma oportunidade a um local. 
E escolhe Balboa, pelo nome, para o enfrentar no Philadelfia Stadium. 
Apartir do momento em que é escolhido, Rocky ganha que um novo alento, uma nova determinação. Orientado por um treinador mais que exigente, o judeu Micky, muito bem representado pela conhecida estrela da série "The Twilight Zone", Burgess Meredith, Balboa, no entanto, encontra o seu verdadeiro motivo para vencer, na pessoa da tímida Adrian, interpretada por Talia Shire. 




     Apresentada pelo seu amigo, Paulie (representado por Burt Young), que também é irmão da mesma, Adrian torna-se no anjo no ombro de Rocky. 
Com o apoio da gente da sua cidade natal e com a presença de todos os que lhe são algo na vida, Balboa entra no ringue para defrontar um excepcional, se bem que extremamente seguro de si, Apolo Creed. 
Segue-se um dos maiores combates fictícios da História da Sétima Arte, cujo resultado merece ser visto e não meramente falado nestas linhas.




     De salientar, que Stallone de baseou, supostamente, em um combate entre Ali e Wepner, para elaborar parte da trama do filme. 
Para as personagens, Balboa foi inspirado no brawler italiano, Rocky Marciano, enquanto que Creed tirou o seu estilo e personalidade exoberantes, de Muhammad Ali. 
Muitos foram os que acharam o método de treino ulilizado por Rocky como algo fora do normal, no entanto, poucos saberam que o uso de carne congelada como sacos de boxe, bem como as corridas matutinas pelas ruas de Philly, foram "retiradas" dos métodos usados, na vida real, pelo boxista Joe Frazier (que faz uma cameo no filme).




     A coreografia das lutas e qualidade da fotografia e imagem são algo a salientar, pela positiva. Muitos dos socos dados no filme foram reais, pois Stallone procurou dar autênticidade e realismo à épica luta. 
Pormenores de fotografia como o a figura religiosa por cima do ringue do primeiro combate ou a imagem da fachada do ginásio de Mick são icónicos, nos dias de hoje. 
A famosa corrida pelas ruas Filadélfia, que terminam com a subida dos degraus, foram gravadas usando a, na época incomum, Steadcam (Rocky foi o terceiro filme a se servir de tal tecnologia). 
A já falada fotografia, em conjunto com a excepcional banda sonora elaborada por Bill Conti, dão ainda mais alma ao filme e conseguem captar o lado sujo da vida nos subúrbios das grandes metrópoles, bem como do sacrifício que é necessário fazer para se conseguir progredir na vida.
No geral, Rocky é uma amostra de como se pode fazer um grande filme com poucos recursos. É um daqueles filmes com alma. Intemporais e únicos, a seu modo.

Escrito por Ivo Silva